Como Conhecer a Vontade de Deus em sua Vida
por Morris Venden
Na tentativa de descobrir a vontade de Deus em sua vida, alguns cristãos fecham
os olhos, abrem a Bíblia e colocam um dedo ao acaso sobre suas páginas. O texto
assim encontrado representaria a resposta divina. Outros pedem um sinal, como
chuva ou sol. Tem Deus um plano para cada um de nós? E possível descobri-lo?
Morris Venden diz que sim, e enumera oito passos a serem dados a fim de
sabermos a direção a seguir.
Gostaria
você de conhecer o futuro? Desejaria saber escolher acertadamente nas decisões
com que se depara? Crê que Deus tem um plano para sua vida e sabe como
descobrir o que inclui esse plano?
O mundo
está cheio de pessoas que procuram conhecer o futuro, que andam cambaleando em
busca de orientação. Os mapas astrológicos estão à venda em toda parte. Ainda
proliferam os cartomantes e os quiromantes. Em todo lugar as pessoas querem
saber o que ocorrerá em seguida e como preparar-se para isto.
Este impulso e
curiosidade por desvendar o amanhã é parte integrante do ser humano.
Para o
cristão, uma das perguntas que se faz com mais freqüência é como conhecer a
vontade de Deus em sua vida. Às vezes nos sentimos frustrados pela aparente
falta de orientação divina em nossos dias e em nossa era. Rememoramos os tempos
bíblicos, quando vinham anjos e caminhavam com os homens ao meio-dia, quando os
profetas estavam vivos e de boa saúde, e nos sobrevém o desejo de que
tivéssemos o mesmo acesso ao conhecimento da vontade de Deus.
Por
outro lado, o cristão imaturo freqüentemente lança mão de expedientes e de
manobras de feitura humana, tais como atirar para o ar uma moeda ou tirar a
sorte com papelinhos ou desenvolver alguma elaborada fórmula repetitiva para
seguir, a fim de tornar conhecida a Sua vontade.
A
orientação recebida de tais métodos pode vir do acaso, ou mesmo do próprio
diabo. Mesmo o ateísta poderia empregar moedas e papelinhos numa tentativa para
chegar a alguma decisão.
Por
outro lado, o cristão intelectual conclui que Deus nos deu toda a orientação
que pretendia dar quando nos criou com mente que pode pensar e raciocinar. Os
saduceus dos dias de Cristo eram vítimas desta filosofia e concluíram que
depois de trazer o homem à existência, Deus o abandonou aos seus próprios
caprichos. Acreditavam que o método pelo qual a humanidade poderia conhecer a
vontade de Deus para sua vida era o simples processo de cogitar e tomar uma
decisão arbitrária. Mais uma vez, porém, se a lógica e a razão continham todo o
método de Deus de comunicar a Sua vontade, os ateus e infiéis poderiam, tanto
quanto o cristão, ter a certeza de acertar na escolha, e a orientação
tornar-se-ia uma questão de Q.I. [quociente de inteligência], em vez de discernimento
espiritual.
Talvez
todos nós tenhamos usado uma destas abordagens em alguma ocasião em nossa vida,
quer seja concluindo que tudo quanto decidimos deve ser também decisão de Deus
ou tentando um dos truques por falta de um método melhor.
No colégio,
um ano, eu tive de tomar uma decisão concernente ao meu trabalho no verão.
Nesse verão especifico, eu iria colportar. Depois de escrever algumas cartas
pedindo informação aos vários lugares em que eu poderia ir, acabei recebendo
três convites: para Washington, Texas e Wyoming.
Parecia-me
que uma das três escolhas deveria ser melhor, ou mesmo a melhor das três, e
assim eu queria a orientação divina a fim de tomar a decisão acertada. Depois
de considerar como isto poderia ser feito, decidi-me por um método um tanto
sofisticado. Tomei uma pilha de papel, rasguei-a em pequenos pedaços e depois
dividi os pedaços em quatro pilhas iguais. Então escrevi "Washington"
em uma das pilhas de papéis, "Texas" na outra, e "Wyoming"
na terceira pilha. Deixei em branco a quarta pilha de papéis, a fim de ser
justo para com Deus e dar- Lhe a opção de "nenhuma das anteriormente
citadas". Você terá de admitir que esta foi uma operação cuidadosamente
planejada!
Então
eu coloquei em um chapéu todos os pedaços de papel e os agitei para cima e para
baixo a fim de misturar os pedaços. Depois disto, ajoelhei-me e orei para que
Deus me guiasse na decisão que eu iria tomar e que se eu deveria ir a um destes
três lugares ou a algum lugar desconhecido, Ele me fizesse saber Sua vontade
levando-me a tirar a mesma resposta três vezes seguidas.
Puxei uma tira de papel.
Ela dizia "Wyoming". Recoloquei aquela tira de papel, agitei um pouco
mais o chapéu e puxei uma segunda tira. "Wyoming"! Eu estava
começando a ficar emocionado! Repus a segunda tira, agitei o chapéu mais uma
vez e apanhei a terceira tira. "Wyoming"! Três vezes em seqüência!
Eu
fiquei entusiasmado! Estava pronto a sair naquela mesma noite e comprar minhas
botas de vaqueiro e chapéu de abas largas! Mas sendo que já era tarde demais
para ir fazer compras, fiz a melhor coisa que poderia fazer em seguida e sai
apressadamente pelo campus para a casa do meu professor de Bíblia favorito a
fim de contar-lhe as boas novas.
Para
meu espanto, ele franziu o sobrolho e me passou uma descompostura! Realmente
ele me repreendeu com severidade, dizendo-me que esta era uma maneira muito
imatura de descobrir a vontade de Deus, e quando ele terminou eu não estava
mais eufórico. Meu queixo se movia com dificuldade em todo o caminho de volta
pelo campus, e fui dormir naquela noite como um estudante muito desanimado.
Mas eu
ainda tive de tomar a decisão. Durante o dia seguinte, comecei a refletir sobre
Gideão. Ora, há um exemplo bíblico para você – o bom e velho Gideão! Ele pediu
a Deus um sinal, não uma vez, mas duas. E Deus honrou sua petição fazendo com
que o velo de lã ficasse primeiro molhado, depois seco. Quanto mais eu pensava
acerca de Gideão, mais me convencia de que o meu professor de Bíblia afinal não
sabia tudo!
De
sorte que naquela noite eu me lembrei do Deus de Gideão e lancei mão do meu
chapéu pela segunda vez. Agitei-o completamente e mais uma vez puxei três tiras
de papel. "Wyoming", "Wyoming" e "Wyoming" – três
vezes consecutivas também na segunda noite.
Agora
eu fiquei outra vez emocionado! Saí correndo através do campus – mas não para a
casa do mesmo professor de Bíblia. Ele obviamente não tinha apreciado o milagre
que estava ocorrendo, de sorte que decidi tentar algo mais. Desta vez escolhi
outro professor de Bíblia e contei-lhe sobre o que havia acontecido – duas
noites em seguida.
Ele não foi mais
encorajador do que fora o primeiro professor. Também reprovou-me por meus
métodos imaturos e sugeriu que não havia nenhuma garantia de que Deus
preferisse comunicar-Se por intermédio do sistema que eu tinha montado.
Assim
lancei fora os pedaços de papel, e naquele verão acabei indo para Nebraska! Eu
indagava freqüentemente o que teria acontecido se eu tivesse ido para Wyoming.
Eu
realmente não estou disposto a descartar inteiramente esta experiência. Deus
muitas vezes vai ao encontro das pessoas onde elas estão e graciosamente
responde à sua procura dEle, mesmo quando não compreendem muito sobre Ele. Mas
talvez a maior lição que recebi do Senhor nesta experiência foi uma melhor
compreensão de como procurar Sua orientação de acordo com o que revela a Sua
Palavra como os melhores métodos para buscá-Lo!
Se você
leu as biografias de George Müller, sabe que seu desempenho para compreender a
orientação do Senhor foi impressionante. Durante os primeiros vinte anos da sua
lida Müller foi um réprobo. Após a sua conversão, iniciou um ministério que
deveria durar mais de cinqüenta anos, dirigindo orfanatos para os meninos de
rua de Bristol. Nunca teve um homem para cuidar de relações públicas. Jamais
anunciou suas necessidades. Sempre que necessitava de dinheiro, alimento, ou
roupas para seus órfãos, não dizia a ninguém, mas dirigia-se ao seu gabinete de
estudo e orava. Durante sua existência, George Müller recebeu milhões de
dólares exclusivamente em resposta à oração.
Uma vez
Müller estava em um navio no Atlântico, em direção de Bristol. Caiu o nevoeiro,
e o capitão do navio que posteriormente contou a história estivera em seu posto
par três dias, guiando o navio a passo de lesma. Müller aproximou-se dele e
disse:
– Capitão, preciso estar
em Bristol no sábado.
– Não há nenhum meio de
você estar em Bristol no sábado - respondeu o capitão. – Não vê o nevoeiro?
– Meus
olhos não estão no nevoeiro, mas no Deus vivo – disse Müller. – Capitão, não
quer ir comigo lá embaixo e orar para que Deus remova o nevoeiro?
O
capitão seguiu Müller para o porão do navio, e eles se ajoelharam juntos.
Müller proferiu uma oração tão simples que um menino da Escola Dominical
poderia ter orado. "Querido Jesus, Tu sabes a respeito do encontro que
marcaste para mim em Bristol no sábado, assim, por favor, afasta o nevoeiro.
Amém." O capitão estava tentando manufaturar algum tipo de oração, mas
Müller o deteve.
– Em
primeiro lugar, o senhor não crê que Deus possa fazer isto – disse ele – e em
segundo lugar, creio que Ele já o fez. Se o senhor retornar à ponte de comando,
perceberá que o nevoeiro se foi.
O
capitão saiu lá fora e descobriu que o nevoeiro tinha realmente desaparecido,
exatamente como Müller dissera. Eles estavam no sábado em Bristol.
Como é
possível estar tão certo da vontade de Deus? Como poderia Müller viver com tal
certeza? Quando alguém que está tão sintonizado com a vontade do Senhor começar
a partilhar com você sobre como conhecer a vontade de Deus, escute. Perto do
final de sua piedosa vida, Müller legou sete passos para se conhecer a vontade
de Deus. Eu os conferi com o material inspirado sobre o assunto e acrescentei
mais um. Eu gostaria de convidá-lo a estudar estes passos e fazer uso deles em
sua própria vida. Enumeraremos os oito pontos e então os consideraremos mais
detalhadamente em cada um dos oito capítulos seguintes.
Nenhuma vontade própria
sobre o determinado assunto. Sua própria vontade é neutra. Isto não significa
que você não terá nenhuma preferência, mas que você está disposto a ir por
qualquer caminho que Deus dirija. Isto só é possível para alguém que está
envolvido em comunhão diária com Deus, porque não podemos levar-nos a nós
mesmos à rendição. Deus deve fazer isto por nós. O exemplo de Jesus nisto está
registrado em Mateus 26:39 : “Adiantando-se um pouco, prostrou-se
sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este
cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.
João 4:34 : “Disse-lhes Jesus: A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”
Não se deixe levar
simplesmente pelo sentimento. Realmente, você não se conduz por um único passo,
seja qual for. É a combinação de todos os oito juntos que é significativa. Mas
freqüentemente existe a tentação de tomar sua decisão à base de sentimentos, de
sorte que esta é uma advertência. Não faça isto! Conquanto o Espírito Santo
muitas vezes dirija através das impressões sobre o coração, nunca deveríamos
tomar uma decisão baseados exclusivamente em sentimentos.
Isaías
30:21 : “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a
esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o
caminho, andai por ele.”
Estude
a Palavra de Deus para ver o que está revelado que possa orientar na presente
decisão. Deus sempre nos guia através da Sua Palavra, nunca contrário a ela.
Veja
Salmo 119:105 : “Lâmpada para os
meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.”
Pode
não haver informação específica sobre sua decisão particular, embora haja
frequentemente princípios que se ajustam. Mas você pode sempre ir à Palavra em
busca de comunicação.
Passo 4: A Vontade de Deus e Sua
Providência
Considere as
circunstâncias providenciais. Olhe para a orientação de Deus no passado e veja
como a atual decisão poderia ajustar-se num padrão que já foi desenvolvido.
"Recordar-te-ás
de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus te guiou." (Deuteronômio 8:2)
Passo 5: A Vontade de Deus e seus Amigos
Este é o passo que eu
adicionei à lista de Müller. Encontra-se em:
Provérbios
11:14 “Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de
conselheiros há segurança.”
Salmo
1:1 “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Consulte-se
com amigos piedosos. Não consulte com seus amigos ímpios! E mais uma vez, não
tome toda a sua decisão baseado no que seus amigos dizem. Mas ponha o conselho
deles em sua pasta para ajudá-lo a chegar a uma decisão.
Passo 6: A Vontade de Deus e sua oração
em construção
Peça a Deus, em oração,
que lhe revele Sua vontade concernente à decisão que você vai tomar. Veja Tiago
1:5 : “Se, porém, algum de
vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada
lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.”
Passo 7: A Vontade de Deus e sua Decisão
em construção
Tome
uma decisão! Baseado no que tem transcorrido antes, nos primeiros seis passos,
tome uma decisão. Não espere por um sinal ou um raio do céu. Considere com
oração o peso da evidência e decida-se. E diga a Deus qual é a sua decisão.
Passo 8: A Vontade de Deus e as Portas
Giratórias
em construção
Prossiga
com sua decisão, convidando
a Deus que o detenha se você errou o alvo. Seja então sensível às portas
giratórias. Deus sabe abrir e fechar as portas. Às vezes você pode achar uma porta
batida em seu rosto. Isto já aconteceu comigo ocasionalmente! E geralmente
porque eu falhei no passo um. Mas mesmo o apóstolo Paulo às vezes encontrou
portas batidas em seu rosto. Você pode ler sobre isto em Atos 16:6-9 :
“E,
percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de
pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o
Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade.
À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e
lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.”
São
estes os passos, e para aqueles dentre nós que os têm utilizado através dos
anos ao tomar decisões e ao procurar conhecer a vontade de Deus nessas
decisões, descobrimos que eles são extremamente proveitosos.
Deus
tem uma vontade. Ele está interessado em guiá-lo nas decisões da sua vida. Ele
tem um plano para você, e sua maior felicidade será encontrada em seguir este
plano. Se é a Sua vontade que você vá a Nínive, não será igualmente
satisfatório que você se dirija a Társis. Deus sabe o que será o melhor para
você e o que trará a maior bênção aos outros, e Ele está disposto a tornar
conhecida Sua vontade àqueles que estão dispostos a ouvir.
Em
Salmo 32:8 é dada a promessa: "Instruir-te-ei
e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as Minhas vistas, te darei
conselho." Diz S. João
10:3-5: "As ovelhas ouvem a
sua voz, ele chama pelos nomes as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.
Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o
seguem porque lhe reconhecem a voz; mas de modo nenhum seguirão o estranho,
antes fugirão dele porque não conhecem a voz dos estranhos."
Davi
orou: "Guia-me pelo caminho
eterno." (Salmo 139:24). Diz
Provérbios 3:5 e 6: "Confia
no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." Paulo nos diz em Romanos 12:2: "E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." E diz Jeremias 10:23: "Eu sei, ó Senhor, que não cabe
ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus
passos."
Poderíamos
citar muitas outras referências bíblicas para provar o ponto. Deus quer dirigir-nos,
guiar-nos, manifestar-Se a nós. Não quer que nos estribemos em nossa própria e
débil sabedoria, nem que tropecemos nas trevas, sem saber se estamos ou não
escolhendo acertadamente. Ele tem uma vontade, e quer revelar-nos esta vontade.
Mas há
uma importante premissa para compreender a vontade de Deus que queremos
sublinhar e enfatizar antes de prosseguirmos. Para
aquele que está realmente procurando conhecer a vontade de Deus, haverá uma
busca diária para conhecer a Deus. O
assunto da orientação ou direção não é uma rotina semelhante a uma escada de
incêndio, que invoca a Deus somente quando há uma grande decisão a ser
enfrentada. É buscando dia a dia conhecer a vontade de Deus, por meio da oração
e do estudo da Sua Palavra, que somos levados a uma situação de começar a
conhecer Sua vontade até mesmo em relação aos detalhes de nossa vida diária.
Suponha
que eu lhe estivesse dando uma lista de passos para o seu uso em aprender a
nadar. Suponha, outrossim, que você estivesse seguindo as instruções contidas
na lista, prendendo a respiração, movendo os braços, pondo as mãos em forma de
concha e batendo os pés. Suponha que finalmente você voltasse a mim e dissesse:
"Isto não funciona! Eu ainda não sei nadar." E ao discutirmos a
dificuldade, descobríssemos que você jamais percebeu que era obrigado a estar
dentro d'água! Isto representaria uma séria interrupção na comunicação, não é?
Seria
uma tragédia cometer aqui o mesmo erro, no âmbito de conhecer a vontade de Deus
em sua vida. Não pode enfatizar demasiado isto, por mais elementar que seja. A fim de conhecer a vontade de
Deus em sua vida, você deve primeiro conhecer a Deus. Não é suficiente
voltar-se para Ele apenas quando há um problema ou uma crise.
Note outra vez os versos
de João 10. É a ovelha que conhece Sua voz que é capaz de seguir a direção do
Pastor. Elas se tornaram tão familiarizadas com o Pastor que podem distinguir a
Sua voz de todas as outras vozes. Portanto, quando Ele fala, elas podem seguir
Sua orientação.
Você O
conhece? Sabe o que significa pôr
de lado o melhor tempo cada dia a fim de promover sua familiaridade e
relacionamento com Ele? Sabe
o que significa conversar com Ele, simplesmente pelo prazer de conversar, mesmo
quando você não necessita de nada dEle exceto dEle mesmo? Você sabe o que significa ouvi-Lo
falar a você, através da Sua Palavra? Já experimentou, como fizeram os
discípulos no caminho de Emaús, o que é ter o coração ardendo dentro de si
enquanto Ele fala com você pelo caminho? Está você em condições de falar com
Ele dia a dia?
Se você
pode responder afirmativamente a estas perguntas, está em condições de buscar
Sua orientação com respeito aos detalhes particulares de sua vida. Se você não
O conhece, seu primeiro trabalho é tomar-se familiarizado com Ele. É somente quando você O conhece
por experiência própria que você pode compreender corretamente Sua orientação,
ou mesmo estar disposto a aceitar Sua orientação quando a mesma é compreendida.
Não tente aprender a
nadar pelo método descrito na velha rima infantil:
Mamãe, posso ir nadar?
Sim, minha querida filha.
Pendure sua roupa no ramo da nogueira,
Mas não se aproxime da água!
Entre
em contato com a água! Torne-se familiarizado com o melhor Amigo que você pode
ter. Aprenda a conhecê-Lo. E então ao enfrentar as decisões da vida você poderá
também aprender a conhecer Sua vontade para o seu viver diário.
Morris Venden é o mesmo autor do Livro Como Conhecer a Deus?
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Título original em inglês: How to Know God’s will in your Life
Tradução: Francisca Alves de Pontes
Casa Publicadora Brasileira
"Sabe o que significa conversar com Ele, simplesmente pelo prazer de conversar, mesmo quando você não necessita de nada dEle exceto dEle mesmo?"
ResponderExcluirDeus maravilhoso. Digno de toda a honra o que desejar mais além de Ti, Senhor? Se o melhor está em Ti! A fé verdadeira é fundamentada nesta essência. Buscar, amar, servir a Deus. Confiar NEle não porque Ele pode nos dar coisas, mas porque Ele É Quem Ele É.