O Amor, o Ódio e os Personagens do Grande Conflito



O texto que contem a parte nº1 pode ser facilmente visualizado neste texto Criou Deus o Mal?

“O conhecimento de Deus não começa com a razão humana, mas com a revelação. Isto é, Deus precisa primeiro revelar-Se. Não podemos descobri-Lo por meio de nossos próprios esforços. E essa revelação de Deus teve a expressão máxima em Jesus Cristo.” (Loron Wade – Os Dez Mandamentos, pág. 18)

Muitos pensam que Jesus morreu porque os sacerdotes judeus O acusaram e O prenderam. É bem verdade que eles foram personagens ativos em todo o processo, mas é realmente um julgamento feito na calada da noite a única explicação para um fato tão marcante na história da humanidade? Jesus não foi morto porque o Sinédrio e Pilatos O sentenciaram. Terá sido porque Judas O traiu? Porque Pedro O negou? Porque os soldados O pregaram na cruz?

Não. Os sacerdotes O fizeram porque tiveram inveja e ciúme por causa da liderança de Jesus. Pilatos se omitiu porque foi covarde. Judas O traiu por finanças, assim como Pedro por covardia e os soldados por crueldade.

Muitos pensam que Aquele que morreu na cruz foi muito permissivo e submisso. Pois vou dizer uma coisa, dou graças e louvores a Jesus por Sua obediência passiva… Por tão grande e imensurável amor! Por tão sublime e incomparável humildade e nobreza do Ser.

Não… Decididamente não! Deus não foi à cruz porque alguém O condenou. Ele aceitou aquela morte na cruz por amor. Deixe-me lhes falar de uma mensagem especial: da justiça e do amor de um SER que foi além, muito além do nosso critério de amor e que às vezes por não compreendê-LO somos tentados a julgá-LO.

Pergunto-lhes, pode nossa mente finita alcançar tal conhecimento? Como julgar se justa ou injusta as ações divinas tendo como princípio a nossa imperfeita justiça e questionável ética? Quando escuta o nome do SENHOR que imagem lhe vem à mente? A de um justiceiro impiedoso, sanguinário e vingativo sempre pronto e veloz em aplicar a punição às Suas criaturas? Um SER exigente e intransigente que nos observa a todo instante procurando nossos erros e transgressões a fim de aplicar a Sua Lei? Um SER que Se omite diante do mal e da injustiça, que a tudo observa de forma inativa? Um SER que abandonou-nos ao sabor de nossos próprios erros ou a de um SER que ama a justiça porque o Bem é a Sua própria essência?

Onde podemos encontrar as melhores respostas às nossas indagações sobre este Deus tão intrigante? Penso que isto só se torna possível através da Sua Palavra. Qual é a Palavra de Deus? Com certeza responderemos todos que é a Bíblia. Então, com certeza é nela que encontraremos as respostas sobre Deus.

Esse não é um tema superficial. Requer maturidade espiritual. Compreender esta questão nos ajuda a compreendermos o quanto importante é sabermos em que cremos, em Quem cremos e por que cremos. E disto resultará a compreensão plena do que representa para nós a morte de Jesus Cristo na cruz do calvário.

Faço parte do grupo que defende o “Sola Scriptura”. Compartilho o pensamento de que a Bíblia é um livro contextualizado e que tem a capacidade de explicar-se a si mesma. E essa contextualização não pode ser vista como um fator negativo ou que possa pontuar a favor dos argumentos de que a Bíblia é um livro que se contradiz, mas como um instrumento de comprovação da verdade teológica de Deus. Gosto do pensamento que afirma que a Bíblia traz nela mesma a marca de sua origem. De que nenhum livro tem a capacidade de responder ao ser humano as suas mais profundas interrogações. E de que apesar de sua historicidade ela encerra uma mensagem para todas as épocas e todas as condições de vida. E exatamente porque é rica da essência divina que é eficaz e eficiente para nos iluminar não somente a inteligência, mas o ser por inteiro.

A Bíblia fala de um ser que em essência é antagônico ao Bem. Segundo a Bíblia, o Mal existe também sob a forma de uma criatura e é neste ser que se encontram as explicações sobre o mal e suas consequências: a morte, a dor, a tristeza, o ódio… 

Foi o Mal a causa da morte de Jesus naquela cruz. O Mal é um princípio e é dele os frutos que não vêm do Bem. Conhecemos uma árvore por seus frutos, lembra? Poderia o Mal ser parte de Deus? Sinceramente, não do Deus Criador da Vida. Sendo Onisciente, como poderia criá-lo sabendo todo o estrago que causaria? Lembram que Jesus ensinou que deveríamos mostrar a outra face? Foi essa face, a Sua face, que Deus mostrou naquela cruz. O Mal O pôs lá, mas porque Ele é amor o venceu e aquela cruz transformou-se no maior instrumento de resgate contra o Mal. E o que é mais maravilhoso, Seu sacrifício retirou a minha máscara porque aquela cruz deveria ser minha. Ele tomou o meu lugar e a Sua morte me deu vida. Ele abriu o túmulo (da morte) de dentro para fora e me deu vida em abundância. Porque foi isto que Sua presença fez na minha vida. Ele foi ao túmulo para me colocar no Céu. Libertou-me do cativeiro do Mal. Da potestade de satanás. Deu-me liberdade. Reconquistou para mim a imortalidade. Tornou-me filha Sua.

É esta mensagem que compreendo quando escuto as Suas palavras: “Está consumado!” (João 19:30).

O Mal é um princípio que desencadeia más ações. São coisas intrínsecas embora distintas. A morte de Jesus sobre aquela cruz quebrou todos os paradigmas do orgulho humano. Por isso, muitos rejeitam a Jesus. Como pode o Ser divino permitiu-Se estar suspenso entre a Terra e o Céu, sofrer sede, dor, vergonha, humilhação e abandono? O Grande Eu Sou?! Não! Imagina!

Jesus foi o instrumento divino para enfrentar a morte haja vista que Deus é imortal. A Bíblia diz que Ele esvaziou-Se ao ponto de tornar-Se servo. Esvaziou-Se para revestido de humanidade vencer e nos dá a mesma vitória. Foi perseguido, cuspido, preso, açoitado, morto! Sendo Deus Se fez homem. Sendo santo Se fez pecado, sem nem mesmo ter cometido nenhum pecado! Sendo bendito Se fez maldição e o mais impressionante, sendo o autor da vida e tendo o dom da vida em Si mesmo, a subjugou através da morte para que tivéssemos vida eterna e abundante.

Não existe Deus do Velho Testamento e Deus do Novo Testamento. A Bíblia diz que Jesus era Deus conosco. Aprendi uma coisa com Jesus: Ele é a maior expressão de amor de Deus e como eu creio que Jesus é Deus a conclusão que posso tirar é que ainda que em nome de Sua justiça o “mal” tenha que vir sobre minha vida, vou dizer que esse “mal” será sempre o resultado do pecado que como intruso entrou no Universo. Guardo a esperança em meu coração de que este intruso, sem autoria divina, será para sempre exterminado porque o meu Deus tem poder e autoridade sobre ele.

Não há registro na Bíblia de como se originou o mal no coração de Lúcifer, apenas narra que começou com ele e “nos expõe as consequências do mal. O objetivo de Deus é mostrar-nos que o mundo é regido por leis perfeitas estabelecidas para a preservação da vida, e que o desrespeito a essas leis pode ter consequências trágicas (…) Porém, não pode existir amor onde não existe liberdade. Portanto, a possibilidade de amar ou rejeitar a Deus, de servi-Lo ou abandoná-Lo, de fazer o bem ou o mal, era parte de um mundo perfeito. Se não existisse a possibilidade do mal, as criaturas celestes não seriam livres. Seriam escravas do bem. Fariam o bem porque não teriam opção de fazer o mal. (…) O mal não é a simples possibilidade. O mal é a rebelião contra os princípios do bem, é a escolha deliberada da possibilidade do mal.(…) Infelizmente esta foi a decisão de Lúcifer, o anjo mais famoso do universo. Ele se rebelou contra Deus e tentou derrubá-Lo do governo celestial. Acusou o Criador de duas coisas: em primeiro lugar, na opinião de Lúcifer, as criaturas celestiais poderiam ser mais felizes e mais livres se não existissem todas essas leis que regem o Universo. Em segundo lugar, Deus, na opinião do anjo caído, era um ditador arbitrário que amputava a liberdade de Suas criaturas e portanto ele, Lúcifer, era a pessoa certa para governar o Universo. (…) Lúcifer começou a semear entre os anjos suas dúvidas e acusações. E Deus não podia permitir por tempo indefinido essa situação no céu.” (Alejandro Bullon. O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse – Como viver sem medo do futuro. Pág. 20- 22. Casa Publicadora Brasileira. 1998)

Esta é 
a origem da manifestação do mal segundo a Bíblia: a rebelião aconteceu primeiro no Céu, em seguida, sobre a Terra. Quando a guerra surgiu no Céu, Miguel – o Cristo antes de sua encarnação – combateu contra Lúcifer (hoje Diabo, Satanás).

“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.” (Apocalipse 12:7-9)

Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.” (Apocalipse 12:12)

O diabo existe e não é uma força ou energia negativa. Ele é um ser real e pessoal e está presente neste mundo, trazendo dor, tristeza, morte, depravação e corrupção aos seres humanos.

Lúcifer introduziu não somente o espírito de rebelião na Terra, mas também todo o sofrimento e dor. Agora, observado por todo o Universo, nosso mundo tornou-se o palco dessa controvérsia universal, dentro do qual será finalmente desmascarado o verdadeiro inimigo da humanidade e vindicado o Deus de amor.

Mas, por que Deus não destruiu os rebeldes ao invés de simplesmente expulsá-los? Deus não destruiu os rebeldes simplesmente porque Deus, o Criador, ama respeitar o livre arbítrio de Suas criaturas. Estamos falando de um Criador que nos fez para sermos livres e os seres criados, até a instigação de Lúcifer, só conheciam o bem. Eles não tinham nenhuma experiência com a rebelião. A principal acusação de Lúcifer era de que Deus era injusto ao exigir de todos a obediência às Suas leis. Essa acusação parecia ter algum sentido, segundo seus argumentos. Como saber a resposta? Ele precisava de um tempo para provar a validade de suas ideias

Mostrar ao Universo os dois argumentos, o do Criador e o da criatura, por isso neste primeiro momento, o Criador “apenas” o expulsou do Céu, juntamente com aqueles que aceitaram suas ideias, e continuou com o Seu plano de expansão da criação. Se Deus o tivesse destruído, as criaturas O teriam obedecido por temor de serem destruídas também e não por amor. Daí em diante, pairaria para sempre a dúvida de que talvez Lúcifer tivesse tido razão. Eu creio que, como cristãos, somos o argumento vivo do Deus Criador. 

Quanta responsabilidade temos em meio a essa controvérsia espiritual! Este tema, o Bem e o Mal, terá continuidade em nossas próximas reflexões. Há muito o que ser dito, lido e escutado sobre ele. Apresentaremos reflexões sobre algumas passagens bíblicas apresentadas como argumento por parte dos que têm a visão de que o Deus do Antigo Testamento era mau. Se os púlpitos não fossem desperdiçados com temas sem grande ou nenhuma importância muitos equívocos e enganos não estariam hoje no meio cristão.
 
Ruth Alencar
Que Deus nos ilumine.  
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12 respostas para O Amor, o Ódio e os Personagens do Grande Conflito

  1. Anônimo diz:

    nemarcosta4 de novembro de 2010 13:46

    Foi por amor + justiça = verdade.

    Ruth, este teu blog (e da Brígida, quando eu a conhecer melhor liberto-a dos parenteses.)Está entre os blogs que recomendo (e são muito poucos).

    Já me alistei como teu seguidor. (a relação dos que recomendo estão registradas no meu "nemarcosta.blogspot.com./" Minha foto já está neste. Cumprimentos do novo assíduo leitor.

    Nemar Costa

  2. 4 de novembro de 2010 14:35

    Nemar… que honra tê-lo conosco. Faço o convite para nos brindar com textos seus.

    Brígida é um amor de pessoa, logo vc a libertará. hehehehehehe

    Tomei nota de todas as sugestões de tema que vc enviou. Logo, logo estaremos conversando sobre eles.

    Um grande abraço… essa casa é suatambém.

  3. Anônimo diz:

    Pedro6 de novembro de 2010 17:21
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    “O conhecimento de Deus não começa com a razão humana, mas com a revelação. Isto é, Deus precisa primeiro revelar-Se.”

    Entendo que todo aprendizado é fruto da revelação Divina. Nós desenvolvemos entendimentos, não criamos nada. E, Deus nós dotou de razão para entendê-LO.
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    “Os sacerdotes O fizeram porque tiveram inveja e ciúme por causa da liderança de Jesus. Pilatos se omitiu porque foi covarde. Judas O traiu por finanças, assim como Pedro por covardia e os soldados por crueldade.”

    Inveja, ciúme, covardia, crueldade:

    Ter inveja de Deus é uma bruta ignorância;
    Sentir ciúme de Deus é ignorância pura;
    Praticar covardia contra Deus é ignorância sem limite;
    Ser cruel com Deus é o cúmulo da ignorância.

    Todo engano é fruto da ignorância de não se conhecer o que é divino.
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    “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João 7:17

    “Pergunto-lhe, pode nossa mente finita alcançar tal conhecimento?”

    Claro que não, por isso somos ignorantes, estamos sempre buscando conhecimento do que é divino. Única forma de evitarmos os enganos que nos afligem.

    Pedro

  4. Anônimo diz:

    Pedro6 de novembro de 2010 17:24
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    “Deus quer de nós um culto racional, um culto que se confirme através de um agir fundamentado nos princípios divinos. Foi exatamente a não obediência ao espírito da vontade divina que fez surgir a manifestação do Mal.”

    Ruth, o que significa um culto racional fundamentado nos princípios divinos?
    Não é usar a razão para aplicação do conhecimento que se tem do que é divino?
    Existe razão para quem ignora o que é divino?
    Pode-se conhecer o Divino e não se agir com a razão?

    Acredito que grande parte do nosso problema está no fato de querermos estabelecer índices para o nível de conhecimento das pessoas. Não dá para se afirmar que alguém tem pleno conhecimento de absolutamente nada. Portanto seremos sempre ignorantes em relação a tudo.
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    “O Mal. Esse não é um tema superficial. Requer maturidade espiritual.”

    O mal foi herdado, desenvolvido, criado, inventado?

    O que é o mal?

    A quem, ou que, se atribui a sua origem?
    Qual a verdadeira causa do mal?

    Entendo que só o conhecimento do que é divino pode nos dar o entendimento capaz de nos livrar da prática de enganos.
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    ”Faço parte do grupo que defende o "Sola Scriptura".

    Eu também. “Sola Scriptura”, quando analisada e entendida sob o ponto de vista da essência da sua mensagem, contém a verdade divina. Literalidade pode ser é um perigo!

    Pedro

  5. Anônimo diz:

    Pedro6 de novembro de 2010 17:25
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    “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” (Apocalipse 12:12)

    O livro de Apocalipse é um exemplo contundente da força de expressão literal e das figurações na Bíblia. Essas figurações, quando não analisadas sob o ponto de vista da essência do propósito divino, podem tornar a literalidade bíblica uma faca de dois gumes.

    Um exemplo: Os céus e seus habitantes deveriam alegrar-se por terem se livrado do seu feroz inimigo, lançando-o contra os pobres terráqueos?

    A ênfase na literalidade, se não entendida, compromete a essência da mensagem.
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    “Está consumado!” (João 19:30).

    “Está consumado”. Eu paguei a “conta”, conforme programei no plano da redenção. Não mais deveis nada à Lei, nem a ninguém mais, exceto a Mim. Eu sou o credor único das vossas dívidas. Só a Mim deveis confessar os vossos enganos e pedir perdão. Só Eu posso lhes perdoar, pois sou o credor absoluto de tudo que deveis.
    Mas, lembrem da minha misericórdia!
    “Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem”.
    Eu não levo em conta o tempo da ignorância em que viveis. Dia há de vir em que porei em vossas mentes o conhecimento necessário para que não mais cometais enganos. E ninguém mais enganará ou será enganado.

    Pedro

  6. Anônimo diz:

    6 de novembro de 2010 17:27
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    “Portanto, a possibilidade de amar ou rejeitar a Deus, de servi-Lo ou abandoná-Lo, de fazer o bem ou o mal, era parte de um mundo perfeito.”

    Perfeição pressupõe a impossibilidade de imperfeição!
    Só é perfeito aquele, ou aquilo, que reúne, em si mesmo, tudo em absoluta ordem.
    .
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    “Se não existisse a possibilidade do mal, as criaturas celestes não seriam livres. Seriam escravas do bem.
    Fariam o bem porque não teriam opção de fazer o mal. (…) O mal não é a simples possibilidade”.

    Que me perdoe o Pastor Bullon, mas, entendo que não poderia existir “escravas do bem”. Escravidão é um estado de dependência perniciosa a uma força opressora. Se opressão é uma maldade, poderia Deus abrigá-la em Seu caráter, ou ser considerado opressor por praticar o bem absoluto?
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    “O mal é a rebelião contra os princípios do bem, é a escolha deliberada da possibilidade do mal.(…) Infelizmente esta foi a decisão de Lúcifer, o anjo mais famoso do universo. Ele se rebelou contra Deus e tentou derrubá-Lo do governo celestial.”

    Por ventura, pode existir ignorância, estupidez, falta de conhecimento, maior do que acreditar na possibilidade de derrubar a Deus?
    Donde veio a maldade de Lúcifer?
    Ele herdou, desenvolveu, criou, inventou, como foi que ela apareceu?
    Numa coisa eu acredito: Lúcifer, como todos os seres, herdou, de Deus, conhecimento limitado. Ele era, e sempre será, ignorante em relação ao todo. Onisciente só Deus.
    .

    Pedro

  7. Anônimo diz:

    Pedro6 de novembro de 2010 17:30
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    “O diabo existe e não é uma força ou energia negativa. Ele é um ser real e pessoal e está presente neste mundo, trazendo dor, tristeza, morte, depravação e corrupção aos seres humanos.”

    Eu creio que todo ser, em virtude da sua ignorância, estará sempre cometendo enganos. Uma das formas de se cometer enganos é influenciar outros seres com as suas idéias errôneas.
    Se isto é fato, quem mais comete enganos é também o maior ignorante. Mas, aí surge um problema a ser digerido pela nossa mente ignorante: “onde abundou o pecado (o engano, a ignorância) superabundou a misericórdia”. Misericórdia que é infinita, segundo eu creio.

    .
    .

    “Se Deus o tivesse destruído, as criaturas teriam obedecido ao Criador por temor de serem destruídas também e não por amor. Daí em diante, pairaria para sempre a dúvida de que talvez Lúcifer tivesse tido razão.“

    Deus não precisa fazer nada, além de dar-Se a conhecer, a fim de que toda dúvida seja esclarecida. Ele será mais, ou menos, amado à proporção que for, ou deixar de ser, conhecido.

    CONHECER A DEUS É TUDO…

    Fraternalmente.

    Pedro

  8. Todas as suas questões Pedro são apresentadas nos textos sobre a série o Bem e o Mal:

    http://nossasletrasealgomais.blogspot.com.br/p/indice-geral.html

  9. Um culto racional é um culto fundamentado no amor e reconhecimento a quem decidimos respeitar e servir. Não se trata da intelectualização da fé. É fé por discernimento e aprendizado.

    Em se tratando do mal, Pedro, há uma literalidade sim, pois o principio moral só ganha fôlego, existência se houver agentes que o operacionalize.

  10. Pedro sobre:

    “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” (Apocalipse 12:12)

    É assim que compreendo. Os Céus não se alegram porque o diabo veio sobre a Terra. Os céus se alegram porque ele foi expulso de lá. Porque ele não está mais entre eles. Usa-se aqui uma distinção territorial: a esfera celeste, onde outrora ele habitava, e a Terra para onde ele se dirige.

  11. Pedro, vc diz: Perfeição pressupõe a impossibilidade de imperfeição! Só é perfeito aquele, ou aquilo, que reúne, em si mesmo, tudo em absoluta ordem.

    Pedro, perfeito somente Deus. Tudo o que Ele fez foi perfeito. A imperfeição que passou a existir não se abriga na natureza divina, apenas nas de Suas criaturas.

    Perfeição nessa sua visão implica em absolutismo e isso Deus não é. Essa foi a acusação de Lúcifer. O plano da Redenção foi perfeito. Jesus morreu por todos. Mas, a execução prática da salvação implica na aceitação humana. O plano de Deus deixou de ser perfeito porque haverá homens ou mulheres que não pertencerão ao Seu reino?

    Não. Claro que não! O plano foi perfeito ainda que alguns se percam. Essa é exatamente a questão. A perfeição do Seu plano tinha que ter em sua natureza a liberdade humana de escolha, ainda que essa fosse a de rejeitar o plano de salvação já executado por Jesus.

  12. Reeditamos esse texto para aproveitar o tema desta semana das lições da Bíblia que teremos em nossa Escola Sabatina deste novo trimestre.

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