Um Olhar Mais Atento Sobre o Estado

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Pois os governantes não detêm terror para aqueles que fazem o certo, mas para aqueles que fazem o errado. Você quer se livrar do medo de quem está em posição de autoridade? Então faça o que é certo e ele o elogiará.” Romanos 13:3, NIV.

Isso é verdade? Aqueles que fazem o bem nunca devem temer as autoridades civis? O governo sempre os elogia?

E quanto a Sadraque, Mesaque e Abednego, lá em Daniel 3? Eles fizeram a coisa certa ao se recusar a se curvar diante da estátua de ouro do Rei Nabucodonosor. E o que o rei fez? Você os elogiou? Não, ele os jogou na fornalha ardente. Como pode Paulo dizer que “os magistrados não existem para assustar quem faz o bem”?

E o que dizer dos primeiros mártires cristãos, que perderam suas vidas sob os imperadores romanos Decio e Diocleciano? Os imperadores ordenaram aos cidadãos romanos que os adorassem, sob pena de morte. Tudo o que um cristão tinha que fazer era curvar-se à imagem do imperador e amaldiçoar a Cristo. Essas foram as ordens diretas do governo romano. Afinal, patriotismo e religião não eram a mesma coisa? Os césares passaram a acreditar que a obediência da população ao governo era a base da saúde do estado. Essa teoria é tão ruim? Que governo pode durar se os cidadãos não forem patrióticos?

Duas coisas precisam ser ditas sobre o versículo de hoje. A primeira é que Paulo não está tentando cobrir todas as situações do governo. Afinal, os governos judeu e romano não perseguiram o próprio Paulo por causa de sua fé? E ele próprio não tinha sido um agente das autoridades judaicas para matar cristãos antes de sua conversão?

Em vez de tentar cobrir todas as situações possíveis, o apóstolo apresenta o caso de uma situação ideal, em que uma autoridade legítima faz uma demanda legítima de seus cidadãos. Em tempos normais, o apóstolo está correto. O governo recompensa quem faz o bem e pune quem faz o mal. É por isso que o apóstolo aconselha os cristãos em sua carta que eles devem obedecer ao governo em suas demandas legítimas.

Isso nos leva a um segundo ponto. O que é legítimo? Quem define o que é bom ou ruim? Quem decide o que é digno de elogio e quais ações devem ser punidas? Paulo está dizendo que o estado tem autoridade total?

Não, em absoluto! O que isso faz é nos lembrar que todo cristão tem uma responsabilidade bem definida para com o governo sob o qual vive. Para o cristão, a obediência ao estado não é opcional. Conforme expresso por T. W. Manson, “É ruim resistir à autoridade legítima exercida legitimamente.”

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