Nisto Cremos – Doutrina da Salvação: 11 Crescimento em Cristo

Com sua morte na cruz, Jesus triunfou sobre as forças do mal. Aquele que durante seu ministério terrestre subjugou os espíritos demoníacos quebrou o poder do maligno e confirmou sua condenação final. A vitória de Jesus nos dá a vitória sobre as forças do mal que ainda procuram nos controlar ao andarmos com Ele em paz, alegria e com a certeza do seu amor. Agora, o Espírito Santo habita em nós e reveste-nos de poder. Estando continuamente comprometidos com Jesus como nosso Salvador e Senhor, somos libertados do fardo dos atos cometidos no passado. Não mais vivemos nas trevas, com medo dos poderes do mal, na ignorância e na vida sem sentido de outrora. Nesta nova liberdade em Jesus, somos chamados a crescer na semelhança do seu caráter, comungando com Ele diariamente em oração, alimentando-nos de sua Palavra, meditando nela e na sua providência, cantando seus louvores, nos reunindo nos cultos e participando da missão da  igreja. Também somos chamados a seguir o exemplo de Cristo pelo ministério compassivo às necessidades físicas, mentais, sociais, emocionais e espirituais da humanidade. Ao entregar-nos para o amoroso serviço em prol dos que estão em torno de nós e ao testemunharmos de sua salvação, sua constante presença conosco por meio do Espírito transforma cada momento e cada tarefa em uma experiência espiritual.

O nascimento é um momento de alegria. Uma semente germina, e o aparecimento daquelas duas primeiras folhas deixa o jardineiro feliz. Um bebê nasce, e seu primeiro choro anuncia ao mundo que ali está uma nova vida que deve ser levada em consideração. A mãe esquece todas as suas dores e se une ao resto da família com alegria e celebração. Uma nação nasce para ser livre, e uma multidão invade as ruas e inunda as praças da cidade ostentando os símbolos de sua alegria recém encontrada. Mas imagine: Aquelas duas folhas não se tornam quatro, mas permanecem as mesmas, ou desaparecem; um ano depois, o pequeno bebê não sorri, nem dá seus primeiros passos, mas continua imóvel, na mesma simplicidade com que entrou no mundo; a nação recém libertada em pouco tempo tem uma reviravolta e se transforma em uma prisão onde há medo, tortura e cativeiro.

A alegria do jardineiro, o êxtase da mãe e a promessa de um futuro repleto de liberdade se tornam decepção, mágoa, dor e lamentação. O crescimento – contínuo, constante, que amadurece e produz frutos – é essencial para a vida. Sem ele, o nascimento não tem significado, nem propósito, nem destino.

Crescer é uma equação inseparável da vida física e espiritual. O crescimento físico exige cuidado, ambiente, alimento, exercício e treinamento adequados, como também uma vida que tenha um propósito. Como crescemos em Cristo e amadurecemos como cristãos? Quais são os marcos do crescimento espiritual?

Vida começa com morte

Talvez o princípio mais básico e singular no que diz respeito à vida cristã seja que a vida começa com a morte – na verdade, com dois eventos envolvendo morte. Primeiro, a morte de Cristo na cruz possibilita a nossa nova vida – livres do domínio de Satanás (Colossenses 1:13, 14), livres da condenação do pecado (Romanos 8:1), livres da morte, o salário do pecado (Romanos 6:23) – e traz reconciliação entre Deus e os homens. Segundo, a morte do eu permite que nos apossemos da vida que Cristo oferece. Terceiro, como resultado, andamos em novidade de vida.

A morte de Cristo. A cruz está no centro do plano de Deus para a salvação. Sem ela, Satanás e suas forças demoníacas não seriam derrotados, nem o problema do pecado teria sido resolvido, tampouco a morte seria esmagada. O apóstolo nos diz: “O sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado” (1João 1:7). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira,” diz a passagem bíblica. Se o amor de Deus concebeu e originou o plano da salvação, a execução do plano está explicada na segunda parte da passagem: “que deu o seu Filho unigênito.” A singularidade do dom de Deus não está no fato de que Ele deu o seu Filho, mas que Ele o deu para que morresse por nossos pecados. Sem a cruz, não poderia haver perdão dos pecados, nem avida eterna, nem a vitória sobre Satanás.

Por sua morte na cruz, Cristo triunfou sobre Satanás. Desde a intensa tentação no deserto até a agonia do Getsêmani, Satanás, sem nenhuma misericórdia, liderou o ataque contra o Filho de Deus – para debilitar sua vontade, para fazê-lo tropeçar, para levá-lo a duvidar do Pai e pressioná-lo a não tomar o amargo cálice do pecado da humanidade em vicário sacrifício. A cruz foi o sacrifício supremo. Lá, “Satanás com seus anjos, em forma humana, achava-se presente”,1para levar a grande batalha contra Deus a término, esperando que Cristo, ali mesmo, descesse da cruz, fracassando em cumprir o propósito redentor de Deus, de oferecer seu Filho como sacrifício pelo pecado (João 3:16). Mas Cristo, ao dar sua vida na cruz, esmagou o poder de Satanás, “despojando os principados e as potestades”, e “publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:15). Na cruz, Cristo “ganhara a batalha. Sua destra e seu santo braço lhe alcançaram a vitória. Como vencedor, firmou sua bandeira nas alturas eternas. […] Todo o Céu triunfou na vitória do Salvador. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava perdido.”2

É notável a descrição detalhada do apóstolo em Colossenses. Primeiro, Cristo despojou os principados e as potestades do mal. A palavra grega para despojou significa literalmente “despiu”. Por causa da cruz, Satanás permanece despido de todo o seu poder demoníaco sobre o povo de Deus, se este depositar sua confiança naquele que conquistou a vitória lá na cruz. Segundo, a cruz tornou Satanás e seus seguidores um “espetáculo público” diante do universo. Aquele que um dia se gabara de que seria “semelhante ao

Altíssimo” (Isaías 14:14) veio a dar um espetáculo cósmico de vergonha e derrota. O mal não tem mais poder sobre os crentes, aqueles que passaram do reino das trevas para o reino da luz (Colossenses 1:13). Terceiro, a cruz garantiu a suprema e escatológica vitória sobre Satanás, o pecado e a morte.

Assim, a cruz de Cristo se tornou um instrumento da vitória de Deus sobre o mal:

. Um meio pelo qual o perdão dos pecados se faz possível (Colossenses 2:13).

. Uma exibição cósmica de reconciliação universal (2 Coríntios 5:19).

. Uma certeza das possibilidades presentes de uma vida vitoriosa e de crescimento em Cristo, por meio da qual o pecado não terá domínio sobre nossa mente e nosso corpo (Romanos 6:12), como de nossa condição de filhos e filhas de Deus (Romanos 8:14).

. Uma certeza escatológica de que este mundo de maldade, outrora domínio usurpado de Satanás, será purificado da presença e poder do pecado (Apocalipse 21:1).

A cada degrau dessa escada de redenção e vitória, vemos o cumprimento da profecia do próprio Cristo: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lucas 10:18).

O Cristo da cruz é a ação redentora de Deus para o problema do pecado. Para que não esquecêssemos desse fato, Jesus declarou que seu sangue devia ser “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28). Esse derramamento de sangue é crucial para a experiência e a apreciação da salvação. Para começar, ele tem a ver com o pecado. O pecado é real. O pecado tem alto custo. As garras do pecado são tão fortes e mortíferas que o perdão do pecado e a libertação do seu poder e culpa são impossíveis sem o “precioso sangue de Cristo” (1 Pedro 1:19). Essa verdade acerca do pecado precisa ser dita repetidas vezes, pois vivemos em um mundo que nega a realidade do pecado ou permanece indiferente a ele. Na cruz, porém, somos confrontados com a natureza diabólica do pecado, a qual somente pode ser purificada pelo sangue “derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mateus 26:29).

Nunca esqueçamos nem fiquemos indiferentes ao fato de que Jesus morreu por nossos pecados e que, sem a sua morte, não pode haver perdão. Foram nossos pecados que conduziram Jesus até a cruz. Como diz Paulo: “Porque Cristo, quando ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”; “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:6, 8). Ou, como declara Ellen White, “os pecados dos homens pesavam duramente sobre Cristo, e esmagavam-lhe a alma o sentimento da ira divina”.3É impossível não afirmar e proclamar a natureza definitiva (Romanos 6:10; Hebreus 7:27; 10:10) da morte sacrifical e substitutiva de Jesus.

Não somos salvos pelo Cristo bom homem, nem pelo Cristo homem-Deus, nem pelo Cristo grande Mestre e nem pelo Cristo impecável exemplo. Somos salvos pelo Cristo da cruz: “Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. ‘Pelas suas pisaduras fomos sarados’.”4

O sangue de Jesus, portanto, garante o perdão dos pecados e lança a semente para um crescimento renovado. Um dos primeiros aspectos dessa renovação e crescimento na vida cristã é a reconciliação. A cruz é o instrumento de Deus para efetivar a reconciliação do homem com Ele. “Deus estava em Cristo”, declara o apóstolo Paulo, “reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19). Por causa do que Ele fez na cruz, podemos nos apresentar diante de Deus sem pecado e sem medo. Aquilo que nos afastou de Deus já foi resolvido. “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Salmo 103:12). O Homem na cruz abriu um novo caminho que conduz à própria presença de Deus. “Está consumado”, Ele proclamou na cruz, e conclamou seus seguidores a entrar em perene companhia com Deus.

A reconciliação com Deus imediatamente abre a segunda fase do processo de crescimento redentor: a reconciliação com o nosso próximo. Uma das lindas cenas da cruz é a variedade das pessoas reunidas em torno dela. Nem todos eram admiradores de Jesus. Nem todos eram santos. Mas observe essas pessoas. Havia ali egípcios, que se orgulhavam de seu talento para os negócios; havia romanos, que se gabavam de sua civilização e cultura; havia gregos, que excediam no conhecimento; havia judeus, que se consideravam o povo escolhido de Deus; havia fariseus, que achavam ser os escolhidos entre os escolhidos; havia saduceus, que se consideravam doutrinalmente puros; havia escravos, que ansiavam ser livres; havia homens livres, que levavam uma vida de prazeres; havia homens, mulheres e crianças.

Mas a cruz não fez distinção entre essas pessoas. Ela julgou todos como pecadores; a todos, ela oferecia o divino caminho da reconciliação. Ao pé da cruz, o chão é plano. Todos estão juntos – nada mais divide a humanidade. Uma nova irmandade é apresentada. Começa um novo companheirismo. O leste funde-se com o oeste, o norte se aproxima do sul, mãos brancas apertam mãos negras, ricos transpõem barreiras para abraçar os pobres. A cruz conclama todos a vir à fonte do sangue – para experimentar a doçura da vida, para compartilhar a experiência da graça e para proclamar ao mundo o emergir de uma nova vida, uma nova família (Efésios 2:14-16). Portanto, a cruz foi o início da vitória sobre Satanás e o pecado e, consequentemente, trouxe vida nova em Cristo.

Morte do eu. Um segundo aspecto importante da novidade de vida e crescimento do cristão é a morte do velho eu. Você não pode ler o Novo Testamento sem encarar de perto este aspecto fundamental da vida nova do cristão. Leia Gálatas 2:19 e 20: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Ou leia Romanos 6:6 a 11: “Foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos. […] Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” Ou leia a enunciação de Jesus sobre o novo princípio de vida: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto” (João 12:24).

A vida cristã, portanto, não começa com o nascimento. Começa com a morte. Até que o eu morra, até que seja crucificado, não há começo algum. É preciso que haja uma cirurgia radical, deliberada e total do próprio eu. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17). “A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo.”5 O apóstolo enfatiza tanto a morte para o pecado quanto a ressurreição para uma nova vida por meio da experiência do batismo: “Porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6:3, 4). O batismo, portanto, abre simbolicamente a porta de uma vida nova e nos conclama para crescer em Cristo.

Algo acontece com alguém que aceita a Jesus como salvador e mestre. Simão, o hesitante, torna-se Pedro, o corajoso. Saulo, o perseguidor, torna-se Paulo, o proclamador. Tomé, o incrédulo, torna-se o missionário além-mar. A covardia dá lugar à coragem. A incredulidade dá lugar à tocha da fé. A inveja é tragada pelo amor. O interesse próprio se desfaz deixando aparecer a preocupação com o próximo. Não há lugar para o pecado no coração. O eu está crucificado. Por isso, Paulo escreveu: “Vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Colossenses 3:9, 10).

Jesus insistiu: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24; ver Lucas 9:23). Na vida cristã, a morte do eu não é uma opção, mas uma necessidade. A cruz com o seu chamado – tanto o imediato quanto o final – deve confrontar o discipulado cristão e exige uma resposta absoluta. O poderoso comentário de Dietrich Bonhoeffer merece ser citado: “Se o nosso cristianismo deixou de ser sério no que diz respeito ao discipulado, se diluímos o evangelho tornando-o um mero êxtase emocional sem  qualquer exigência custosa que não consegue mais distinguir entre a existência natural e a cristã, então consideraremos a cruz não mais que uma calamidade cotidiana ordinária, como uma das provações e tribulações da vida. […] Quando Cristo chama um homem, ele o desafia a vir e a morrer. […] É a mesma morte cada dia – a morte em Jesus Cristo, a morte do velho homem que atendeu o Seu chamado.”6

Assim, o chamado para a vida cristã é o chamado para a cruz – continuamente negar ao eu o persistente desejo de ser o seu próprio salvador e aderir plenamente ao Homem da cruz, para que a nossa “fé não se [apoie] em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios 2:5).

Vivendo uma nova vida. Um terceiro aspecto do crescer em Cristo é viver a nova vida. Uma das maiores incompreensões sobre a vida cristã é que a salvação é uma dádiva gratuita da graça de Deus – e acabou-se a história. Não é assim. É verdade que, em Cristo, “temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1:7). Também é verdade que “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8, 9).

Sim, a graça é gratuita. Mas a graça custou a vida do Filho de Deus. Graça gratuita não significa graça barata. Para citar Bonhoeffer outra vez: “Graça barata é pregar sobre o perdão sem requerer arrependimento; sobre o batismo sem a disciplina da igreja; sobre a Santa Ceia sem a confissão; sobre absolvição sem a confissão pessoal. Graça barata é graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem o Jesus Cristo vivo e encarnado.”7 Graça barata não tem nada a ver com o chamado de Jesus. Quando Jesus chama alguém, Ele oferece uma cruz para ser carregada. Ser um discípulo é ser um seguidor, e ser um seguidor de Jesus não é algo fácil. Paulo escreve

aos Coríntios reforçando as obrigações da graça. Primeiro, ele fala de sua própria experiência: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15:10). Paulo, portanto, reconhece a supremacia da graça de Deus em sua vida. E, imediatamente, ele acrescenta que essa graça não lhe foi dada em vão. O termo grego eis kenon significa literalmente “pelo vazio”. Isso equivale a dizer que Paulo não recebeu a graça para viver uma vida vã e vazia, mas uma vida plena dos frutos do Espírito. Entretanto, nem isso podia ser feito por sua própria força, mas pelo poder da graça. Semelhantemente, ele roga aos crentes que “não recebais em vão a graça de Deus” (2 Coríntios 6:1).

A graça de Deus não veio nos redimir de um tipo de vazio para nos colocar em um outro tipo de vazio. A graça de Deus é sua atividade de nos reconciliar consigo mesmo, fazer-nos parte da família de Deus. Ao entrarmos na família, vivemos na família, produzindo os frutos do amor de Deus pelo poder de sua maravilhosa graça.

Crescer em Cristo, portanto, é um crescimento em maturidade de maneira que, dia a dia, refletimos a vontade de Cristo e trilhamos a vereda de Cristo. Daí vem a pergunta: quais são os marcos desta vida amadurecida e os sinais do seu constante crescimento? Sem esgotar, podemos refletir sobre sete desses marcos.

Marcos do crescimento em Cristo

1. Uma vida do Espírito.

Jesus disse a Nicodemos: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus” (João 3:5). Sem o poder regenerador do Espírito Santo, a vida cristã nem pode começar. Ele é o Espírito da verdade (João 14:17). Ele nos guia em toda a verdade (João 16:13) e nos faz entender a vontade de Deus revelada nas Escrituras. Ele nos convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7, 8), sem o que não podemos perceber as consequências presentes e eternas das nossas ações e da vida que

vivemos. É o poder transformador e a presença do Espírito em nossa vida que nos fazem filhos e filhas de Deus (Romanos 8:14). É por meio do Espírito que Cristo “habita em nós” (1 João 3:24). Com o Espírito habitando em nós, uma nova vida começa – nova por rejeitar a velha maneira de pensar, de agir e de se relacionar, a qual era contra a vontade de Deus; nova, também, por fazer de nós novas criaturas, reconciliadas e redimidas, livres do pecado para crescer em justiça (Romanos 8:1-16) e para refletir a imagem de Jesus “de glória em glória” (2 Coríntios 3:17, 18). “Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho algum pode discernir cria um novo ser à imagem de Deus.”8

O Espírito nos faz “herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com Ele seremos glorificados” (Romanos 8:17). A vida do Espírito, portanto, é um chamado para a ação espiritual: Rejeitem a velha situação de pecado e sejam participantes dos sofrimentos de Cristo na vida presente para que possam ser participantes com Ele na glória futura. A espiritualidade cristã não é, portanto, uma fuga para um mundo de fantasia e misticismo. É um chamado para sofrer, compartilhar, testemunhar, adorar e viver a vida de Cristo neste mundo, em nossas comunidades e nossos lares.

Isso é possível somente pela presença do Espírito em nós. A oração de Jesus é que, mesmo estando no mundo, não sejamos do mundo (João 17:15). Devemos viver no mundo, que é o nosso lugar de habitação, e essa é a arena da nossa missão. Mas não pertencemos ao mundo, pois nossa cidadania e esperança estão no mundo porvir (Filipenses 3:20).

Paulo descreve a vida plena de poder por meio do Espírito como uma vida que está crescendo e amadurecendo espiritualmente. Essa maturidade rejeitará as obras da carne – “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5:19-21) – e, abraçará e produzirá o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5:22, 23).

2. Uma vida de amor e unidade.

A vida cristã é, de um lado, uma vida de unidade, uma vida reconciliada com Deus e, de outro lado, uma vida reconciliada com o próximo. A reconciliação é a cura de uma ruptura nos relacionamentos, e a causa primária da existência dessa ruptura no relacionamento é o pecado. O pecado tem nos separado de Deus (Isaías 59:2) e dividido a humanidade em uma multidão de facções – raciais, étnicas, de gênero, de nacionalidade, cor, castas, etc. O evangelho de Jesus lida com esse problema do pecado e com todos os fatores separatistas com ele associados e cria uma nova ordem de unidade e reconciliação. Assim, Paulo podia dizer que Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo” (2 Coríntios 5:18). Dessa reconciliação nasce uma nova comunidade – uma comunidade redimida, marcada por uma unidade vertical com Deus e uma unidade horizontal com o próximo. Verdadeiramente, esta vida de amor e unidade é o âmago do evangelho. Não foi assim que Jesus disse, em sua oração sacerdotal: “A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em mim e Eu em ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu me enviaste” (João 17:20, 21)? A missão redentora inteira de Jesus e o poder do seu evangelho clamam por vindicação em amor e uma unidade que possam unir os membros de uma comunidade redimida. Não existe crescimento cristão sem um amor e uma união desse tipo. E onde prevalecerem esta unidade e este amor, todas as paredes de separação entre as pessoas ruirão. Barreiras de raça, origem nacional, gênero, casta, cor e outros fatores separadores são abolidos da vida da pessoa que experimentou a nova criação, uma nova humanidade (Efésios 2:11-16). Quando esta pessoa cresce e amadurece, a gloriosa verdade da reconciliação, do amor e da unidade passa a reluzir cada vez mais, tanto na expressão individual da vida cristã quanto na corporativa. O fator amor no crescimento cristão é único nos evangelhos. Jesus o chamou de novo mandamento (João 13:34), mas essa novidade não se refere ao amor, mas ao objeto do amor. As pessoas amam, mas amam o que é fácil de amar – amam a si mesmas. Mas Jesus introduziu um novo elemento: “Assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” Isso equivale a dizer que tão universal, tão sacrifical e tão completo como é o amor de Jesus, assim deveria ser o nosso amor. O novo amor não erige barreiras; ele é inclusivo; ele ama até mesmo o inimigo. Deste tipo de amor “dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).

O mandamento de amar nosso próximo não dá margem a modificações. Não selecionamos quem amamos; somos chamados para amar a todos. Sendo filhos de um só Pai, espera-se que amemos uns aos outros. Na parábola do Bom Samaritano, “Cristo mostrou que nosso próximo não quer dizer simplesmente alguém da nossa igreja ou da mesma fé. Não tem que ver com distinção de raça, cor ou classe. Nosso próximo é toda pessoa que se acha ferida e quebrantada pelo adversário. Nosso próximo é todo aquele que é propriedade de Deus.”9

O verdadeiro amor ao próximo penetra a cor da pele e confronta a humanidade da pessoa; ele se recusa a favorecer certas castas, mas contribui para o enriquecimento da alma; ele resgata do preconceito desumano a dignidade de uma pessoa; ele liberta o destino humano do holocausto filosófico do coisismo. Com efeito, o verdadeiro amor vê em cada rosto a imagem de Deus – potencial, latente ou real. Um cristão em crescimento, maduro, possui esse tipo de amor, o qual é verdadeiramente a base de toda unidade cristã.

3.Uma vida de estudo.

O alimento é essencial e básico para o crescimento. A função de qualquer organismo vivente requer uma nutrição adequada e constante. Assim é o crescimento espiritual. Mas onde encontramos nosso alimento espiritual? Primariamente em duas fontes: comunhão constante com Deus através do estudo da sua Palavra e pelo cultivo de uma vida de oração. Em nenhum outro lugar a importância da Palavra de Deus para a vida espiritual é ensinada de maneira tão clara como nas palavras do próprio Jesus: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4). Jesus dá um exemplo perfeito de como Ele usou a Palavra para enfrentar Satanás. “Jesus enfrentou Satanás com as palavras da Escritura. ‘Está escrito’, disse Ele. Em toda tentação, sua arma de guerra era a Palavra de Deus. Satanás exigia de Jesus um milagre como prova de sua divindade. Mas alguma coisa maior que todos os milagres – uma firme confiança no ‘assim diz o Senhor’, – era o irrefutável testemunho. Enquanto Cristo se mantivesse nessa atitude, nenhuma vantagem o tentador poderia obter.”10

Conosco também é assim. Diz o salmista: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119:11). Para isso, acrescente as palavras do apóstolo: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4:12). Quando o cristão usa esta espada cortante de dois gumes, a espada do Espírito, para se defender dos ataques de Satanás, ele está do lado vitorioso da batalha. O crente é investido de poder para penetrar e atravessar cada obstáculo ao crescimento espiritual, para discernir o certo do errado e assim poder fazer uma escolha consistente pelo que é certo, e para distinguir entre a voz de Deus e os sussurros do diabo. É isso que faz da Palavra uma ferramenta insubstituível para o crescimento espiritual.

“Toda Escritura”, escreveu Paulo, “é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16, 17). Você quer crescer no entendimento da verdade e da doutrina? Você quer saber como conservar sua vida na vereda que leva a Deus? Quer saber o que Deus reservou para você hoje, amanhã e depois de amanhã? Busque a Bíblia. Estude-a diariamente. Abra-a com oração. Não há melhor maneira de conhecer a vontade de Deus e de buscar seus caminhos.

4. Uma vida de oração. Deus nos fala por meio da sua Palavra. Conhecer sua vontade faz parte do crescimento espiritual – parte da comunhão com Ele. Outro aspecto dessa comunhão com Deus e do crescimento nele é a oração. Se a Palavra de Deus é o pão que alimenta nossa espiritualidade, a oração é a respiração que a mantém viva. Orar é falar com Deus, ouvir sua voz, render-se de joelhos e levantar-se revestido do poder que vem da força de Deus. Isso não exige nada de nós mesmos – exceto que neguemos o próprio eu, confiemos em sua força e esperemos nele. É dessa espera que flui o poder com o qual podemos encetar a jornada cristã e lutar na batalha espiritual. A oração do Getsêmani assegura a vitória da cruz. Paulo considera a oração algo tão importante na vida e no crescimento cristão que menciona seis princípios fundamentais: ore sempre; ore com súplica no Espírito; ore no espírito; ore vigiando; ore com perseverança; ore por todos os santos (Efésios 6:18). Assim como o fariseu, nós também somos muitas vezes tentados a orar apenas para que nos vejam, ou orar por nós mesmos, ou simplesmente como uma rotina. Mas a oração efetiva renega o próprio eu, é cheia do Espírito, é intercessória, suplica pelas necessidades dos outros, mesmo quando oramos pelo cumprimento da vontade de Deus na Terra, sendo suas fiéis testemunhas. A oração é uma comunhão contínua com Deus; é o oxigênio da alma. Sem ela, a alma atrofia e morre. “A oração”, diz Ellen White, “é um dos mais essenciais deveres. Sem ela [você] não pode manter-se no caminho cristão. Ela eleva, fortalece e enobrece. É a alma falando com Deus.”11

5. Uma vida que produz frutos.

“Pelos seus frutos”, Jesus disse, “os conhecereis” (Mateus 7:20). Produzir frutos é um importante aspecto do crescimento cristão. A salvação pela graça frequentemente é considerada uma negação da obediência e da produção de frutos. Nada pode estar mais distante da verdade bíblica. Sim, somos salvos gratuitamente pela fé no que a graça de Deus fez por meio de Cristo, e nada temos, em nós mesmos, do que nos gloriar (Efésios 2:7, 8; João 3:16). Mas não somos salvos para fazer o que quisermos; somos salvos para viver de acordo com a vontade de Deus. Não existe nada de legalista e, por conseguinte, desnecessário no que diz respeito à obediência da lei, mas ela é a consequência natural da libertação do pecado, o que é um dom gratuito de Deus. Portanto, “a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tiago 2:17).

Pense na certeza e na esperança de Jesus em João 14 e 15. A certeza é sua relação com o Pai; a esperança, a relação dos seus discípulos com Ele. No primeiro caso, Jesus afirma: “Tenho guardado os mandamentos do meu Pai e no seu amor permaneço” (João 15:10). A obediência de Jesus ao Pai não é uma conformidade legalista, mas uma consequência de permanecer no amor do Pai. A relação íntima entre o Pai e o Filho é baseada tão somente no amor, e foi este amor que levou o Filho a aceitar a vontade do Pai e a provar a amargura do Getsêmani e do Calvário.

Jesus usa a relação de amor entre o Pai e o Filho como uma ilustração do tipo de relacionamento que seus discípulos deveriam ter com Ele. Assim como o relacionamento de Jesus com o Pai precedia sua obediência ao Pai, assim deveria o relacionamento dos discípulos de Jesus preceder sua obediência a Ele. “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15). “Assim procedo para que o mundo saiba que Eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou” (v. 31).

Observe a esperança que Jesus tem quanto aos seus discípulos. Ele procedeu da maneira que o Pai ordenou para que o mundo conhecesse sua relação de amor com o Pai. A relação de amor precede o fazer a vontade do Pai. Ele ama seu Pai e, portanto, faz a vontade do Pai com disposição. Do mesmo modo, Jesus antecipa um alicerce de amor para seus próprios discípulos. “Permanecei em mim”, Ele diz, “e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim” (João 15:4). Produzir frutos, obedecer e viver de acordo com a vontade de Deus são, portanto, sinais essenciais do crescimento espiritual. A ausência de fruto indica a ausência da permanência em Cristo.

6. Uma vida de guerra espiritual.

O discipulado cristão não é uma jornada fácil. Estamos engajados em uma guerra real e perigosa. Diz Paulo: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:12, 13).

Nessa guerra, forças sobrenaturais estão alinhadas contra nós. Assim como os anjos do Senhor estão engajados no ministério de servir seus seguidores, livrando-os do mal e guiando-os no crescimento espiritual (Salmo 34:7; 91:11, 12; Atos 5:19, 20; Hebreus 1:14; 12:22), também os anjos caídos estão tramando levar-nos para muito longe das exigências do discipulado. A Bíblia afirma que Satanás e seus anjos estão irados contra os seguidores de Jesus (Apocalipse 12:17). O próprio diabo está ao redor “como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8, 9). O caminho para o crescimento espiritual está repleto das armadilhas do diabo, e é aqui que a nossa luta espiritual fica ainda mais renhida. É por isso que Paulo utiliza fortes palavras de ação: Fiquem firmes! Revistam-se da armadura! Sejam fortes! (Efésios 6:12, 13). “A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nessa guerra não há trégua; o esforço deve ser contínuo e perseverante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia e mantida com resoluta fixidez de propósito. […] Todos têm de se empenhar por si nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates.”12

Deus, todavia, não nos deixa sozinhos nessa guerra. Ele nos deu a vitória em e por meio de Jesus (1 Coríntios 15:57). Ele nos deu a já provada armadura com a qual enfrentar o inimigo. Paulo declara que esta armadura consiste do cinturão da verdade, do peitoral da justiça, dos sapatos do evangelho da paz, do escudo da verdade, do capacete da salvação, da espada do Espírito e do infalível poder da oração (Efésios 6:13-18). Protegidos por essa armadura e dependendo inteiramente do infalível poder do Espírito, não há como não crescer em valor espiritual e vencer a guerra em que estamos engajados.

7. Uma vida de adoração, testemunho e esperança.

O crescimento cristão não ocorre em um vácuo. Ele ocorre, de um lado, dentro da comunidade dos redimidos e, do outro lado, como uma testemunha diante da comunidade que precisa ser redimida. Observe a comunidade do apóstolo. Logo após a ascensão de Cristo, e acompanhada do poder do Espírito Santo, a igreja apostólica, de maneira individual e também corporativa, manifestou seu crescimento e maturidade na adoração, companheirismo, estudo e testemunho (Atos 2:42-47; 5:41, 42; 6:7). Sem a adoração corporativa, perdemos a identidade e a arena onde nos congregamos, e é nessa congregação e nesse relacionamento interpessoal com outros que amadurecemos e crescemos. Por isso, o conselho do apóstolo: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quando vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:24, 25).

Quanto mais crescemos na adoração, no estudo e no companheirismo, mais somos conclamados a servir e a testemunhar. O crescimento cristão exige crescimento em serviço (Mateus 20:25-28) e um crescimento que leva a testemunhar. “Assim como o Pai me enviou”, Jesus disse, “eu também vos envio” (João 20:21). A vida cristã nunca significou uma vida encerrada no círculo do próprio eu, mas uma vida sempre derramada em favor do serviço e no testemunho para os outros. A Grande Comissão de Mateus 28 dá ao cristão o encargo de ser suficientemente maduro para levar o evangelho do perdão todo o mundo, para que todos conheçam a graça redentora de Deus. O sinal da vida do Espírito e do crescimento cristão é uma vida de testemunho em constante expansão – Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra (Atos 1:8).

Vivemos, adoramos, congregamo-nos e testemunhamos no tempo – e, para o cristão, o tempo antecipa o futuro. “Prossigo”, diz Paulo, “para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3:12-14). Viva uma vida santificada, diz o mesmo apóstolo, para que “o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda do nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:23). Crescer em Cristo, portanto, é um crescimento em antecipação e esperança na consumação final da experiência redentora no reino porvir. “Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembleia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida.”13

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1 Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 746, 749.

2 Ibid., p. 758.

3 Ibid., p. 687.

4 Ibid., p. 25.

5 Ibid., p. 172.

6 Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (Nova York: Macmillan, 1959), p. 78, 79.

7 Ibid., p. 47.

8 White, O Desejado de Todas as Nações, p. 173.

9 Ibid., p. 503.

10 Ibid., p. 120.

11 White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 313.

12 White, A Ciência do Bom Viver, p. 453.

13 White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 491.

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