Por George Knight
Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos
“Abençoe os que te perseguem: abençoe, e não amaldiçoe.” Romanos 12:14.
Isso não é normal! Nosso primeiro pensamento é esperar que esses miseráveis recebam exatamente o que merecem. Então eles saberão que não devem nos maltratar novamente.
Mas quem disse que o cristianismo é normal? Paulo não! Jesus não! Ambos apresentam uma ética de amor altamente anormal. Jesus chega a vincular esse estado de anormalidade ao fato de ser semelhante a Deus.
Todos nós estamos familiarizados com a admoestação de Jesus em Mateus 5:48 de que os cristãos devem ser perfeitos, assim como seu Pai celestial é perfeito. A maioria de nós pega esse texto fora do contexto e fornece nossa própria definição de perfeição e nossa própria lista de coisas a fazer e a não fazer que achamos que deveriam nos ajudar a ser perfeitos.
Mas essa é uma maneira doentia de ler a Bíblia. A única maneira saudável é começar com uma passagem dentro do contexto. Para Mateus 5:48, comece com o versículo 43, “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.’ Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois se você ama aqueles que o amam, que recompensa você tem? Nem mesmo os coletores de impostos [pessoas más] fazem o mesmo?” (Mat. 5:43-46, RSV).
Você leu cuidadosamente o que Jesus disse? Ser como o Pai é abençoar e orar por aqueles que nos perseguem. Esse é o significado de “para que sejais filhos de vosso Pai” em Mateus 5: 45. A Bíblia define a perfeição de Mateus 5:48 não como algum tipo de vida sem pecado discriminada, mas como amar até mesmo nossos inimigos (cf. Lucas 6:36).
Enquanto estava pendurado na cruz, Jesus orou por aqueles que O mataram. Estêvão morreu orando por perdão por aqueles que o apedrejaram até a morte (Atos 7:60). Um deles era um homem chamado Saulo, que depois se tornou Paulo, o apóstolo dos gentios. Sem dúvida, a oração de Estevão foi uma das coisas que levou Paulo a Cristo. Como Agostinho observou: “A igreja deve a Paulo à oração de Estevão.”
Você tem orado por seus inimigos ultimamente? Se não, porque não? Este é o momento perfeito para fazer algo que não é normal. Agora podemos nos ajoelhar e pedir a Deus que abençoe aqueles que menos merecem.