Jesus e as Escrituras – Comentário Wilson Paroschi

Fonte: https://www.instagram.com/wparoschi/

No deserto, Jesus venceu a tentação por meio do “Está escrito!” (Mateus 4:4, 7, 10). No sermão inaugural em Nazaré, Ele usou Isaías para apresentar Suas credenciais messiânicas (Lucas 4:17-21). No Sermão do Monte, deixou claro que viera não para anular a Lei e os Profetas, mas para obedecer-lhes (Mateus 5:17); segundo Ele, enquanto durassem os céus e a terra, as Escrituras permaneceriam (v. 18). Ao saber da prisão de João Batista, Jesus novamente utilizou Isaías (Mateus 11:10), além de Malaquias (v. 14), para exaltar o ministério de Seu precursor.

Nas disputas com os escribas e fariseus, Ele os repreendia por violarem os mandamentos de Deus (Marcos 7:6-8), reafirmava o conteúdo das Escrituras (Mateus 19:3-9) e por meio delas justificava Suas ações (Mateus 21:12-16, 42; Marcos 2:24-28). Quando testado por um mestre da lei, Jesus mais uma vez recorreu às Escrituras (Lucas 10:26), deixando claro que o que “está escrito” continuava válido (v. 28). O mesmo acontecia nos debates com os saduceus (Mateus 22:23-32).

Jesus sempre defendeu os mandamentos de Deus (Mateus 19:16-22) e esclareceu, recorrendo a Moisés, que o princípio da obediência é o amor (22:34-40). Ao aproximar-Se de Jerusalém, onde em breve seria crucificado, disse que as profecias messiânicas referentes à Sua morte seriam todas cumpridas (Lucas 18:31).

Na última semana antes da cruz, Ele continuava apelando às Escrituras para legitimar Suas ações (Mateus 21:13). Na última ceia com os discípulos, voltou a reconhecer a autoridade das Escrituras ao Se submeter ao Seu destino profético (Mateus 26:24). Pouco antes de deixarem o cenáculo, citou o profeta Zacarias para explicar o que os aguardava (v. 31).

Na cruz, usou os Salmos para expressar o temor da eterna separação do Pai (Mateus 27:46). Após a ressurreição, repreendeu os discípulos por não crerem “em tudo” o que estava escrito a Seu respeito na Lei e nos Profetas (Lucas 24:25-27). E pouco antes de ascender aos céus, uma vez mais ressaltou a importância das profecias (vv. 44-47), dizendo que elas deveriam ser a base da pregação e do testemunho apostólico (v. 48). Não há o menor indício de que Jesus ficasse apontando possíveis inconsistências nas Escrituras ou tentasse diminuir a importância ou autoridade delas.

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