Capítulo 2— Lidando com a ansiedade

Conselhos de Ellen White escolhidos e compilados

Compromete as forças vitais

Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. … O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. — A Ciência do Bom Viver, 241.

Prejudica a circulação

A tristeza afeta a circulação nos vasos sanguíneos e nos nervos, e também retarda a ação do fígado. Obstrui o processo da digestão e da nutrição, e tem a tendência de ressecar a medula [substância interior] de todo o organismo. — Carta 1, 1883.

Não pode remediar mal algum

Embora preocupação e ansiedade não possam remediar um simples mal, podem produzir grande dano; por outro lado, alegria e esperança, ao mesmo tempo que iluminam o caminho de outros, “são vida para os que as acham e saúde para o seu corpo”. Provérbios 4:22. — O Lar Adventista, 431.

Providencias para qualquer situação

Não devemos permitir que o futuro, os difíceis problemas, as perspectivas insatisfeitas, façam nosso coração desfalecer, tremer-nos os joelhos, pender-nos as mãos. “Que se apodere da Minha força”, diz o Poderoso, “e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Isaías 27:5. Os que submetem a vida a Sua direção e ao Seu serviço jamais se verão colocados numa posição para a qual Ele não haja tomado providências. Seja qual for nossa situação, se somos cumpridores de Sua Palavra, temos um Guia a nos dirigir o caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro Conselheiro; seja qual for nossa tristeza, perda ou solidão, possuímos um Amigo cheio de compassivo interesse. — A Ciência do Bom Viver, 248 e 249.

Duplicando os fardos da vida

Achamo-nos num mundo de sofrimento. Dificuldades, provações e dores nos aguardam em todo o percurso para o lar celestial. Muitos existem, porém, que tornam duplamente pesados os fardos da vida por estarem continuamente antecipando aflições. Se têm de enfrentar adversidade ou decepção, pensam que tudo se encaminha para a ruína, que a sua situação é a mais dura de todas, e que vão por certo cair em necessidade. Trazem assim sobre si o infortúnio e lançam sombras sobre todos os que os rodeiam. A própria vida se lhes torna um fardo.

Entretanto, não precisa ser assim. Custará um decidido esforço mudar a corrente de seus pensamentos. Mas essa mudança pode acontecer. Sua felicidade, tanto nesta vida como na futura, depende de que fixem a mente em coisas animadoras. Desviem-se eles do sombrio quadro, que é imaginário, voltando-se para os benefícios que Deus lhes tem espargido na estrada, e para além destes, aos invisíveis e eternos. — A Ciência do Bom Viver, 247 e 248.

Esmagados pelo desânimo

Não é sábio ajuntar todas as tristes recordações da vida passada — injustiças e decepções — e falar tanto sobre elas e tanto lamentá-las que nos sintamos esmagados pelo desanimo. Uma pessoa desalentada acha-se rodeada de trevas, excluindo a luz de Deus de si própria e lançando sombras sobre o caminho dos outros. — Caminho a Cristo, 117.

Falar mais de bençãos

E grande para conosco a bondosa misericórdia do Senhor. Ele jamais deixara nem desamparara os que nEle confiam. Se pensássemos e falássemos menos em nossas provas, e mais na misericórdia e bondade de Deus, sentir-nos-íamos erguidos acima de boa parte de nossas sombras e perplexidades. Irmãos e irmãs, se nos parece que estamos entrando num caminho escuro, e como os cativos de Babilônia pensamos em dependurar as harpas nos salgueiros, tentemos cantar hinos alegres.

Dirão alguns: Como podemos cantar, tendo diante de nós esta perspectiva sombria, com este fardo de tristezas e aflições pesando sobre nosso coração? Mas, porventura as tristezas terrestres nos privaram do todo-poderoso Amigo que temos em Jesus? Não deveria o maravilhoso amor de Deus no dom de Seu querido Filho ser motivo de constante regozijo? Quando apresentamos nossas petições ao trono da graça, não nos esqueçamos de incluir também cânticos de ações de graças. “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificara.” Salmo 50:23. Enquanto viver nosso Salvador, teremos motivo para incessante gratidão e louvor. — Mensagens Escolhidas 2:268 e 269.

Ansiedade incontrolável (conselho a uma família enlutada) Como Jó, vocês julgaram que tinham razão para a ansiedade, e não aceitavam ser confortados. Era razoável isso? Vocês sabem que a morte é um poder ao qual ninguém pode resistir, e ainda assim tornaram sua vida quase inútil por causa de uma inútil tristeza.

Seus sentimentos têm sido pouco menos que rebelião contra Deus. Vi todos vocês entregarem-se ao luto, cedendo aos seus agitados sentimentos, até que suas ruidosas demonstrações de tristeza levaram os anjos a esconder a face e afastar-se do cenário.

Enquanto assim davam expressão a seus sentimentos, lembraram-se, por acaso, de que tem no Céu um Pai que deu Seu Filho unigênito para morrer por nós, a fim de que a morte não fosse um sono eterno? Lembraram-se de que o Senhor da vida e gloria passou pelo tumulo e o iluminou com Sua própria presença? Disse o discípulo amado: “Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.” Apocalipse 14:13. Bem sabia o apóstolo acerca do que estava falando, ao escrever essas palavras; mas, quando cedem a uma incontida tristeza, porventura sua conduta é coerente com o conforto que elas expressam? —Testemunhos para a Igreja 5:313.

O egoísmo da dor aprisionada

Ora, irmão ______, conservar a mente ocupada em si mesmo é uma espécie de egoísmo. É bem diferente do apóstolo Paulo, que era homem de enfermidades, contudo sua pessoa era o último assunto de seus pensamentos. Ele passou por provas que você nunca sofreu, jamais será chamado a suportar, contudo lhe volve as costas; não se demora a falar nelas, mas antes exalta a graça de Deus.

Sua esposa foi objeto de enfermidade e morte. E você demonstrou tristeza da mesma forma que nos outros contratempos. Retendo no peito a dor, parecia ter prazer em demorar-se nela, e permitir que a mente e os pensamentos se ocupassem de forma egoísta com sua mágoa, e em consequência sua saúde sofreu. Então o falecimento de sua filha foi de fato um duro golpe, mas outros passaram por isso, sob circunstâncias até mais difíceis. E você permitiu que essa aflição o aniquilasse. Demorando-se nela, falando sobre ela, você sobrecarregou a mente com um assunto que não lhe era possível mudar ou ajudar. Foi um pecado agarrar-se a essas aflições, como você fez.

Sei do que estou falando. Se permitir que a mente seja obscurecida pela dor, o alimento não será digerido, e em resultado o organismo não será bem nutrido. — Carta 1, 1883.

Ansiedade acumula sangue no cérebro

Enquanto assim ocupada em falar e escrever, recebi de Battle Creek cartas de caráter desanimador. Ao lê-las senti uma inexprimível depressão de espírito, chegando a uma agonia mental, que por breve período como que paralisou minhas energias vitais. Por três noites não dormi quase nada. Meus pensamentos estavam perturbados, perplexos.

Ocultei o mais que pude os meus sentimentos, de meu esposo e da família envolvida, com a qual nos achávamos. Ninguém sabia de minha labuta ou fardo mental, ao unir-me com a família no culto matinal e vespertino, procurando depor meu fardo sobre o grande Portador de Fardos. Mas minhas petições provinham de um coração tomado de angústia, e minhas orações eram interrompidas e desconexas por motivo da incontrolável ansiedade. O sangue precipitou-se me para o cérebro, levando-me frequentemente a cambalear e quase cair. Tive hemorragia nasal muitas vezes, especialmente depois de fazer um esforço para escrever. Fui obrigada a pôr de lado minha escrita, mas não podia livrar-me da ansiedade e da responsabilidade que pesavam sobre mim. — Testemunhos para a Igreja 1:576 e 577.

Que fazer com a tristeza

Você está muito triste hoje? Fixe os olhos no Sol da justiça [Jesus]. Não procure corrigir todas as dificuldades, apenas volte a face para a luz [Jesus], para o trono de Deus. O que verá ali? O arco-íris do concerto, a viva promessa de Deus. Embaixo está o propiciatório, e todo aquele que se prevalecer das provisões de misericórdia que foram feitas e se apropriar dos méritos da vida e morte de Cristo tem no arco-íris do concerto uma bendita certeza de aceitação do Pai, por todo o tempo em que durar o trono de Deus.

E de fé que você necessita. Não deixe vacilar a fé. Enfrente o bom combate da fé e tome posse da vida eterna. Será uma luta severa, mas vá até o fim, pois as promessas de Deus são certas e definitivas, em Cristo Jesus. Coloque a mão na mão de Cristo. Há dificuldades a serem vencidas, mas anjos magníficos em poder cooperarão com o povo de Deus. Olhe para Sião, apresse os passos para a cidade das comemorações. Uma coroa gloriosa e vestes tecidas no tear do Céu aguardam o vencedor. Embora satanás lance sua infernal sombra em seu caminho e procure ocultar de sua visão a escada maravilhosa que se estende desde a Terra até o trono de Deus, pela qual sobem e descem os anjos, que são espíritos ministradores aos que hão de herdar a salvação, ainda assim apresse o avançar para o alto, firmando os pés sobre um degrau após outro, rumo ao trono do Infinito. — Manuscrito 23, (sem data).

Simpatizantes nem sempre são amigos

Se os que estão ao seu redor pertencem a classe dos que não procuram mudar sua conversa e o fluxo de seus pensamentos, se concordam com todas as impressões que você apresenta como se fossem uma realidade, quanto menos tiver relacionamento com essas pessoas, tanto melhor. Estão demonstrando que não são seus amigos, mas seus piores inimigos. O Senhor quer que você seja alegre.

Você já sepultou seus amigos queridos da mesma forma que eu; entretanto, não ouso perguntar: Por que o Senhor me lançou na fornalha? Por que tenho seguidamente passado por aflições? A resposta pode estar em textos como este: “O que Eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.” Joao 13:7.

Os propósitos divinos são muitas vezes envolvidos em mistério; são incompreensíveis as mentes finitas; mas, Aquele que vê o fim desde o princípio o sabe melhor do que nós. O que precisamos é purificar-nos de todo mundanismo, aperfeiçoar o caráter cristão, a fim de que as vestes da justiça de Cristo nos sejam dadas. — Carta 1, 1883.

Trabalhar em favor de outros

O apóstolo perdeu de vista os sofrimentos que se aproximavam, em sua solicitude por aqueles a quem ele estava para deixar a lutar com preconceitos, ódio e perseguição. Estava empenhado em fortalecer e animar os poucos cristãos que o acompanhavam até ao lugar da execução, repetindo as promessas dadas aos perseguidos por causa da justiça. Assegurou-lhes que coisa nenhuma falharia de tudo que o Senhor falara acerca de Seus filhos fiéis e provados.

Por um pouco de tempo poderiam estar em tristeza, recuados por muitas tentações; poderiam ser destituídos do conforto terrestre; podiam, porém, animar o coração com a certeza da fidelidade de Deus, dizendo: “Sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito.” 2 Timóteo 1:12. Logo acabaria a noite de prova e sofrimento, e então raiariam a risonha manhã de paz e o dia perfeito. — The Review and Herald, 4 de janeiro de 1912.

Os melhores consoladores

Os que tem suportado as maiores tristezas são frequentemente os que levam aos outros o maior conforto, introduzindo a luz do sol aonde quer que vão. Esses foram purificados e enternecidos por suas aflições, não perderam a confiança em Deus quando assaltados pelas dificuldades, mas se apegaram mais intimamente ao Seu protetor amor. Esses são uma viva prova do terno cuidado de Deus, que faz as trevas assim como a luz, e nos disciplina para nosso bem. Cristo é a luz do mundo; nEle não há trevas. Preciosa luz! Vivamos nessa luz! Digamos adeus a tristeza e descontentamento. “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.” Filipenses 4:4. — Mensagens Escolhidas 2:274.

Solução para a ansiedade

Deus providenciou um bálsamo para cada ferida. Há um bálsamo em Gileade, há ali um médico. Por que não estudar agora, como nunca antes, as Escrituras? Busque do Senhor sabedoria em toda emergência. Em cada prova, suplique a Jesus que nos mostre um meio de saída de nossa dificuldade, e então nossos olhos se abrirão para vermos o remédio e aplicar ao nosso caso as curadoras promessas que foram registradas em Sua Palavra.

Desse modo o inimigo não encontrara lugar para nos levar a lamentações e descrença, mas ao contrário, teremos fé, esperança e animo no Senhor. O Espírito Santo nos dará claro discernimento, para que possamos ver as bençãos e apropriar-nos delas, as quais agirão como solução para a tristeza, como um elemento de cura para cada gole amargo que nos seja levado aos lábios. Cada traço de amargura será misturado com o amor de Jesus, e em vez de nos queixarmos de amargura, veremos que o amor e a graça de Jesus por tal forma se combinam com a tristeza que esta se transformará em alegria suave, santa e santificada. — Mensagens Escolhidas 2:273 e 274.

Separação de Deus

Foi a angústia da separação do favor do Pai que tornou tão agudos os sofrimentos de Cristo. Ao sobrevir-Lhe a angústia de alma, “Seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão”. Lucas 22:44. Sua terrível angústia, causada pelo pensamento de que na hora da maior necessidade Deus O abandonara, retrata a angústia que o pecador sentira quando, demasiado tarde, reconhecer que o Espírito de Deus lhe e retirado. —  Manuscrito 134, 1905.

Compreendido no paraíso

A Terra tem uma história que o homem jamais compreenderá, até que ande com o seu Redentor no Paraíso de Deus. “Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima.” Apocalipse 7:17. —Manuscrito 28, 1898. [27]

Desviemo-nos das estradas quentes e poeirentas da vida, para repousar à sombra do amor de Cristo. Ali, nos fortaleceremos para a luta. Aprenderemos a diminuir nossa angústia e preocupações, e a falar e cantar para o louvor de Deus.

Angústia — Um forte ou quase irresistível sentimento de apreensão diante de uma ameaça, justificada ou não, de força interior, podendo vir também do exterior.

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