Sola Scriptura: Uma Comparação da Compreensão Luterana e adventista

Autor: Remwil R. Tornalejo – Ph.D. do Instituto Adventista Internacional de Estudos de Pós-Graduação (AIIAS), é Professor Assistente de Teologia Sistemática no AIIAS.

Fonte https://dialogue.adventist.org/fr/2624/sola-scriptura-une-comparaison-des-comprehensions-lutherienne-et-adventiste

Tradução: Ruth Alencar

Sola Scriptura foi um dos princípios da Reforma1. Esse conceito, embora não seja exclusivo de Martinho Lutero, foi popularizado por ele2. Uma das primeiras referências a este princípio foi em 1519, durante um debate com Johann Eck em Leipzig. Lutero disse: “Nenhum crente cristão pode ser forçado [a acreditar em um artigo de fé] que não seja tirado das Escrituras.”3 A mesma ideia aparece em sua defesa na Dieta de Worms em 18 de abril de 1521: “A menos que eu seja convencido de meu erro por comprovação da Escritura ou por razões óbvias – pois não acredito no Papa nem nos concílios apenas, pois é óbvio que muitas vezes eles se enganaram e foram contraditos – sou obrigado pelos textos das Escrituras que citei, e minha consciência está cativa da Palavra de Deus; Não posso e não quero retratar nada, pois não é seguro nem honesto agir contra sua própria consciência. Então, aqui estou eu neste dia. Eu não posso fazer de outra forma. Que Deus me ajude 4. “

Os adventistas professam o princípio de sola scriptura. Descritos como “povo do Livro”, eles dão a maior consideração às Escrituras. Em contraste, os historiadores e teólogos da Igreja têm visões diferentes sobre o que Lutero quis dizer com sola scriptura5. Este capítulo explora e compara o significado do princípio de sola scriptura de acordo com Lutero e como é entendido pelos adventistas.

LUTHER E A SOLA SCRIPTURA

Vários estudos recentes sustentam que é errado, ou pelo menos excessivamente simplificado, argumentar que as Escrituras eram a única autoridade para os reformadores e, para eles, a tradição não desempenhava nenhum papel.6 Por exemplo, Irena Backus diz: “É um fato bem conhecido hoje: os reformadores não rejeitaram a tradição da Igreja primitiva. No entendimento deles, era bastante contundente distingui-la das corrupções das estruturas eclesiásticas medievais 7. Essa exposição exige um exame mais detalhado do que sola scriptura significava para Lutero. Para compreender essa expressão, é necessário situá-la em seu contexto histórico.

O PRINCÍPIO DA SOLA SCRIPTURA EM SEU CONTEXTO HISTÓRICO

Nos dias de Lutero, a questão não era a autoridade das Escrituras em si, mas sim a medida dessa autoridade em relação à Igreja Católica e seus líderes. Os líderes católicos ensinaram que “a tradição não escrita pode ser autoritativa tanto quanto as Escrituras”. Às vezes, ela poderia mesmo até ser superior às Escrituras por se tratar de uma criação da Igreja8. Lutero aderiu a essa crença no início de sua vida sacerdotal. Mesmo depois de fixar em cartaz suas 95 teses, ele ainda prestou grande respeito aos escritos dos pais da Igreja e aos decretos papais. Ele declarou: “Inicialmente, certifico que não desejo dizer ou manter absolutamente nada, exceto, em primeiro lugar, o que está nas Sagradas Escrituras e pode ser sustentado por elas; em seguida, o que é tirado dos escritos dos pais da Igreja, aceitos pela Igreja Católica e preservados tanto nos cânones quanto nos decretos papais9.”

Além disso, de acordo com outro entendimento comum, o Papa ou um concílio da Igreja era a autoridade final para determinar o significado da Bíblia.10.

LUTHER: SUA OPINIÃO SOBRE OS PAIS DA IGREJA E SEUS ENSINAMENTOS

Lutero não descartou totalmente a tradição. Ele lutou contra os reformadores radicais que queriam eliminar todas as tradições da Igreja11. Daí sua advertência: “É preciso haver um espírito mais cauteloso, mais moderado, um espírito que ataca o edifício, que ameaça o templo, sem destruir o próprio templo de Deus12. E para aqueles que o acusavam de rejeitar todos os ensinamentos dos pais da Igreja, ele respondeu: “Eu não os rejeito. Por outro lado, todos sabem muito bem que eles sempre caíram no erro, como acontece aos homens; portanto, não estou preparado para confiar neles enquanto me provarem suas opiniões por meio das Escrituras, as quais nunca têm errado13.”

Lutero, após vários debates com os representantes papais, rejeitou o entendimento atual de que “o ensino das Escrituras e o ensino da Igreja Católica Romana são necessariamente idênticos;14 Ele escreveu: “Luto apenas por uma coisa: levar cada alma à diferença entre as Escrituras divinas e o ensino ou tradição dos homens15.” As Sagradas Escrituras são “mais confiáveis ​​do que qualquer outro escrito” e por elas podemos julgar todos os outros escritos, pois são o único “verdadeiro senhor e mestre de todos os escritos e de toda doutrina terrena”16. Ele aconselhou: “As Sagradas Escrituras devem ser claramente dissociadas dos escritos inventados pelos homens dentro da Igreja, por mais eminentes que sejam em santidade e conhecimento.17

Lutero defendeu a primazia das Escrituras sobre os escritos dos Pais da Igreja, mas ao mesmo tempo defendeu o valor desses escritos. Em 1539, ele escreveu: “Nós, os gentios, não devemos atribuir aos escritos de nossos Pais um valor igual ao das Sagradas Escrituras, mas um valor menor18. Ele acrescenta: “Os ensinamentos dos Pais da Igreja são úteis apenas para nos conduzir às Escrituras, como eles foram conduzidos. Então, temos que nos ater somente às Escrituras.19” Além disso, ele explicou: “Os escritos de todos os santos Pais devem ser lidos apenas por um tempo, para que por meio deles possamos ser conduzidos às Sagradas Escrituras. […] Os queridos Pais quiseram, com os seus escritos, conduzir-nos às Escrituras, mas nós os utilizamos de forma a afastarmo-nos das Escrituras, embora só estas sejam a nossa vinha em que todos devemos trabalhar e labutar.20

LUTHER E AUTORIDADE RELIGIOSA

Lutero não desprezou a autoridade da Igreja de todo o coração. Sua forte objeção foi dirigida à afirmação papal de que a autoridade da Igreja supera a da Palavra de Deus e, portanto, deve ser seu árbitro.21 Para ele, as Escrituras são seu próprio intérprete e, portanto, devem ser interpretadas comparando as Escrituras com as Escrituras.22 Ele protestou contra o ensino católico que declara que as Escrituras são insuficientes “fora do tesouro dos papas e concílios” 23. Ao contrário da crença popular de sua época, ele não acreditava que a Igreja estava acima das Escrituras. Pelo contrário, estava convencido de que a Palavra de Deus conduzia a Igreja e a nutria: «A Palavra de Deus é incomparavelmente superior à Igreja, e nesta Palavra a Igreja, sendo criatura, nada tem para decretar, prescrever nem modelar. Ao contrário, deve receber decretos, prescrições e ser modelada.24

Artur Wood testifica que Lutero citou extensivamente os Pais da Igreja. No entanto, ele submeteu sua autoridade às Escrituras e recusou-a sempre que pareciam contradizer a Palavra de Deus.25 Segundo Lutero, “todos os Santos Pais, assim que saem do escopo das Escrituras, são tão falíveis quanto qualquer um”.26 Ele acrescentou: “Não darei ouvidos à Igreja, nem aos Pais, nem aos apóstolos, a menos que eles tragam e ensinem a pura Palavra de Deus.27 Nos Sermões sobre o Evangelho de João, ele faz referência à mensagem de Paulo aos Gálatas (Gálatas 1.8), já que este último aponta que qualquer pessoa (pouco importa seu status ou sua posição) e até mesmo os anjos seriam suspeitos se pregassem o oposto da Palavra de Deus28. Os profetas que operam maravilhas e milagres também devem ser julgados “à luz da Palavra de Deus” 29.

LUTHER E A SOLA SCRIPTURA: SUMÁRIO

Para Lutero, a ideia de sola scriptura não significava que as Escrituras eram a única autoridade religiosa. É evidente que as declarações citadas acima não pretendem dizer que Lutero desprezou todos os ensinamentos dos Pais da Igreja. Embora ele tenha deixado claro que as Escrituras devem estar acima dos credos e decretos papais, sua aceitação da autoridade da Igreja e credos baseava-se na autoridade bíblica.30

James R. Payton Jr. resume apropriadamente a compreensão de Lutero sobre a sola scriptura. Ele afirma que, para Lutero, “as Escrituras eram a única autoridade religiosa incontestável. Isso não significava que as Escrituras eram a única autoridade religiosa – como muitas vezes foi assumido ou mal compreendido no protestantismo posterior “31.

Para Lutero, a sola scriptura significava que a Palavra de Deus é o padrão final, a pedra de toque e a autoridade final em questões de fé e prática. Toda autoridade deve ser julgada e avaliada à luz das Escrituras. Além disso, para ele, a Palavra de Deus é suficiente em si mesma. Ela é sua própria intérprete e nunca deve estar em dívida com nenhuma outra autoridade para sua autenticação32.

A COMPREENSÃO ADVENTISTA DA SOLA SCRIPTURA

Os adventistas aderem ao princípio de sola scriptura33. A primeira crença fundamental da Igreja Adventista é a seguinte: “As Escrituras Sagradas, o Antigo e o Novo Testamentos, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração divina por intermédio de santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito Santo. Nesta Palavra, Deus transmitiu ao homem o conhecimento necessário para a salvação. As Escrituras Sagradas são a infalível revelação de Sua vontade. Constituem o padrão de caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na História.34 No entanto, os pensadores adventistas não concordaram em seu entendimento da sola scriptura35. Para obter uma compreensão adventista do princípio de sola scriptura, examinarei os escritos de Ellen White para estabelecer uma perspectiva adventista básica. É importante ressaltar que quando ela se referiu à ideia de sola scriptura, ela fez a conexão entre essa ideia e a da Reforma sobre o assunto. Ela escreveu: “Hoje em dia, há uma forte tendência de se desviar da sã doutrina; é necessário, portanto, voltar ao grande princípio protestante: as Escrituras, a única regra de fé e de vida36. “

ELLEN WHITE E LA SOLA SCRIPTURA

Ellen White defendeu consistentemente o princípio da Sola Scriptura. Para ela, “a Bíblia, e somente a Bíblia, é a nossa regra de fé” 37. Em outro lugar, ela escreveu: “A Bíblia é sua própria intérprete. Uma passagem da Escritura servirá de chave de acesso para outras passagens, revelando o significado oculto de uma palavra. Comparando diferentes textos que tratam do mesmo assunto, estudando seu significado sob todos os ângulos, colocaremos em evidência o verdadeiro significado das Escrituras38. “

Ao contrário das afirmações de seus detratores, Ellen White nunca afirmou que seus escritos deveriam estar em pé de igualdade com as Escrituras. Nesse ponto, ela é inflexível: “Os Testemunhos da irmã White não devem ser colocados em primeiro plano. A Palavra de Deus é o padrão infalível. […] Que todos estabeleçam suas posições se apoiando nas Escrituras e que justifiquem pela Palavra de Deus revelada cada ponto que apresentam como sendo a verdade.39.” Em relação à Bíblia, ela declarou que seus escritos eram “uma luz menor para conduzir [as pessoas] à maior luz que existe” 40. Ela escreveu: “Se os Testemunhos não concordam com a Palavra de Deus, rejeite-os.41” E ainda: “Nossa posição e nossa fé são baseadas na Bíblia. Não queremos que ninguém, a qualquer preço, coloque os Testemunhos acima da Bíblia”42. Os Testemunhos, ela especificou, não seriam necessários se o povo de Deus estudasse diligentemente as Escrituras43. Ela explicou: “Os Testemunhos escritos não têm a intenção de lançar nova luz, mas de gravar mais vividamente nos corações as verdades já reveladas44.”

ELLEN WHITE E O USO DE OUTRAS FONTES

A adesão de Ellen White ao princípio de sola scriptura não significa que ela nunca tenha considerado outras fontes. Ela nos adverte: “Muitos crentes pensam que devem consultar os comentários bíblicos para entender a Palavra de Deus, e não assumem a posição de que os mesmos podem ser dispensados. No entanto, será necessário muito discernimento para descobrir a verdade divina na soma das palavras humanas.45 Ela tem afirmado sistematicamente que as Escrituras são o teste final de fé e prática. Além disso, ela declarou que “sua Palavra [é] a pedra de toque de toda a doutrina e o fundamento de toda reforma”46 e que todos os outros ensinos e práticas devem passar no teste das Escrituras47.

RESUMO DA COMPREENSÃO DE ELLEN G. WHITE SOBRE A SOLA SCRIPTURA

Para Ellen White, a sola scriptura significava que a Bíblia, e somente a Bíblia, é o fundamento da fé cristã e sua prática. No entanto, isso não significa que ela ignorou outros escritos religiosos. Quanto aos seus próprios escritos, ela disse que eles não tinham a mesma função que as Escrituras, em vez disso, eles deveriam trazer os crentes de volta à Palavra de Deus. Embora ela mantivesse o princípio de que as Escrituras são seu próprio intérprete, ela reconheceu que outras ferramentas e recursos bíblicos podem ser úteis no estudo da Bíblia. Ela argumentou que as Escrituras deveriam sempre ter a prioridade sobre as outras fontes de autoridade para determinar o significado do texto.

CONCLUSÃO

“Lutero e os adventistas têm dois pontos comuns principais sobre o princípio da sola scriptura. Primeiro, ambos afirmam resolutamente que a Bíblia é a única pedra de toque infalível e final de fé e prática. Isso significa que toda doutrina deve passar no teste das Escrituras para ser considerada válida. A Bíblia é a única fonte de conhecimento religioso. Em segundo lugar, ambos concordam que as Escrituras são seu próprio intérprete. Elas não dependem de nenhuma autoridade ou ciência externa para autenticar suas declarações. Uma passagem difícil das Escrituras deve ser entendida à luz do testemunho das Escrituras como um todo. Finalmente, aplicando o princípio de sola scriptura, qualquer ensino e doutrina que não passe no teste das Escrituras devem ser rejeitados.”

Este ensaio é uma versão ligeiramente adaptada do original que apareceu em Here We Stand: Luther, the Reformation, and Seventh-day Adventism, de Michael W. Campbell e Nikolaus Satelmajer, eds., Boise, ID, Pacific Press, 2017. Este a obra foi escrita por 27 estudiosos e publicada em comemoração ao 500º aniversário da Reforma de Lutero. Usado com permissão. Veja também a resenha da obra na seção Livros.

NOTAS E REFERÊNCIAS

1. Sola scriptura é geralmente aceita como significando que somente a Bíblia é a autoridade em questões de fé e prática. Os outros dois princípios que suplementam sola scriptura são sola gratia (somente graça) e sola fide (fé somente).

2. Ver Arthur Skevington Wood, Captive to the Word: Martin Luther, Doctor of Sacred Scripture, Londres, Paternoster, 1969, p. 31-40. Wood fez um grande esforço para explicar que Lutero estava em dívida de muitas maneiras com seus predecessores, particularmente para com Agostinho de Hipona e Guilherme de Occam, e mais tarde com teólogos occamistas por sua percepção das Escrituras. No entanto, sola scriptura é, como fórmula teológica, um subproduto da Reforma, e não sua pressuposição. Ver Bernhard Lohse, Martin Luther: An Introduction to His Life and Work, Edimburgo, T & T Clark, 1986, p. 153; ver também Bernhard Lohse, Martin Luther’s Theology: Its Historical and Systematic Development, trad. et ed., Roy A. Harrisville, Minneapolis, MN, Fortress, 2011, p. 22, 23. A expressão sola scriptura em si não é encontrada nas obras de Lutero. No entanto, a ideia de que as Escrituras têm autoridade suprema sobre a Igreja e outras autoridades religiosas está no cerne de sua teologia mais elaborada.

3. Lohse, Teologia de Martin Luther, p. 123 [Martin Luther, Luther’s Works, vol.32, Career of the Reformer 2, ed.]

4. https://fr.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther. [George W. Forell (Filadelfia, PA: Fortress, 1958), p. 113.

5. Para uma discussão sobre o significado de sola scriptura, ver James R. Payton Jr., Getting the Reformation Wrong: Correcting Some Misunderstandings, Downers Grove, IL, IVP Academic, 2010, p. 132-159 ; John C. Peckham, « Sola Scriptura: Reductio ad Absurdum? », Trinity Journal, n.s., 35, n° 2, automne 2014, p. 195-223 ; Aleksandar S. Santrac, « The Sola Scriptura Principle in the Current Debate », Journal of the Adventist Theological Society 24, n° 1, 2013, p. 107-126 ; Kwabena Donkor, « Contemporary Responses to Sola Scriptura: Implications for Adventist Theology », Reflections: The BRI Newsletter 41, janvier 2013, p. 5-8.

6. Payton, Getting the Reformation Wrong, p. 133

7. Irena Backus, “The Disputation of Baden, 1526, and Berne, 1528: Neutralizing the Early Church”, edição especial, Studies in Reformed Theology and History 1, No. 1, Winter 1993, p. 81, acessado em 18 de dezembro de 2016, http://scdc.library.ptsem.edu/mets/mets. aspx? src = SRTH199311 & div = 11 & img = 3.

8. Roger E. Olson, The Story of Christian Theology: Twenty Centuries of Tradition and Reform, Downers Grove, IL, IVP Academic, 1999, p. 385.

9. Martin Luther, Luther’s Works, vol. 31, Career of the Reformer 1, ed. Harold J. Grimm, Philadelphia, PA, Fortress, 1957, p. 83

10. Wood, Captive to the Word, p. 120

11. Os reformadores radicais ou anabatistas foram mais consistentes ao aplicarem o princípio da sola scriptura. Ver Alister E. McGrath, Reformation Thought: An Introduction, 3ª ed., Malden, MA, Blackwell, 1999, p. 155

12. Martin Luther, Martin Luther’s Basic Theological Writings, eds. Timothy F. Lull e William R. Russell, Minneapolis, MN, Fortress, 1989, p. 346.

13. Lutero, Obras de Lutero, 32:11.

14. Wood, Captive to the Word, p. 120 ; cf Lohse, Martin Luther’s Theology, p. 188. De acordo com Ernst Zeeden, “Lutero não inovou quando se voltou para a Bíblia, mas apenas quando separou a Bíblia do Papa e da Igreja, ou os tornou subordinados a ela”; Ernst W. Zeeden, The Legacy of Luther: Martin Luther and the Reformation, Westminster, MD, Newman Press, 1954, citado em Wood, Captive to the Word, p. 119.

15. Martin Luther, “Answer to the Superchristian, Superspiritual, and Superlearned Book of Goat Emser”, citado em Hugh T. Kerr, ed., A Compend of Luther’s Theology, Filadélfia, PA, Westminster Press, 1974, p. 15

16. Lutero, Obras de Lutero, 32:11.

17. Martin Luther, “The Babylonian Captivity of the Church”, citado em Kerr, A Compend of Luther’s Theology, p. 12

18. Martin Luther, On the Councils and the Church, 1539, em Selected Writings of Martin Luther, 1529–1546, ed. Theodore G. Tappert, Minneapolis, MN, Fortress, 2007, p. 243.

19. Lutero, “Answer to the Superchristian”, p. 14

20. Martin Luther, Martin Luther, « An Open Letter to the Christian Nobility », citado no Kerr, A Compend of Luther’s Theology, p. 13.

21. Martin Luther, Luther’s Works, ed. Jaroslav Pelikan, vol. 26, Lectures on Gálatas, Capítulos 1–4, St. Louis, MO, Concordia, 1963, p. 51

22. Martin Luther, Luther’s Works, ed. Jaroslav Pelikan, vol. 9, Lectures on Deuteronomy, St. Louis, MO, Concordia, 1960, p. 21

23. Michael S. Horton, « Scripture Alone: Luther’s Doctrine of Scripture », in The Legacy of Luther, éds. R. C. Sproul et Stephen J. Nichols, Orlando, FL: Reformation Trust, 2016), p. 121.

24. Martin Luther, Luther’s Works, vol. 36, Word and Sacrament 2, éd. Abdel R. Wentz, Philadelphie, PA, Fortress, 1959), p. 107.

25. Ver Wood, Captive to the Word, p. 125

26. Martin Luther, citado na introdução de Luther’s 1521 Avoiding the Doctrine of Men, de Luther à Tappert, Selected Writings of Martin Luther, 1529–1546, p. 204.

27. Lutero, Obras de Lutero, 26:67.

28. Ver Martin Luther, Luther’s Works, vol. 23, Sermons on the Gospel of St. John, Chapters 6–8, éd. Hilton C. Oswald, St. Louis, MO, Concordia, 1959, p. 191, 192.

29. Martin Luther, Luther’s Works, ed. Jaroslav Pelikan, vol. 24, Sermons on the Gospel of St. John, capítulos 14–16, St. Louis, MO, Concordia, 1961, p. 75; cf. Luther, Luther’s Works, 26: 383.

30. Ver Martinho Lutero, Luther’s Works, vol. 41, Igreja e Ministério 3, ed. Eric W. Gritsch, Philadelphia, PA, Fortress, 1966, p. 123. Alberto R. Timm observa que, para mestres reformadores como Lutero e Calvino, sola scriptura não significa a rejeição de outras fontes de conhecimento religioso. Alberto R. Timm, “Sola Scriptura e Ellen G. White: Reflexões Históricas”, em O Dom da Profecia nas Escrituras e História, eds. Alberto R. Timm e Dwain N. Esmond, Silver Spring, MD, Review and Herald® Pub. Assn., 2015, p. 288.

31. Payton, Getting the Reformation Wrong, 142; ênfase no original. Frank M. Hasel chega a uma conclusão semelhante. Ele escreve: “Quando Lutero defendeu o princípio da sola scriptura, ele não estava sugerindo que a tradição da Igreja era nula. Em vez disso, ele defendeu um caso de clareza e peso relativos. Em outras palavras, se um conflito surge na interpretação da fé, então as Escrituras exercem uma autoridade que transcende e julga qualquer tradição da Igreja. “; Frank M. Hasel Presuppositions in the Interpretation of Scripture », dans Understanding Scripture: An Adventist Approach, vol. 1, éd. George W. Reid, Silver Spring, MD, Institut de recherche biblique, 2005, p. 37.

32. Embora Lutero apoiasse o princípio da sola scriptura, é evidente que ele discordava do princípio da tota scriptura – a ideia de que todas as Escrituras são inspiradas. Ele chama Tiago de “epístola de palha” porque, em sua opinião, o apóstolo aparentemente contradiz a ideia da justificação somente pela fé. Lutero escreveu: “Longe de Tiago’. “Sua autoridade não é grande o suficiente para me fazer abandonar a doutrina da fé e me desviar da autoridade dos outros apóstolos e de todas as Escrituras. Martin Luther, citado em Paul Althaus, The Theology of Martin Luther, trad. Robert C. Shultz, Philadelphia, PA, Fortress, 1966, p. 81. Por outro lado, os adventistas confirmam tota scriptura porque consideram “todas as escrituras” inspiradas por Deus e proveitosa para o cristão.

33. Ver Hasel, « Presuppositions in the Interpretation of Scripture », p. 36.

34. What Adventists Believe, p.17.[Ver Nisto Cremos, as 28 Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, edição 2015. Acessado em 10 de Agosto de 2017, http://szu.adventist.otg/wp-content/uploads/2016/04/28_ Beliefs.pdf.

35. Consulte Tim Crosby, “Why I Don Believe in Sola Scriptura”, Viewpoint, Ministry, outubro de 1987, p. 11-15; Woodrow W. Whidden II, “Sola Scriptura, Inerrantist Fundamentalism, and the Wesleyan Quadrilateral: Is ‘No Creed but the Bible ’a Workable Solution? », Andrews University Seminary Studies 35, n ° 2, outono de 1997, p. 211–226.

36. Ellen G. White, O Grande Conflito (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988, p. 204-205

37. Ellen G. White, Conselhos sobre a Escola Sabatina (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996, p. 84; cf Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 2, CPB, 1985, vol.2), p.85

38. Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1996, p. 187. Em consonância com Ellen G. White, Hasel comenta que tomar a sola scriptura como um princípio hermenêutico não significa que se deva “excluir o auxílio de outras fontes na tarefa de interpretação, como léxicos, dicionários, concordâncias bíblicas e outros livros e comentários. No entanto, na interpretação correta da Bíblia, o texto das Escrituras prevalece sobre todos os outros aspectos, ciências e ajudas secundárias. Outros pontos de vista devem ser cuidadosamente avaliados do ponto de vista das Escrituras como um todo.” Hasel, « Presuppositions in the Interpretation of Scripture », 1:36.

39. Ellen White, Evangelismo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1997, p. 256

40. Ellen White, O Colportor Adventista (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1999, p. 125

41 Ellen White, Testemunhos para a Igreja, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,) 2004, vol. 5, pág. 691.

42. Ellen White, Evangelismo, p. 256.

43. Ellen White, Testemunhos para a Igreja, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001, vol. 2, pág. 605. Ellen White declarou que seus Testemunhos devem conduzir as pessoas de volta às Escrituras que elas negligenciaram em seguir (ver Evangelismo, p. 257).

44. Ellen White, Testemunhos para a Igreja, vol. 2, página 605, White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 187- 188. White, O Grande Conflito, p. 595

45. Ellen White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 187.

46. ​​ Ellen White, O Grande Conflito, p.645.

47. De acordo com Ellen G. White, “nem a opinião dos estudiosos, nem as deduções da ciência, nem os credos, nem as decisões dos conselhos e assembleias eclesiásticas – tão discordantes quanto numerosas – devem ser levadas em consideração em qualquer ponto da fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina, certifique-se de que ela tenha a seu favor um claro e preciso: “Assim diz o Senhor”. – Ellen G. White, A Tragédia dos Séculos, p. 645; ver também Testemunhos para a Igreja, vol. 2, pág. 261.

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