Panorama Histórico do Adventismo

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I – O significado bíblico de “igreja”

Nas Escrituras a palavra igreja é uma tradução do grego ekklesia, que significa “chamado para fora.” Essa expressão era comumente usada em relação a qualquer assembleia que se reunisse através da prática de convidar as pessoas para o encontro.

A Septuaginta – versão grega do Antigo Testamento hebraico, e que era muito popular nos dias de Jesus – utilizou o termo ekklesia para traduzir o hebraico qahal, que significava “reunião”, “assembleia” ou “congregação” (Dt 9:10; 18:16; 1Sm 17:47; 1Rs 8:14; 1Cr 13:2).

Essa utilização foi ampliada no Novo Testamento. Observe como este usa o
termo igreja:

(1) crentes reunidos para adoração em um lugar específico (1Co 11:18; 14:19, 28);

(2) crentes que viviam em certa localidade (1Co 16:1; Gl 1:2; 1Ts 2:14);

(3) um grupo de crentes reunidos no lar de um indivíduo (1Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2);

(4) um grupo de congregações situadas em determinada área geográfica (At 9:31);

(5) todo o corpo de crentes em redor do mundo (Mt 16:18; 1Co 10:32; 12:28; Ef 4:11-16);

(6) toda a criação fiel, tanto nos Céus quanto na Terra (Ef 1:20-22; cf. Fp 2:9-11).

A natureza da igreja

A Bíblia retrata a igreja como uma instituição divina, chamando-a de “igreja de Deus” (At 20:28; 1Co 1:2). Jesus investiu a igreja com divina autoridade (Mt 18:17, 18). Conseguimos compreender a natureza da igreja cristã quando observamos suas raízes no Antigo Testamento e as várias metáforas que o Novo Testamento utiliza ao falar a seu respeito.

Raízes da igreja cristã

O Antigo Testamento retrata a igreja como a congregação organizada do povo de Deus. Desde os primeiros tempos a família temente a Deus – por meio da linhagem de Adão, Sete, Noé, Sem e Abraão – representou os guardiães da verdade divina. Essas famílias, nas quais o pai funcionava como sacerdote, podem ser consideradas como a igreja em miniatura.

A Abraão, Deus concedeu as ricas promessas por meio das quais essa família de Deus se converteu gradualmente em nação. A missão de Israel seria simplesmente uma extensão daquela que a Abraão fora atribuída: ser uma bênção para todas as nações da Terra (Gn 12:1-3), demonstrando o amor de Deus perante o mundo.

A nação que Deus tirou do Egito foi chamada de “congregação [ou ‘igreja’] no deserto” (At 7:38). Seus membros foram considerados “um reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19:6), o “povo santo” de Deus (Dt 28:9; cf. Lv 26:12) – sua igreja.

Deus os estabeleceu na Palestina, o centro das principais civilizações do mundo. Três grandes continentes – Europa, Ásia e África – encontravam-se na Palestina. Ali os judeus deveriam ser “servos” de outras nações, estendendo-lhes o convite para que a eles se unissem como povo de Deus.

Em resumo, Deus os chamara para fora a fim de que as demais nações pudessem ser chamadas para dentro (Is 56:7). Seu desejo, por meio de Israel, era criar a mais ampla igreja da Terra – uma igreja onde os representantes de todas as nações do mundo viriam para adorar, aprender a respeito do Deus verdadeiro e retornar a suas nações e a seu próprio povo com a mensagem de salvação.

A despeito do contínuo envolvimento de Deus com seu povo, Israel se envolveu com a idolatria, isolacionismo, nacionalismo, orgulho e egoísmo. O povo de Deus fracassou no desempenho de sua missão.

Com a vinda de Jesus, Israel foi colocado sobre uma linha divisória. O povo de Deus esperava um Messias que viria para libertar a nação, mas não um Messias que os libertasse de si mesmos. Na cruz, a bancarrota do Israel espiritual se tornou evidente. Ao crucificarem a Cristo, demonstraram externamente a decadência que grassava no íntimo. Quando clamaram: “Não temos rei, senão César!” (Jo 19:15), recusaram-se a permitir que Deus governasse sobre eles.

Na cruz, duas missões opostas atingiram o clímax: a primeira dizia respeito a uma igreja equivocada, tão centralizada em si mesma que não conseguiu ver o próprio ser que a trouxera à existência; a segunda foi a missão de Cristo, tão centralizado no amor às pessoas que se ofereceu para morrer no lugar delas a fim de poder lhes conceder existência eterna. Ao passo que a cruz significou o fim da missão de Israel, a ressurreição de Cristo inaugurou a igreja cristã e sua missão: a proclamação do evangelho de salvação através do sangue de Cristo. Quando os judeus perderam sua missão, tornaram-se como qualquer outra nação e deixaram de ser a igreja de Deus. Em seu lugar, Deus estabeleceu uma nova nação, a igreja, a qual deveria levar avante sua missão em favor do mundo (Mt 21:41, 43).

A igreja do Novo Testamento, intimamente relacionada com a comunidade de fé do antigo Israel, foi edificada tanto com judeus convertidos quanto com gentios que creram em Jesus Cristo. Assim, o verdadeiro Israel é composto de todos aqueles que pela fé aceitam a Cristo (Gl 3:26-29). Paulo ilustra o novo relacionamento orgânico dessas diversas pessoas pela imagem de duas árvores – a oliveira natural e a oliveira silvestre, Israel e os gentios, respectivamente. Os judeus que não aceitaram a Cristo não mais seriam filhos de Deus (Rm 9:6-8) e eram representados pelos ramos quebrados da boa oliveira, ao passo que os judeus que aceitaram a Cristo permaneceram ligados à árvore.

Paulo retrata os gentios que aceitaram a Cristo como ramos da oliveira silvestre, que foram enxertados na boa oliveira (Rm 11:17-25). Ele orienta estes novos cristãos gentios a que respeitem a herança espiritual dos instrumentos escolhidos por Deus: “Se for santa a raiz, também os ramos o serão. Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti” (Rm 11:16-18).

A igreja do Novo Testamento difere significativamente de sua congênere do Antigo Testamento. A igreja apostólica se tornou uma organização independente, separada da nação israelita.

Fronteiras nacionais foram removidas, concedendo à igreja um caráter universal. Em lugar de uma igreja nacional, tornou-se ela uma igreja missionária, cuja existência tinha em vista cumprir o propósito original de Deus, e que foi reafirmado por divino mandato de seu fundador, Jesus Cristo ” Fazei discípulos de todas as nações.” (Mateus 28:19)

Trechos retirados do livro A Doutrina da Igreja Nisto Cremos.

II – No que creem os Adventistas do Sétimo Dia

III- Vídeos

IV – Alguns outros Fatos Históricos

4.1-

4.2- Líderes da Igreja Adventista na Alemanha e Áustria emitiram uma declaração dizendo que “lamentam profundamente” qualquer participação ou apoio de atividades nazistas durante o Holocausto.

4.3 – O Cerco de Waco

Em 1929 surgiu este grupo de membros com posicionamentos radicais e que estabeleceram um ministério independente e fundaram Ramo Davidiano, que liderado por David Koresh, foi palco do Cerco de Waco, no Texas – EUA, em 1993, depois de 51 dias de cerco pela polícia.

4.4 – Pioneiros Adventistas e seu Protesto contra o Racismo

“Conheça um capítulo da história do movimento adventista. Adventismo e abolicionismo eram sinônimos. Detalhes: a filha de Frederick Douglass se tornou adventista. E a “Ferrovia Subterrânea” é a Underground Railroad, a(s) rota(s) clandestinas de fuga de escravos para o Norte e para o Canadá. Essa rota contou com a participação de muitos adventistas, como o pai dos Kelloggs e o pr John Byington (o primeiro presidente da IASD).

V- Artigos

5.1A Conversão de Imigrantes Japoneses no Brasil à Igreja Adventista do Sétimo Dia

5.2- O Indígena e a Mensagem do Segundo Advento: Missionários adventistas e os Povos Indígenas na Primeira Metade do Século XX

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10 respostas para Panorama Histórico do Adventismo

  1. Comentário feito no grupo do Clube de leitura do Whatssap pelo membro Ana Osborn sobre o artigo 4.4 – Pioneiros Adventistas e seu Protesto contra o Racismo:

    “Sobre esse assunto do comportamento dos pioneiros adventistas na luta contra a escravidão nos Estados Unidos, a Sra White teve uma visão interessante envolvendo essa questão. Nessa época estava havendo a guerra civil americana. De um lado estavam os Estados Confederados do Sul, que lutavam pela separação do país. Do outro, lutava a União Federativa que queria manter o país intacto. Era um conflito entre duas sociedades bem diferentes: uma, agrária e escravocrata, do Sul; outra, urbana e industrializada, do Norte.

  2. Continuação…

    A Sra White comenta que muitos homens abolicionistas se alistaram no exército do Norte, mas ela mesma comenta que na verdade a abolição da escravatura foi usada pelos nortistas apenas para angariar apoio. Na verdade mesmo, nenhum lado era contra a escravidão.
    Então é aí que ela descreve um estranho episódio que ocorreu durante uma das batalhas.

  3. Continuação …

    Os sulistas escravocratas, também chamados de confederados, estavam vencendo e massacrando os nortistas, supostos abolicionistas. Nessa batalha muitos estavam perdendo a vida e de repente os sulistas, que estavam em vantagem, bateram misteriosamente em retirada. A Sra White então explica o que houve. Um anjo levantou a mão e determinou o cessar fogo porque o número de mortos para aquela batalha havia se completado. Ela claramente diz que Deus estava punindo a América por causa da escravidão. Durante os quatro anos de duração da Guerra Civil Americana, pereceram nos campos de batalha nada menos que 618 000 combatentes. Para se ter uma ideia, basta dizer que esse número supera a soma de todos os soldados americanos nas duas guerras mundiais (125 000 e 322 000 mortos, respectivamente), na Guerra da Coreia (55 000) e na do Vietnã (57 000).

  4. Continuação …

    Nessa guerra, os nortistas venceram. O Presidente da época, Abraham Lincoln que era declaradamente abolicionista, imediatamente assinou a lei libertando os escravos da América, mas foi assassinado cinco dias depois do fim da guerra por um sulista inconformado com a derrota. Os sulista também criaram a organização racista radical, a Ku Klux Klan, nascida do ressentimento e do ódio dos proprietários de escravos que não podiam conceber seus antigos escravos em pé de igualdade.

    Ana Osborn, publicado por Ruth Alencar

  5. Continuação …

    “Deus está punindo esta nação pelo hediondo crime da escravidão. Ele tem o destino da nação em Suas mãos. Punirá o Sul pelo pecado da escravidão, e o Norte por tolerar tão longamente sua influência arrogante e extensa. . T1 264.1

  6. Continuação …

    Na reunião em Roosevelt, Nova Iorque, no dia 3 de Agosto de 1861, quando os irmãos e irmãs estavam reunidos no dia estabelecido para jejum, humilhação e oração, o Espírito do Senhor repousou sobre mim e fui tomada em visão. Mostrou-se-me o pecado da escravidão, que tem sido de há muito uma maldição ao país. A lei contra fugas de escravos foi preparada para extinguir no coração de cada homem, os nobres sentimentos de simpatia pelos sofredores e oprimidos escravos. Isso está em direta oposição aos ensinos de Cristo. A punição divina está agora sobre o Norte, porque eles têm tolerado os avanços do poder escravista . T1 264.2

  7. Continuação …

    Tive uma visão da trágica batalha de Manassas, na Virgínia. Foi a mais sangrenta e angustiante cena. O exército do Sul tinha tudo a seu favor e estava preparado para o terrível combate. O exército do Norte estava se movendo com triunfo, em nada duvidando de sua vitória. Muitos estavam descuidados e marchavam adiante orgulhosamente, como se a vitória já fosse sua.

  8. Continuação…

    ….Havia mortos e moribundos de ambas as partes. Norte e Sul sofreram severamente. Os nortistas sentiram o ardor da batalha e fizeram um pequeno recuo. Os homens do Norte investiram sobre o inimigo, embora as baixas fossem grandes. Subitamente, um anjo desceu e agitou a mão. Instantaneamente houve confusão nas fileiras. Parecia aos nortistas que suas tropas estavam batendo em retirada, quando, na realidade, não era assim; começaram, então, uma precipitada fuga. Isto me pareceu maravilhoso.

  9. Continuação…

    ….Havia mortos e moribundos de ambas as partes. Norte e Sul sofreram severamente. Os nortistas sentiram o ardor da batalha e fizeram um pequeno recuo. Os homens do Norte investiram sobre o inimigo, embora as baixas fossem grandes. Subitamente, um anjo desceu e agitou a mão. Instantaneamente houve confusão nas fileiras. Parecia aos nortistas que suas tropas estavam batendo em retirada, quando, na realidade, não era assim; começaram, então, uma precipitada fuga. Isto me pareceu maravilhoso.

    Foi então revelado que Deus tinha esta nação em Suas mãos, e não desejava que as vitórias fossem obtidas mais rapidamente do que Ele permitisse, e não consentiria que os nortistas sofressem mais baixas que o necessário, conforme Sua sabedoria determinasse, para puni-los por seus pecados. Houvesse o exército do Norte, nesse tempo, se esforçado além de sua desfalecente e debilitada condição, o tremendo esforço e a destruição que os esperavam, teria proporcionado grande triunfo ao Sul. Deus não permitiria isso, e enviou um anjo para interferir. O súbito recuo das forças do Norte tem sido um mistério a todos. Eles não sabem que a mão de Deus se fez presente. . T1 266.3-T1 267.1”

  10. Continuação ….

    Se Deus tivesse deixado os nortistas continuarem avançando eles perderiam a batalha e morreria muita gente. Deus tem o controle de tudo! Ele reina soberano sobre as nações e deve reinar também sobre nossas vidas.

    Por isso os americanos não entenderam a retirada dos nortistas, na visão do povo os sulistas seriam massacrados, mas Deus sabia que seria o contrário.

    Na vida da gente, deve acontecer muita coisa parecida. Pensamos que algo será uma vitória, mas Deus sabe que será uma amarga derrota

    Graças a Deus pelos livramentos que não sabemos.

    Ana Osborn

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