Conversando com o Pastor Jurandir sobre a Religião Babilônica

Transcrição:

Localizada na região do rio Eufrates, onde atualmente encontra-se o Iraque, Babilônia foi um dos grandes Impérios Mundiais, tendo sua cidade principal sendo citada pela primeira vez em Gênesis 11, sob o nome de Babel. Sua religião era politeísta, mas também pode ser descrita como polidemoníaca, uma vez que atribuíam tudo à magia e aos demônios. Na visão babilônica, os seres humanos foram criados para servir aos deuses.

No topo da hierarquia divina da religião babilônica estava o deus Anu, o deus do céu, Enlil, o deus do ar e Hadad, o deus do clima. Subordinados a esses deuses estava a tríade de deuses astrais: Sin, o deus lua; seu filho Shamash, o deus sol; e sua filha, o planeta Venus, cujos nomes eram Ishtar e Inanna. Ela era frequentemente representada cavalgando uma besta sagrada com aparência de leão. A terceira tríade consistia de Ea ou Enki, o deus do submundo; Marduk, filho de Ea; e o filho de Marduk, Nabu ou Nebo, o deus da arte de da escrita. Abaixo desses três grupos de deuses havia centenas de deidades. O deus patrono da cidade de Babilônia era Marduk, o deus da sabedoria, cujo nome popular era Bel (senhor). Ele era frequentemente representado carregando uma pá e acompanhado de seu animal de estimação, Mus-hussu (Mušḫuššu).

Este monstro mítico era descrito na forma de um dragão híbrido com escamas cobrindo seu corpo, dois chifres, pernas de gato e pássaro, com uma cauda com um ferrão de escorpião. A cidade babilônica tinha cerca de 16 templos, incluindo a estrutura chamada de Etemenanki, que acredita-se ser o templo mais antigo da Terra, e Esagila, o templo dedicado à cidade do deus patrono, Marduk. Além disso, Babilônia continha 43 centros de culto e cerca de 900 capelas. Uma das ruas, localizada na proximidade de Esagila, era chamada de “Que Deus é semelhante a Marduk!” (Ayu ilu ki Marduk em Acadiano), testificando a presença de fortes sentimentos religiosos entre a população da cidade e seus sacerdotes.

Alguns dos templos babilônicos eram construídos no formato da pirâmide de degraus mesopotâmica (zigurate), levando os pensamentos de seus adoradores em uma subida em sua escada para o céu. Em alguns templos, o altar onde os sacrifícios eram regularmente oferecidos eram localizados na base da escadaria. Na maioria das vezes, ficava no topo. O dia mais importante no calendário político e religioso da Babilônia era o primeiro mês (Nisanu) do ano. Nesse dia, novos reis eram inaugurados e a famosa procissão de deuses acontecia, que era o ponto alto de uma cerimônia conhecida como festival Akitu. A procissão começava dos portões de Ishtar e prosseguia até Esagila, onde no quinto dia da cerimônia o sumo sacerdote entrava primeiro, seguido, quando um novo rei era inaugurado, pelo aspirante real, que ainda não estava usando seu manto real. O rei se ajoelhava diante da imagem de Marduk.

Então lhe batiam na face para que suas lágrimas aprimorassem suas confissões diante do sumo sacerdote e na presença da imagem do deus de Babilônia. Após essa cerimônia, o novo rei era oficialmente reconhecido como o governador legítimo em Babilônia, e seu primeiro ano de reinado era contado a partir de então. Este ritual claramente mostra o poder que os sacerdotes exerciam em nome dos deuses da Babilônia e que frequentemente sua autoridade excedia a do rei. Os oráculos dos profetas bíblicos escarneciam da procissão dos deuses, fossem ao longo da Rua das Procissões ou nos barcos flutuando no rio Eufrates.

Os profetas diziam que, em contraste com o Deus de Israel, Yahweh, que conduziu seu povo através do deserto “como um pai carrega seu filho” (Deuteronômio 1:31), os ídolos da Babilônia “eram carregados por bestas de carga” (Isaías 46:1) (Bel e Nebo, os deuses da Babilônia, se curvam enquanto são postos no chão. São transportados em carros de boi, e os pobres animais tropeçam por causa do peso; NVT). Uma vez que nem podiam andar, “são tolos os que levam consigo seus ídolos de madeira e oram a deuses que não podem salvar!” (Isaías 45:20). Trecho traduzido livremente de Daniel – Wisdom to the Wise – Zdravko Stefanovic Imagens: Acervo do Museu Britânico e Museu do Louvre”

Tradução: Pastor Jurandir Gouveia

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