Capítulo 1— Lidando com a culpa

Prejudica as forças vitais

Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. A Ciência do Bom Viver, 241.

Como libertar-se

Esse sentimento de culpa tem de ser deposto ao pé da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: Lance tudo sobre Mim.

Eu levarei seu pecado. Dar-lhe-ei paz. Não destrua por mais tempo seu respeito próprio, pois Eu resgatei você com o preço do Meu próprio sangue. Você Me pertence, sua vontade enfraquecida Eu fortalecerei; seu remorso pelo pecado Eu removerei.

Portanto, volva seu grato coração, tremendo de incerteza, e agarre-se à esperança colocada à sua frente. Deus aceita seu coração quebrantado e contrito. Ele lhe oferece livre perdão. Ele quer adotar você e conceder-lhe graça para ajudar em sua fraqueza, e o amado Jesus conduzirá você passo a passo, se tão-somente puser sua mão na dEle e se entregar à Sua direção. – Carta 38, 1887.

Jesus dá o perdão

Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a pensar em nossa degeneração. Mas ainda que Jesus veja a culpa Ele pronuncia o perdão; e nós não O devemos desonrar duvidando de Seu amor. — Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 518.

Amor que liberta

O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital—o cérebro, o coração, os nervos—esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a pessoa da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vem com ele serenidade e compostura. Implanta na vida uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir—a alegria no Espirito Santo, alegria que comunica saúde e vida. — A Ciência do Bom Viver

O maior Salvador

Se você se julga o maior dos pecadores, e de Cristo exatamente que você necessita — o maior Salvador. Levante a cabeça e olhe para fora de si mesmo, para além de seu pecado, para o Salvador erguido na cruz; fora da venenosa e mortal picada da serpente, para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. — Carta 98, 1893.

Ele dá descanso

Ele carregou o fardo de nossa culpa. Ele tomara o peso de nossos cansados ombros. Ele nos dará descanso. O fardo de cuidado e aflição, Ele o conduzira também. Convida-nos a lançar sobre Ele toda a nossa solicitude; pois nos traz em Seu coração. — A Ciência do Bom Viver, 71.

Não há pecado insignificante

Deus não considera todos os pecados igualmente graves; há aos Seus olhos, como aos do homem, gradações de culpa; por mais insignificante, porém, que este ou aquele mau ato possa parecer aos olhos humanos, pecado algum é pequeno a vista de Deus. O juízo do ser humano é parcial, imperfeito; mas Deus avalia todas as coisas como são na realidade. O beberrão é desprezado, e diz-se-lhe que seu pecado o excluíra do Céu; ao passo que o orgulho, o egoísmo e a cobiça muitas vezes não são reprovados. No entanto, esses são pecados especialmente ofensivos a Deus, pois são contrários a benevolência de Seu caráter e aquele desinteressado amor que é a própria atmosfera do Universo não caído. A pessoa que cai em algum pecado grosseiro sente, talvez, sua vergonha e miséria, e sua necessidade da graça de Cristo; mas o orgulhoso não sente necessidade alguma, e assim fecha o coração a Cristo e às infinitas bençãos que veio conceder. — Caminho a Cristo, 30.

Aproximacao positiva

Ninguém jamais se torna melhor pela denúncia e recriminação. Falar de sua culpa a uma pessoa tentada de modo algum lhe incute a resolução de ser melhor. É necessário encaminhar os errantes, desanimados, para Aquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos os que dEle se aproximam. Deve-se mostrar a pessoa o que ela pode se tornar. Dizer-lhe que não há nela coisa alguma que a recomende a Deus, mas que Cristo morreu por ela a fim de que possa ser aceita no Amado. Inspirar-lhe esperança, mostrando-lhe que na força de Cristo pode proceder melhor. Vamos apresentar-lhe as possibilidades que lhe pertencem. Apontar-lhe as alturas que pode alcançar. Ajudá-la a apegar-se a misericórdia do Senhor, a confiar em Seu poder de perdoar. Jesus está a espera de toma-la pela mão, desejoso de dar-lhe poder para levar uma vida nobre, virtuosa. — Manuscrito 2, 1903.

Satanás e o sentimento de culpa

O povo de Deus e aqui [em Zacarias, cap. 3] representado como delinquente, em juízo. Josué, como sumo sacerdote, pede uma benção para seu povo, que está em grande aflição. Enquanto suplica a Deus, Satanás está a sua direita, como antagonista. Acusa os filhos de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto possível.

Expõe ao Senhor seus pecados e faltas. Aponta seus erros e fracassos, esperando que pareçam aos olhos de Cristo num caráter tal que não lhes prestará auxílio em sua grande necessidade. Josué, como representante do povo de Deus, está sob condenação, cingido de vestes imundas. Consciente dos pecados de seu povo, está opresso de desânimo. Satanás oprime sua vida com um sentimento de culpa que o faz quase perder a esperança. Apesar disso, ali permanece como suplicante, com satanás disposto contra ele. —Parábolas de Jesus, 166 e 167.

Efeitos da crença num inferno perene

Tenho pensado que muitos internados em asilos de loucos foram para ali levados por experiências semelhantes à minha. Sua consciência foi abalada por um senso de pecado, e sua tremente fé não ousava suplicar de Deus o prometido perdão. Ouviam as descrições populares do inferno até que parecia coagular o próprio sangue das veias, e gravar com fogo uma impressão nas placas da memória.

Andando ou dormindo, o terrível quadro estava sempre presente, até que a realidade se perdia na imaginação, e eles só viam a rodeá-los as chamas de fabuloso inferno, e só ouviam os gritos dos condenados.

A razão fora destronada, e o cérebro se enchera da confusa fantasia de um sonho terrível. Os que ensinam a teoria de um inferno perene deveriam examinar com mais atenção seus fundamentos para manter crença tão cruel.— Testemunhos para a Igreja 1:25 e 26.

Crises podem indicar a Fonte da força

Deus muitas vezes leva os homens a uma crise para mostrar-lhes sua fraqueza e apontar-lhes a fonte da forca. Se orarem e vigiarem em oração, lutando com bravura, seus pontos fracos se transformarão em pontos fortes. A experiencia de Jacó encerra valiosas lições para nós. Deus ensinou a Jacó que em sua própria força jamais alcançaria a vitória; que teria de lutar com Deus, em busca de forças do alto.— Manuscrito 2, 1903.

Lembrar-se da graça de Cristo

Quando, depois de seu pecado de enganar a Esaú, Jacó fugiu do lar paterno, ficou abatido pela consciência da culpa. Solitário e desterrado como se achava, separado de tudo que lhe poderia ter tornado preciosa a vida, o pensamento que, acima de todos os outros, lhe oprimia a consciência era o temor de que seu pecado o alienara de Deus e de que fora rejeitado pelo Céu.

Com tristeza, deitou-se para repousar sobre a terra nua, tendo em volta de si apenas as solitárias montanhas e, acima, o céu resplandecente de estrelas. Quando dormia, estranha luz lhe feriu a vista: eis que, do plano em que estava deitado, amplos e sombreados degraus pareciam erguer-se até as próprias portas do Céu, e sobre eles anjos de Deus subiam e desciam; enquanto, da gloria acima, ouviu a voz de Deus em uma mensagem de conforto e esperança.

Assim foi revelado a Jacó o que lhe poderia satisfazer sua necessidade e anseios mais profundo—um Salvador. Com satisfação e gratidão viu revelado um meio pelo qual ele, pecador, poderia ser restituído a comunhão com Deus. A escada de seu sonho representava Jesus, o único meio de comunicação entre Deus e o homem. — Caminho a Cristo, 19 e 20. [14]

Origem de muitas doenças

O paralítico encontrou em Cristo cura tanto para o corpo como para a mente. A cura espiritual foi seguida da restauração física.

Essa lição não deve ser esquecida. Existem hoje milhares de vítimas de sofrimentos físicos que, como o paralitico, estão anelando a mensagem: “Perdoados estão os teus pecados.” Marcos 2:5. O fardo do pecado, com seu desassossego e desejos insatisfeitos, é a causa de suas doenças. Não podem encontrar alivio enquanto não forem até o Médico por excelência. A paz que unicamente Ele pode dar comunica vigor a mente e saúde ao corpo. — O Desejado de Todas as Nações, 270.

Ignorância não remove culpa

Soubessem eles que estavam torturando Aquele que viera salvar da eterna ruína a raça pecadora, e ter-se-iam possuído de remorso e horror. Sua ignorância, porém, não lhes tirava a culpa; pois era seu privilégio conhecer e aceitar a Jesus como seu Salvador. —O Desejado de Todas as Nações, 744.

Desculpar o pecado não soluciona

Não devemos procurar diminuir nossa culpa desculpando o pecado. Cumpre-nos aceitar a divina avaliação do pecado, e ela é muito pesada. Unicamente o Calvário pode revelar a terrível enormidade do pecado. Caso tivéssemos de suportar nossa própria culpa, ela nos esmagaria. Mas o Inocente tomou-nos o lugar; embora não o merecesse, Ele carregou a nossa iniquidade. “Se confessarmos os nossos pecados”, Deus “é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 João 1:9. —  O Maior Discurso de Cristo, 101.

Pessoas humildes reconhecem a culpa

Os que não humilharam o coração perante Deus, em reconhecimento de sua culpa, não cumpriram ainda a primeira das condições de aceitação. Se não experimentamos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos nosso pecado com verdadeira humilhação e contrição de espírito, detestando nossa iniquidade, nunca na verdade procuramos o perdão dos pecados; e se nunca procuramos, nunca encontramos a paz de Deus. A única razão por não termos a remissão dos pecados passados é não estarmos dispostos a humilhar nosso orgulhoso coração e cumprir as condições da Palavra da verdade. Deu-se explicita instrução acerca desse assunto. A confissão do pecado, quer público quer particular, deve ser de coração e expressa francamente. Não deve ser extorquida do pecador. Não deve ser feita de maneira leviana e descuidada, nem forcada aos que não têm a compreensão do caráter repugnante do pecado. A confissão misturada com lagrimas e tristeza, que e o desabafo do intimo da alma, encontra caminho para o Deus de infinita piedade. Diz o salmista: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito. Salmo 34:18. — Testemunhos para a Igreja 5, pág. 636 e 637.

Abandonar o pecado é fundamental

E neste ponto que você se sujeita a condenação, ao continuar pecando. Pelo poder de Cristo, deve cessar de pecar. Todas as providencias foram tomadas para que a graça habite em você e o pecado se torne aquela coisa odiosa que de fato é: o pecado. “Se… alguém pecar”, não deve se entregar ao desespero e falar como um homem perdido para Cristo.— Carta 41, 1893.

Deus perdoa a todos os que O buscam

Deus com justiça condena a todos que não aceitam a Cristo como o seu Salvador pessoal, mas perdoa a todos que dEle se aproximam com fé, e os habilita a fazerem a obra de Deus e, pela fé, estarem unidos com Cristo. … O Senhor tomou todas as providencias para que o homem tenha salvação plena e livre, e seja completo em Cristo. Deus deseja que Seus filhos sintam os brilhantes raios do Sol da justiça, que todos possam ter a luz da verdade. Por um preço infinito Deus proveu a salvação ao mundo—o preço do dom de Seu Filho unigênito. O apostolo perguntou: “Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes, O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?” Romanos 8:32.

Portanto, se não formos salvos, a culpa não será de Deus, mas nossa, porque deixamos de cooperar com os agentes divinos. Nossa vontade  divergiu da vontade de Deus. — Mensagens Escolhidas 1, pág. 375.

Esperança para todos

Ninguém tem necessidade de se entregar ao desanimo e desespero. satanás pode até se aproximar com a cruel sugestão: “Não há esperança para o seu caso. Você não pode ser redimido.” Mas a verdade é que há, em Cristo, esperança para você. Deus não nos manda vencer através de nossas próprias forças. Pede, sim, que estreitemos o relacionamento com Ele. Não importa quais as dificuldades que estejam pesando sobre nosso corpo ou mente, Ele pode nos libertar. — A Ciência do Bom Viver, 249.

Muitos existem, porém, que tornam duplamente pesados os fardos da vida por estarem continuamente antecipando aflições. Entretanto não precisa ser assim. Custara um decidido esforço mudar a corrente de seus pensamentos. Mas essa mudança pode acontecer.

Ansiedade — Forma de desassossego, pela expectativa de algo, geralmente associado ao medo. Alguns estudiosos consideram o termo um sinônimo de angústia.

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