O Deus de Paz (6º Dia)


Não se esqueça de continuar seguindo a “receita” do pastor Allen da leitura de 5 vezes ao dia do Salmo 23 que falamos na Introdução

“No musical “South Pacific”, Mary Martin cantava uma melodia que eu considero maravilhosa. A letra dizia: “sou como um viciado, amarrado a uma droga chamada esperança. Não consigo arrancá-la de meu coração.”

Davi disse exatamente o  mesmo, só que com outras palavras: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida.” Não se trata aqui da expressão de um desejo. Ele diz certamente… com toda certeza… certeza absoluta.
Davi já era idoso quando escreveu o Salmo 23. ele presenciara muitas tragédias e sofrera grandes decepções, mas também chegara a conhecer Deus melhor — um Deus que conhece as necessidades de seus filhos, e que atende amplamente a estas necessidades; um Deus que nos restaura a vida e nos livra do medo. Apesar das nuvens escuras que surgissem no horizonte, tendo um Deus como ele, o salmista estava certo de que o sol se levantaria no dia seguinte.
Estamos sempre ouvindo relatos sobre a maldade do homem e a destruição final do mundo. Sabemos da existência de bombas que podem destruir várias cidades com uma só detonação. Nós trememos ao ouvir as horríveis predições do implacável julgamento de Deus.
Entretanto, quando nossa mente se volta para este quadro do Pastor amoroso guiando suas ovelhas, de certo modo, sentimo-nos confiantes em que ele estará conosco, dirigindo-nos pelos vales escuros.
Um dos maiores educadores que já se levantou na América foi o Prof. Endicott Peabody, antigo diretor da escola de Groton. Certo dia, na assembléia dos alunos, ele disse: “Lembrem-se de que a vida nem sempre correrá mansa e calma… A grande verdade que devemos ter em mente é que a tendência da civilização é progredir sempre para o alto”.
Estas palavras ficaram gravadas na mente de um dos rapazes. Aquele estudante, cerca de quarenta anos depois, conseguiu dar um novo alento à sua nação quando disse: “A única coisa que temos a temer é o próprio medo”. Franklin D. Rooselvelt será sempre lembrado como um homem que renovou as esperanças de um país em desespero.
Muitas pessoas se julgam a caminho do desastre total. Elas se sentem mal, e deixam a mente ser dominada pela idéia de que estão doentes. Já começam o dia com um sentimento de mau presságio. Contemplam o futuro com apreensão e tremor.
Li de um professor que tem obtido muito sucesso em seu trabalho. Ele pede aos alunos para ficarem em silêncio e imaginarem a mente como um papel em branco ou uma tela cinematográfica.
Então eles projetam naquela tela um quadro mental: uma coisa boa que desejam que aconteça. Depois apagam o quadro da mente. A seguir, projetam-no de novo. O processo é repetido várias vezes até que o quadro se torne bem nítido e definido. Deste modo, ele se fixa no consciente e no subconsciente da pessoa. Por fim, o professor manda que os alunos se empenhem no sentido de tornar o quadro em realidade, mantendo sempre um espírito de oração e fé.
É notável a rapidez e a perfeição com que aquele quadro se reproduz na vida.
Paremos de prognosticar desgraças para nós e nosso mundo. Digamos como o salmista: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (Sl. 118:24).
Comecemos o dia com o coração cheio de esperança. Gravemos em nossa mente este versículo: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida”, e realmente será assim.

É um espetáculo impressionante observar o movimento do centro da cidade de Atlanta às 5:00 da tarde. As ruas estão sempre cheias de gente e de carros. Todos os ônibus se acham trafegando, e sempre lotados.
O que torna isto emocionante é pensar que todas estas pessoas estão indo para casa.
O escritor John Howard Payne já se encontrava fora de casa havia nove anos. Uma tarde, ele estava à janela, e contemplava as pessoas que passavam, alegres e apressadas, dirigindo-se para casa. De repente, ele se viu dominado por um sentimento de solidão, naquele quarto de pensão, em Paris.
Com um movimento de impaciência, ele se afastou da janela. Tinha que trabalhar. Talvez ele estivesse escrevendo uma peça importante, não sei; mas não tinha tempo para sentimentalismos. Contudo, a atmosfera e a recordação de uma certa cidadezinha de Long Island não o abandonaram.
Ele apanhou um lápis e escreveu uma canção que continha em essência esta mensagem:
 “Ainda que da vida e prazeres de um palácio possamos partilhar, ainda assim, mesmo que humilde e simples, nada como o nosso lar.”
Já faz mais de cem anos que isto se deu, mas as palavras desta canção ainda traduzem o mesmo sentimento, tão real para todos nós: “nada como o nosso lar”.
Todavia, quando vejo as pessoas indo para casa, sinto tristeza também. 
Sei que alguns não tem lar. Uns andam pelas ruas, procurando um quarto barato para passar a noite; outros vão para a mais cara suíte de um hotel — que, apesar de ser rica, não é o seu lar.
Já trabalhei com inúmeros alcoólatras. Várias mulheres já me disseram como foi que se tornaram viciadas em álcool. Viviam sozinhas em um quarto ou apartamento triste e vazio. Não há prazer nenhum em se viver assim. Muitas pessoas começam a beber por causa de uma situação destas.
Mais triste do que ver uma pessoa sem lar no fim do dia, é encontrar alguém que não está certo de seu relacionamento com Deus, e não tem esperanças de ir ao lar eterno; uma pessoa que, no fim da jornada da vida, só espera um túmulo escuro e o esquecimento total.
Davi encerra o Salmo 23 com um poderoso “crescendo” de fé ao dizer: “E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”.
Uma das passagens mais emocionantes do livro O Peregrino, de João Bunyan, é o trecho em que o “Sr. Mente Fraca” fala de sua esperança de chegar ao lar celestial. Ele diz:
Às vezes, recebemos maior alento para a vida, quando fixamos nosso pensamento “naquela terra que fica Além do rio que não tem pontes”. Se não fosse por esta certeza, muitas das experiências por que passamos nesta vida seriam insuportáveis.
Davi não possuía muito do conhecimento bíblico que temos hoje. ele nunca ouviu as palavras: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente.” (João 11:25,26) 
Foi um conhecimento íntimo de um Deus como o que ele descreve no salmo 23 que lhe deu a certeza de que ao fim de sua vida ele iria para os céus.” (Charles Allen- A Psiquiatria de Deus)
Chegamos ao final da reflexão proposta do salmo 23. E não poderíamos terminar com melhor mensagem: teremos um Lar, uma Mansão, no fim de nossa jornada. Hoje estamos sendo convidados a morar com o Bom Pastor por toda a eternidade. Isto é acalentador porque nos enche de esperança.
Há algo importante e que não posso deixar de lhes dizer. Enquanto ainda estamos aqui não devemos temer as dificuldades que compõem o Vale de nossas vidas. Não estamos sozinhos. Ele nos prometeu e Ele não é homem para mentir.  Temos a Sua garantia de que a Sua misericórdia estará à nossa disposição até a consumação dos séculos. 
Isto significa dizer que a misericórdia de Deus está a nossa disposição hoje e eternamente. Deus pode nos perdoar os pecados. Todos eles, quaisquer que tenham sido. Ele pode nos conceder todas as coisas boas de que necessitamos para a sobrevivência material e espiritual. Um Lar maravilhoso e pleno de paz e felicidade nos aguarda. Não se trata de um “parquinho de diversões”. Trata-se do Lar onde Deus está.
A relação que Deus deseja formar conosco vai muito além da relação de um pastor com suas ovelhas. Deus quer relacionar-Se como um Pai conosco. Ele quer que creiamos que podemos recorrer a Ele em qualquer momento, seja qual for a dificuldade. Ele quer que confiemos no Seu perdão e graça a ponto de dizermos e vivermos na convicção de que habitaremos na casa do Senhor por longos dias. Ele ama quando temos a certeza de nossa salvação. Sei que há dias em que tudo parece por complicado demais, mas devemos guardar a esperança em nossos corações. Viver cada dia o seu próprio mal, afinal de que nos adiantará viver em ansiedade pelo que será o dia de amanhã?
O Salmo 23 começa com uma afirmação alegre: “O Senhor é o meu pastor”, e termina com uma feliz certeza: “E habitarei na casa do Senhor por longos dias”. Não importa se no meio há um vale da sombra da morte. 
Muitos têm crido que todos os caminhos levam a Deus. Isto não é verdade. Jesus identificou-Se como sendo o caminho: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6)
Porém, eu creio que Deus passeia por todos os caminhos buscando atrair os homens para Sua salvação. O que Jesus nos promete não é um processo eterno de reencarnação, de busca pela verdade e auto-transformação. Jesus não nos apresenta atalhos, caminhos breves e longos

Ele afirma: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. 
Àqueles que O aceitarem como Senhor e Único Deus nesta vida não é prometida uma vida isenta de problemas e aflições, mas é garantido o sustento e o conforto pela esperança de que haverá um novo lar. E neste lar nunca mais haverá lágrimas, nem decepções, nem frustrações porque Deus fará tudo novo. As primeiras coisas serão passadas, pois o Grande Conflito entre o Bem e o Mal terá atingido o seu ápice e Deus fará justiça. Todo o mal será destruído, inclusive o seu agente maior: o arquiinimigo de Deus. Você pode ler mais sobre este grande conflito entre o Bem e o Mal nestes textos. 
Ali seremos saciados com as águas puras do rio da vida, e comeremos dos frutos da árvore da vida:
“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos. Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.”

“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.” (Apocalipse 22:1-7; 11-14)
O Bom Pastor, o Grande Pai Eterno, preparou esse lugar para as Suas ovelhas, Seus filhinhos, nós que cremos e O aceitarmos como Salvador e Senhor.

João 10:16: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”

Ruth Alencar
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Uma resposta para O Deus de Paz (6º Dia)

  1. Sejam bem vindos!

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    Boa leitura a todos!

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