A Tensão Entre o Desejo e a Ação

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Não consigo entender minhas próprias ações; Não ajo como desejo; pelo contrário, faço o que detesto.” Romanos 7:15, Moffatt.

Aqui está algo com que podemos nos identificar. Você sempre faz a coisa certa? Este versículo obviamente tem em mente alguém cujo coração está correto para com Deus. A pessoa sabe o que é certo e tem um desejo profundo de fazê-lo, mas comete ações que entram em conflito com esse desejo.

Por quê? Qual é o problema aqui? A resposta começa em Romanos 7:14, em que Paulo fala do eu dividido: “Nós sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.” A palavra “carnal” aponta para a natureza humana em sua fraqueza de criatura. O apóstolo contrasta com ser espiritual, implicando assim uma inclinação para o pecado ou autoindulgência.

Paulo conclui o versículo 14 observando que ele não é apenas carnal e fraco, mas que está “vendido sob o pecado”. Essa frase, no mínimo, reflete um resíduo periodicamente recorrente da escravidão ao pecado que uma vez o governou o tempo todo, uma escravidão que o levou às vezes a fazer o que ele sabia ser errado.

A tensão entre saber e desejar o que é certo, mas de vez em quando fazer o errado, nos leva ao versículo 15, no qual Paulo declara que às vezes não entende suas próprias ações, pois nem sempre age como deseja, mas faz o que deseja, detesta. James Denney ressalta que apenas a ideia de “escravidão explica seus atos”.

É absolutamente imperativo, ao ler esses versículos, perceber que Paulo não está falando sobre os melhores tempos da vida cristã. Ele não está dizendo que nunca faz o que é certo, mas sim que não está tão livre de erros quanto gostaria. Nem está dizendo que faz o mal habitualmente ou nunca faz o bem. Claro, ele não está aqui preocupado com o bem. O apóstolo deseja isso e espera viver esse tipo de vida. O problema é que às vezes não. Usando a metáfora da escravidão, ele expressa o pensamento de que ainda considera o pecado uma força poderosa e que não conseguiu resistir a ele a todo momento.

As percepções de Paulo se encaixam muito bem com as de Jesus, que nos diz que Deus perdoa pecadores arrependidos 70 vezes sete vezes, e com João, que afirma que o ideal de Deus é que não pequemos de forma alguma, mas que, se o fizermos, como cristãos nós podemos confessar e Deus “perdoará os nossos pecados e nos purificará de toda injustiça” (1 João 1: 9, RSV)

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