Conversando um pouco mais sobre Daniel 8 – parte 2

Alguém já viu lavar sujeira com água suja? Ou saciar a sede com água amarga?

Esta queda d’água encontra-se nas Filipinas, em Alamada, Cotabato do Norte. São 60 metros de altura e 140 metros de largura. É impressionante, pois não há nenhum rio acima. A água simplesmente jorra das rochas.  Enquanto você reflete um pouco nas duas perguntinhas acima assista a este vídeo, por favor.
E aí? Que gostoso ver a paz do neném, não é? Que tranquilizador o toque do amor e da água! Penso que isto só ocorre porque de fato a água e o carinho penetraram, através dos seus sentidos, além da pele! 

Certa vez alguém me disse que “a água que afaga é a mesma que afoga”. E eu vibrei porque esta é uma grande verdade. Meu amigo disse, então: “minha intenção foi lhe desconcertar e você vibra?”

Eu lhe falei que Jesus é como esse tipo de água. Ele nos afaga com Suas palavras e nos ‘afoga’ com Sua proposta. Parece desconcertante isto? Deixe-me explicar: Algo morre em nós quando nos relacionamos com Cristo. Essa é a dimensão do perder a vida para ganha-la!

Quem é Jesus? Jesus é Aquele que utilizando o domínio da Química foi capaz de converter a água em vinho! Dominando a Biologia é Aquele que, ultrapassando qualquer entendimento, foi gerado com a concepção tão diferente da normal para nós. Com o perfeito domínio da Física é Aquele que quebrou a lei da gravidade ao ascender ao Céu confirmando Sua origem divina.

Na Filosofia, Religião e Sociologia é Aquele que é o Mestre dos mestres. Se o grande Aristóteles afirmou que o homem é um animal político (Zoôn politikón) por natureza, não sendo autossuficiente, mas necessitando do outro, Jesus quebrou todas as barreiras e inseriu no terreno da dignidade aqueles que a sociedade humana exclui. 

Ele ousou revelar a humanidade ser Ele o único caminho onde todas as grandes questões existenciais podem ser respondidas. Por ter consciência de quem Ele era disse de Si mesmo que ninguém vem ao Pai senão através dEle. Jesus é como aquela água que acalma o neném. Ele nos traz de volta às nossas origens, a qual não é outra senão a divina.

Chamamo-LO de Senhor, mas Ele não tem servos, nem jamais escravizou ninguém. Ao contrário, todos os que Lhe aceitam como Senhor tornam-se filhos Seus. Jesus é o maior doador de sangue do mundo. Na Sua ‘transfusão’, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por todas as pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros, e assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que o recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário FAZER nada, apenas crer e receber! Lembrando que esse ‘não fazer nada’ não é o mesmo que isentar-se de dar respostas éticas à proposta de Deus.

O bom médico é este que dá a sua vida pelos seus pacientes!  Ele fez isso por nós! Jesus é Aquele que ensinou, e que deixou claro, que a justiça social deve ser o resultado natural da presença e do conhecimento da Verdade. Mas, não a verdade relativa dos homens, mas a verdade de Deus! Se a conhecemos devemos compartilhar as preocupações de Deus e a sociedade inteira será beneficiada. Essa é a verdade que liberta. Essa é a liberdade consequente da morte de antigos e perniciosos conceitos que a humanidade insiste tanto em viver. 

Sim, a água que afaga é a mesma que afoga! Quem se tornou discípulo de Jesus compreende que fazer menos do que isso não é o mesmo que ser de fato um seguidor Seu. Afinal, foi Ele quem disse: “necessário vos é nascer de novo!”.

Jesus foi capaz de alimentar 5.000 pessoas com somente dois peixes e um pão. Ele é o médico dos médicos, com poder para curar todo tipo de enfermidades.  É
 o mais excelente conhecedor do corpo humano. Todas as células e tecidos, órgãos e sistemas foram arquitetados por Ele, e Ele entende e conhece a Sua criação melhor do que todos.

Na História, foi capaz de com Sua presença, dividi-la em dois períodos. Ele é o princípio e o fim.

Ele não tinha exército, mas as autoridades O temeram. Ele não ganhou batalhas militares… jamais usou armas e, no entanto, conquistou o mundo! E nele estabeleceu o Seu Reino, o qual, por enquanto, gozamos apenas de alguns vislumbres e ainda isto só foi possível por causa da Sua existência entre nós.

Ele não cometeu nenhum crime, a não ser assumir nossa dívida espiritual, e por isso aceitou ser crucificado. Que pena que muitos ainda teimem em rejeitar compreender Sua mensagem e proposta de vida! 

Jesus ressuscitou e neste momento cumpre a segunda parte de Sua missão: intercede por nós no grande julgamento que ocorre hoje no Céu. Jesus é maravilhoso por tudo o que Ele promove na vida do ser humano que decide entregar-Lhe os desejos e a vida em submissão. Ele representa a água que nutre por excelência, exatamente porque mata a sede da alma. É a água que purifica porque nos liberta de velhos e perniciosos estigmas. É verdade que aceitá-Lo como salvador não retira de nós a nossa natureza pecaminosa. É preciso um pouco mais de paciência… quando Ele vier outra vez isto será, então, uma realidade. 

Quem pode dizer de si mesmo ser água e rocha? Dois elementos tão diferentes em suas estruturas! Mais interessante ainda é saber que a água desgasta a rocha. Ou não seria melhor dizer que a água modela a rocha?

A essência do amor de Deus determina a justiça de Suas ações. Por isso, Ele não deixará esse mundo tornar-se um caos, Ele vai voltar nesta Terra outra vez não apenas para cumprir Sua palavra, mas porque aquela cruz de Cristo não foi o fim de todas as coisas, mas o início da grande obra redentora em prol da humanidade.

Muitos acontecimentos terão lugar ainda na história humana, as profecias bíblicas nos garantem e inevitavelmente teremos que vivê-las. Daniel 8 tem um vínculo muito forte com Daniel 9. 
“É de importância básica conservar em mente que os dois capítulos constituem uma unidade.”2

“Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.”
 (João 3:5)

“… aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.”
 (João 4:14)

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva.”
 (João 7:38)

“… não há rocha como a nosso Deus.” 
(1 Samuel 2:22)

“É meu Deus, a minha rocha, nele confiarei; é o meu escudo, e a força da minha salvação, o meu alto retiro, e o meu refúgio. O meu Salvador;” 
 (2 Samuel 22:3)

Deus é quem Ele É: amor. É a Sua essência que Lhe determina o caráter. Talvez, por isso Jesus tenha dito para alicerçarmos nossas esperanças sobre Ele que é a rocha. E que deveríamos participar de Sua natureza a fim de que não tivéssemos mais sede. A água que nos alimentará espiritualmente é a Água que sai da Rocha… aquela que flui do Seu interior.

Jesus é Aquele que nos sustenta, quando nada mais nos parece capaz! Água e Rocha: eis o alicerce da religião sustentada! Cristianismo verdadeiro é aquele que compreende que o Reino de Deus já está aqui na Terra, mas não é deste mundo.

“Quando o Senhor Jesus Cristo irrompeu pelas vilas da Galileia, eletrizou as pessoas com Sua dramática proclamação: ‘o tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo’. (Marcos 1:15)

Desejamos saber exatamente o que Jesus quis dizer com a expressão: ‘o tempo está cumprido’. O que desejou Paulo dizer ao expressar-se: ‘Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher’? (Gálatas 4:4)

E qual seria o pensamento de Paulo ao falar acerca da nova e eterna vida que Deus ‘prometeu antes dos tempos eternos, e em tempos devidos, manifestou a Sua Palavra’? ( Tito 1:2-3)

Jesus e Paulo estavam conscientes de que Deus estabelecera um tempo, uma ocasião, e sabiam que a mesma havia chegado. O anjo Gabriel havia anunciado esse marco do tempo por ocasião da extraordinariamente precisa predição que ele havia feito a Daniel, no encerramento do capítulo 9.

Mais de meio milênio antes, a ousada profecia de Gabriel havia antecipado o próprio ano no qual Jesus seria batizado e também a ocasião em que Ele seria crucificado! Muito mais que isso, porém, a profecia dissera por que Jesus viria. Ele viria a fim de obter sucesso no concerto com muitos de Seu povo. Ele morreria a fim de colocar um ponto final ao pecado, trazendo sempiterna justiça. Até mesmo a Sua ressurreição achava-se implicada na profecia, uma vez que depois de determinar o fim do pecado Ele haveria de ‘ungir o Santo dos santos’.”3

Uma coisa precisamos reter em nossas mentes: As profecias de Daniel só encontram sentido se intencionalmente focarmos na obra redentora de Cristo: Sua cruz, Ressurreição e 2ª Vinda.

Continuaremos…
______
1- Aristóteles afirma: “As primeiras uniões entre pessoas, oriundas de uma necessidade natural, são aquelas entre seres incapazes de existir um sem o outro, ou seja, a união da mulher e do homem para perpetuação da espécie (isto não é resultado de uma escolha, mas nas criaturas humanas, tal como no outros animais e nas plantas, há um impulso natural no sentido de querer deixar depois de individuo um outro ser da mesma espécie).” (Política, I, 1252a e 1252b, 13-4)
2. C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era segundo as Profecias de Daniel, pág, 209, CPB.
3. C. Mervyn Maxwell, Uma Nova Era segundo as Profecias de Daniel, pág, 208-209, CPB.
 Ruth Alencar 


– Conversando sobre o Livro de Daniel
– por Ellen White , Profetas e Reis, Capítulo 35

– por Pr. Isaque Resende

– por pr. Ezequiel Gomes

– por Ruth Alencar com texto base de Luiz Gustavo Assis e vídeos da Tv Novo Tempo

– por Ruth Alencar com comentários de Flávio Josefo e Edward J. Young

 – por Ruth Alencar
– por Ruth Alencar com comentários de Flávio Josefo
– por Ruth Alencar
– por Ruth Alencar com comentário de Siegfried J. Schwantes

Uma Introdução ao Livro de Daniel (parte 1) (com comentário de Siegfried J. Schwantes)


. capítulo 1


. capítulo 2
. Revelação e explicação do sonho de Nabucodonosor (com Comentário de Siegfried J. Schwantes) 

. O Reino da Pedra

. capítulo 3
– por Ruth Alencar com comentário de Siegfried J. Schwantes
– comentários de C. Mervyn Maxwell e Ellen White 

. capítulo 4
– comentário de Siegfried J. Schwantes
– por Ruth Alencar com comentários de C. Mervyn Maxwel, Urias Smith e Dr. Cesar Vasconcellos de Souza

. capítulo 5

– por Ruth Alencar com comentários de Siegfried J. Schwantes e C. Mervyn Maxwel


. capítulo 6
– comentários de Siegfried J. Schwantes e C. Mervyn Maxwel


. capítulo 7

– comentários de Siegfried J. Schwantes e C. Mervyn Maxwel.
– por Ruth Alencar 
– por Ruth Alencar com comentários de Siegfried J. Schwantes 
– com comentários de Siegfried J. Schwantes e  José Carlos Ramos 
– por Ruth Alencar
– com comentários de Siegfried J. Schwantes e  José Carlos Ramos 
– por Ruth Alencar
– com comentários de Siegfried J. Schwantes e  José Carlos Ramos 
– por Ruth Alencar
 Continuando nossos estudos sobre Daniel 7  
 – por Ruth Alencar

Capítulo 8
– com comentários de Siegfried J. Schwantes e  C. Mervyn Maxwel
. capítulo 9
– com comentários de Siegfried J. Schwantes
– por Matheus Cardoso

. capítulo 10
. Daniel 10: O Conflito nos Bastidores

– Comentário de Siegfried J. Schwantes
. capítulo 11
– Comentário de Siegfried J. Schwantes
. capítulo 12
Daniel 12 : O Tempo do Fim – Parte 1– Por Siegfried J. Schwantes
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