Conversando um pouco mais sobre as leis de Deus – parte 2














Antes de reiniciar nosso debate gostaria de dizer que amo muito a Palavra e seus princípios de vida. Creio profundamente que ela encerra as grandes verdades para nossa vida espiritual e não deve jamais servir de instrumento para nos dividir. É suficiente em si mesma, não precisando que lhe acrescentemos interpretações pessoais. 


Gostei muito, pastor, por você considerar-me sua irmã em Cristo. Acho que esse é o espírito que deve permear nosso diálogo iniciado aqui

Pr. você disse: “Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado (Gl.4:4-5; Rm. 10:4). O Sábado faz parte da lei e esta foi por Cristo abolida totalmente (Cl.2:14;II Cor.3:14). Os adventistas, para imporem a obrigatoriedade da guarda do Sábado, se valem de argumentos infundados estabelecendo uma distinção entre a Lei Moral e Lei Cerimonial, Lei de Deus e Lei de Moisés, dizendo que a Lei Moral ou lei de Deus se restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés e foi abolida. Essa distinção é imprópria. Estamos em um novo concerto muito melhor, fazendo-se necessário à mudança da Lei. Foi o próprio Cristo que instituiu a nova aliança (Mt.26:28) trazendo assim uma nova concepção da vida espiritual que Deus quer que tenhamos. Isso foi tão profundo que os judeus não entenderam e nem aceitaram.”

Você citou o pensamento adventista, sinto-me então no direito, como cristã adventista, de ajuda-lo em sua compreensão. “Atualmente existem pelo menos quatro correntes teológicas na IASD:

– adventismo progressista (parâmetro: compreensão científica atual; aceitam aspectos da teoria da evolução teísta e minimizam a realidade sobrenatural da Bíblia e do ministério de Ellen White);

– adventismo evangélico (parâmetro: justificação pela fé à luz da compreensão luterana, afirmam seguir somente a Bíblia; enfatizam as doutrinas evangélicas e reinterpretam as doutrinas distintivas);

– adventismo da corrente principal (parâmetro: a Bíblia somente como base de doutrina; santuário e grande conflito como organizadores da teologia; a linha seguida oficialmente pela Associação Geral e pelo Instituto de Pesquisa Bíblica; apresentada no livro Nisto Cremos e no Tratado de Teologia Adventista);

– adventismo histórico (parâmetro: suposta crença dos pioneiros adventistas; enfatiza a natureza pós-lapsariana de Cristo, a perfeição cristã sem pecado e o retorno ao que supostamente era ensinado pelos pioneiros).

Dentro de cada uma dessas correntes há bastante diversidade, mas, de modo geral, essas são as principais características dos grupos.” (Pr. Matheus Cardoso).

Em meio a essa diversidade de pensamento permita-me lhe mostrar, a partir dos comentários de dois pastores adventistas, qual é de fato a abordagem adventista sobre a salvação:

“O ideal, realmente, é fazer tudo por amor e sem esperar nada em troca. A motivação IDEAL para eu obedecer à lei, devolver o dízimo, fazer trabalho missionário, seguir a reforma de saúde etc. é única e exclusivamente o que Jesus fez na cruz há 2 mil anos. Quando lemos a Bíblia e compreendemos verdadeiramente a vastidão do que Jesus fez (tanto quanto é possível à nossa limitação humana e pecaminosa), a pergunta que surge naturalmente não é: ‘Se Jesus já fez tudo para me salvar, por que eu preciso obedecer?’, mas ‘Se Jesus já fez tudo para me salvar e eu sou salvo somente por Sua graça, como eu posso deixar de ser grato e dedicar a Ele tudo o que sou, tudo o que tenho, tudo o que faço?’

Outro ponto é que a verdadeira bênção, que eu devo buscar ao obedecer, deve ser a própria obediência. Novamente, esse é o IDEAL. Isso porque o real problema humano não se chama desemprego, ou infelicidade, ou depressão. Se chama pecado. Somente quem recebe a graça de Deus é capaz de obedecer (embora não perfeitamente, como já deve estar claro pelo estudo da Bíblia). A bênção por eu devolver o dízimo é ser capaz de, pela graça de Deus, devolver o dízimo. Deus promete bênçãos aos que são fiéis, mas muitas vezes nos esquecemos de que a maior bênção é a própria obediência.

Tudo isso é o IDEAL. Deus deseja profundamente que essa seja nossa experiência e nos dá Sua graça para que isso seja real. Mas nem sempre é o real. Para muitos, raramente é o real. E, como se não bastasse tanta graça de Deus para nos salvar, novamente Ele demonstra Sua graça no dia a dia. Deus não ama menos quem é mais imaturo ou é ‘fraco na fé’ (e nós não temos o direito de apontar quem são esses). Por isso, precisamos cuidar para não dar a entender que quem serve a Deus por motivações erradas não será aceito por Ele. Isso só traria mais desânimo e ansiedade à pessoa. Deus ama com a mesma intensidade quem O obedece cheio de temor, de ansiedade, mesmo com motivações legalistas. Ele ama quem faz o bem aos outros só porque depois poderá receber algo em troca. Ele ama quem O obedece por obrigação ou de maneira forçada. Ele ama até mesmo quem acha que sua obediência produzida pelo Espírito Santo pode acrescentar algo ao único, perfeito, completo e suficiente sacrifício de Cristo.

Esse é o infinito amor de Deus! Se não fosse assim, nenhum de nós seria amado por Ele, porque nenhum de nós é tudo o que deveria ser. […] A renovação é um processo contínuo, que vai durar até quando estivermos livres da natureza pecaminosa.” (Pr.Matheus Cardoso )

“Salvar a raça humana dos seus pecados  foi uma decisão isolada de Deus. Nossa única participação foi nossa imensa necessidade. Essa decisão tinha tanto poder para salvar como se Cristo já houvesse morrido. Por isso, a graça foi suficiente para impedir a imediata eliminação de Adão e Eva.

A Graça pode manter a vida e a capacidade de escolha, isto é, impediu que o pecado eliminasse plenamente a imagem moral de Deus na raça culpada. O pecado agrediu toda a Criação. Maculou em nós os traços lindos da Deidade, mas não foi capaz de apagar as digitais do Criador. Perceba que Deus não estava preocupado com o pecado, para o qual Ele tinha a solução, mas com os pecadores que precisavam escolher voltar para Ele, ou não. O Evangelho enfatiza a solução não o problema, pois este está resolvido, está pago! O que o Senhor deseja é que o ser humano seja sensível ao Seu toque no coração e que aceite Sua completa salvação.

O propósito da salvação é levar o cristão à semelhança com Deus; é restaurar em nós a Sua imagem moral. Nosso caráter se torna na semelhança do Seu. Isso acontece pela atuação do Espírito Santo na medida em que guardamos Seus mandamentos.

Não há incoerência entre Graça e Lei. A Lei é o reflexo do Seu caráter. A Graça é Seu favor em forma de pagamento dos pecados e poder para vivermos a Sua ética. O verdadeiro cristianismo encontra na obediência aos Mandamentos do Senhor a restauração ao propósito da Criação – sintonia com Ele. A Lei não é uma ladra da Graça. Jesus se coloca como exemplo de vida obediente, e diz que a permanência nEle tem relação direta com a guarda dos Seus mandamentos. Deus não está isolado dos Seus mandamentos, portanto, guardá-los por Sua Graça, é permanecer nEle.

Todo reino tem um Rei, que tem suas leis. Com nosso Deus é assim. Que prazer sintonizar a vida pelo Seu padrão moral! Nisso não há equívocos, só paz e permanência nEle. Tudo pela Graça, antes que alguém diga que Jesus foi legalista.” (Pr. Benedito Muniz)

Você pode conhecer mais do pensamento adventista sobre o evangelho da graça:

.Conversando sobre a salvação (Pr. Benedito Muniz):
.Conversando sobre o Perdão (Pr. Benedito Muniz):

Somente depois de ouvir esses pastores você terá uma visão, no mínimo mais justa, do que seja o pensamento adventista om relação a este tema. Reconheço, porém, que infelizmente há também alguns pastores e membros adventistas que por uma questão de leitura equivocada têm uma abordagem legalista, como nos dias de Jesus também havia. Acontece desta leitura afastar outras pessoas da verdadeira observância do mandamento? Acontece.

A obediência com relação ao sábado, baseada na crença de sua vigência como mandamento do Senhor, deve ser feita como um ato de liberdade, com alegria e motivada pelo amor a Deus, não como um fardo. 

Em Mateus temos a ratificação de que o ministério de Jesus foi além de sua Crucificação e ainda é nos dias atuais através do Espírito Santo, O Consolador.Jesus embora ressuscitado continuou por um tempo com seus discípulos, não somente para confortá-los, como também para continuar a ensiná-los. Não há coerência da sua afirmação com relação ao ensinamento da Bíblia quando você diz que “Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado […]”

Pensa um pouquinho comigo…

Se isto é verdade, não há mais nenhum problema ético em roubarmos ou matarmos o próximo, mentirmos, adulterarmos, cobiçarmos, desonrarmos a Deus e aos nossos pais. Foi isso que Jesus fez naquela cruz? Ele aboliu os princípios de Sua Lei?

Esse argumento é muito estranho para mim. Não faz o menor sentido! Não me diga, por favor, que tudo isto é para justificar o desejo humano de não ter mais obrigação moral diante de Deus de reconhecê-LO como o grande Criador! Afinal, esta é a grande verdade inserida neste mandamento.

Por que Jesus Cristo não citou o sábado como mandamento ao ser questionado por seus seguidores? Não seria redundância se Jesus falasse sobre a guarda do sábado aos Judeus se hoje, como também naquele tempo, o sábado já era sagrado para eles?

Quando Ele Se referiu ao sábado foi sempre para mostrar como guarda-lo de forma que agradasse a Deus. A compreensão equivocada tem levado muitos a crer que Jesus não observava o Sábado conforme o mandamento. Interessante… Este é um dos motivos pelo qual Jesus foi criticado pelos doutores e mestres, que O perseguiam a fim de encontrar algum erro em Suas ações: eles O acusavam de transgredir o sábado.

O que Jesus queria que eles compreendessem é que o sábado é um dia de adoração ao nosso Criador, mas é também um dia de trabalho! Não o trabalho secular, mas o trabalho de evangelização, de caridade, de auxílio, mostrar ao mundo o amor que Deus nos incumbiu de compartilhar.

Se dizemos que conhecemos a Deus e não fazemos a Sua vontade, verdadeiramente, não O amamos. Ao dizer que somos Cristãos, estamos dizemos que somos seguidores de Cristo, que andamos conforme seus ensinamentos. É nosso dever obedecer à lei de Deus. E isto sem torna-la manca!  A Bíblia diz em Eclesiastes 12:13 “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem.”

A Bíblia diz em Tiago 2:10-11 “Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Porque o mesmo que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei.”

Em 1 João 2:4-6 está escrito: “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.”

Você citou algumas referências bíblicas:

. Colossenses 2:14 2:14  “… e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz;”

Com relação a este verso já comentei alguma coisa aqui.

Sim, os judeus não reconheceram Jesus como o Messias. Isto é fato! Entretanto, o número dos judeus messiânicos está crescendo bastante.  Esta rejeição engendrou em muitos debates entre eles e Jesus.

Muitos atribuem os pactos e Aliança de Deus a um povo específico: os judeus. Acontece que a Bíblia conta que Deus é um Deus pessoal e que Sua história junto à humanidade começa, na verdade, com Adão. De Adão até a geração de Abraão muitos outros exemplos são dados na Bíblia de rejeição ou de aceitação dessa Aliança do Criador com Suas criaturas.

No mesmo livro de Gênesis cap. 12 encontramos mais uma vez Deus buscando o homem e com ele fazendo Aliança. Sua vontade sempre esteve acessível ao homem. Ela já era conhecida antes da sua promulgação por escrito no Monte Sinai.
Não podemos esquecer que a Bíblia é um livro contextualizado. Então, qual o contexto da entrega dessa Lei escrita, agora pelo próprio dedo de Deus?
Com a saída do Egito em sua peregrinação pelo deserto, o povo hebreu assumiu as características de um povo nômade. Habitavam em tendas, por isso, Deus orientou ao líder Moisés com leis de saúde. Afinal, bastaria uma doença para dizimá-los. Muitas dessas leis sanitárias ainda hoje são aplicadas.
Deus também orientou a Moisés com relação ao código civil e penal que a nova nação deveria ter. Isso incluiu leis sobre a escravidão, matrimônio, agricultura, etc. Era uma nação que estava nascendo no deserto. Quando os chamou para ser uma grande nação, Ele quis um povo diferente. Ele se propôs a formar uma geração forte e uma sociedade justa, que servisse de modelo para as outras nações. Deus estava estabelecendo uma nova relação não somente com o povo hebreu, mas com todos aqueles que quisessem retomar o culto ao único e verdadeiro Deus. O Deus Criador.

Então, no deserto Ele deu também a Moisés a Lei Moral, que Ele mesmo escreveu em tábuas de pedra. Essa Lei é superior às orientações dadas ao povo hebreu, sem querer negar sua universalidade, aquelas eram ordenanças para um contexto específico. A Lei Moral é diferente. Os Dez Mandamentos são princípios eternos e universais, isto é, devem ser transmitidos de geração a geração, pois é para toda a humanidade.

Como Jesus relacionava-Se com o sábado? O primeiro equivoco a corrigir é esclarecer que não há nenhuma incompatibilidade em fazer o bem e guardar o sábado. Por isso, não encontro dificuldades em compreender a atitude de Jesus ao permitir que os Seus discípulos colhessem espigas neste dia para saciar a fome. Ou mesmo decidisse operar curas físicas e espirituais naqueles que vinham à Sua procura. Afinal, está escrito em toda a Escritura que não devemos nos furtar de fazer o bem. (Provérbios 3: 27; Isaías 1:17; Mateus 12: 12; Marcos 3:4 )

Jesus não estava aqui desvalorizando a vida animal, mas usando o próprio argumento deles, haja vista que os judeus haviam elaborado uma lista de coisas lícitas a fazer no sábado. Entre estas coisas estava o socorrer um animal. Jesus desejava fazê-los refletir, pois sabia que em seus corações havia o desejo de matá-LO. Entendeu o trocadilho?

Você cita João 5:18: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” 

Leia com atenção, pois o texto não está dizendo que Jesus violava o sábado, mas que os fariseus enxergavam assim. Dá para dar crédito à visão de cegos espirituais? Não enxergavam o Messias, e, portanto, Ele estava diante deles. Julgavam-se juízes do bem, quando em seus corações só havia maldade e maus pensamentos! 

Isaías 53:1-3 já apontava profeticamente esta situação. Veja: “Quem creu no nosso relato? A quem o braço do Senhor  foi revelado? Pois, diante dele ele cresceu como um broto novo, como uma raiz retirada de uma terra seca. Ele não estava bem formado nem era especialmente bonito;”

O profeta não se refere à aparência pessoal de Cristo como homem, mas apenas ao fato de que Ele não era o tipo do Messias em quem os judeus estavam interessados (Lucas 4:29 e 2: 52)

Leia Mateus 12:9-13. Este episódio traz à tona algo surpreendente. Os fariseus, líderes religiosos judeus, indignaram-se por Jesus curar aos sábados e, portanto, cometiam um verdadeiro pecado: desejavam matá-lo.

Se você pensa em usar este verso bíblico para argumentar que Jesus “violava” o sábado, desculpe-me, mas há um sério problema de interpretação aqui. Não é esse o sentido do texto. Ao contrário, o problema não estava em Jesus e o sábado, mas na mente desprovida de discernimento espiritual daqueles líderes religiosos. Convenhamos, há uma distância quilométrica entre colher para saciar a fome e colher para negociar. Espero que você concorde com isto. Quanto aos sacerdotes eles ficavam sem culpa simplesmente porque não havia violação do sábado. Qual era mesmo a natureza do trabalho dos sacerdotes? Pela resposta correta que você der, discernirá a lógica do que significa guardar o sábado.

Mateus 5: 17-20 diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”  Jesus não está falando das leis cerimoniais, mas dos preceitos dos dez mandamentos. Agia para reeducar espiritualmente um povo que havia pervertido o sentido espiritual do sábado. É neste contexto que tem que ser entendida a Nova Aliança. Afinal, são de Jesus mesmo essas palavras.

Jesus ensinou enquanto esteve na terra a guardar o sábado do modo correto e não da maneira fanática e extremista dos fariseus. Ele deu um novo contexto à lei, que os escribas e fariseus o faziam por mero legalismo. Jesus não disse que não se devia mais guardar esse dia como santo, mas sim que, com Sua vinda e com a Graça, dar-se-ia um novo contexto do que estavam fazendo na sua época os religiosos por serem muito legalistas.

Jesus disse ser Senhor do sábado, sendo este, portanto o dia do Senhor. Assim sendo, não posso concordar quando você afirma que “Jesus Cristo foi a última pessoa que teve obrigação de guardar a Lei e o Sábado (Gálatas 4:4-5; Romanos 10:4).”

Na verdade, o que Jesus fez com o quarto mandamento, como com os demais foi dar um novo enfoque, o da espiritualidade. A graça exige de nós o amor. Guardamos os mandamentos porque o amor de Cristo nos constrange a isto, não por causa da salvação ou por troca. Este é o verdadeiro significado da Nova Aliança.

Muitos cristãos que não aceitam a vigência do quarto mandamento argumentam que o Novo Testamento traz uma aliança nova e que nesta aliança está abolida a ordenança da observação do sábado como dia separado por Deus para uma adoração especial. Isto é no mínimo espantoso, pois no Novo Testamento não há uma só referência que possa ser fundamento a tal argumento.

Agora me responda: por que estaríamos livres para não mais reconhecer a Deus como o nosso Criador e não mais prestar-Lhe culto no dia em que Ele determinou como sagrado para isto? Por que, segundo seu entendimento, o sábado não é mais vigente? Quais as provas bíblicas para sua postura?

Não tenho dúvidas. Este dia para mim é um dia de bênçãos, de liberdade. Não representa nenhum fardo. Não adoro um dia, mas o Senhor desse dia. E não se trata de dizer tanto faz sábado ou domingo. Temos a história de Caim que ofereceu um sacrifício diferente do que solicitou o SENHOR. Sabemos no que resultou para Caim servir a Deus do seu jeito e não na forma que o SENHOR disse.

Ruth Alencar 

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