O Deus de Paz: Salmo 23 – por Charles Allen

Proponho a vocês uma meditação sequencial de seis dias tendo como base o livro “A Psiquiatria de Deus” escrito pelo pastor Charles L. Allen. É uma reflexão sobre Deus através do maravilhoso Salmo 23. 

 A mensagem deste poema nunca envelhece. São palavras vivas e não letras mortas como muitos pretendem ao dizer que a Bíblia não contém verdades para a humanidade. Este Salmo de Davi composto como uma expressão da sua experiência pessoal como pastor de ovelhas antes de tornar-se um grande guerreiro e o rei de uma grande nação, revela a percepção de um homem quanto a sua relação com Deus e a relação Deste com o Seu povo: o pastor conhece suas ovelhas, cuida delas e as protege. As ovelhas confiam em seu pastor e o seguem confiantes.

Quando era adolescente li esse livro do qual sempre me lembro em meus momentos difíceis. Nele o pastor Charles L. Allen, analisa o Salmo 23 e dá uma receita maravilhosa para nos ajudar a vencer as doenças da alma: a ansiedade, a solidão, a depressão, a insegurança, o medo, a tristeza…

“O Salmo 23 é uma fórmula pela qual podemos modelar nosso pensamento. Quando saturamos a mente com as verdades nele encontradas, adquirimos um novo modo de pensar, uma nova forma de vida. […] Qualquer um pode memorizá-lo facilmente em pouco tempo. E, realmente, muitas pessoas o sabem de cor. Contudo, o poder deste salmo não está em memorizar as palavras e, sim, em meditar nos pensamentos que ele contêm.”

“O Deus do Antigo Testamento talvez seja o personagem mais desagradável da ficção: ciumento, e com orgulho; controlador mesquinho, injusto e intransigente; genocida étnico e vingativo, sedento de sangue; perseguidor misógino, homofóbico, racista, infanticida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, malévolo.”(DAWKINS, Richard. Deus, um delírio (São Paulo: Companhia das Letras. 2007), p. 55.)

Dawkins não somente se equivoca neste seu conceito sobre Deus, como prova que de Deus ele não entende nada! A verdade é que enquanto ele se desgasta em sua “cruzada” contra a religião e contra Deus ele impede a si mesmo de experimentar as bênçãos que têm os que confiam em Jesus Cristo e aceitam Seu sacrifício. Combater Deus não é um fato isolado, independente, faz parte do grande plano do Agente do Mal, o pai da mentira, daquele que odeia Deus e o ser humano. E que para atacar Deus nos fere, pois sabe o quanto Ele nos ama e Se machuca ao nos ver sofrer. Você pode ler mais sobre o conflito entre o Bem e o Mal aqui

Eu creio na história da cruz do calvário. E segundo a Bíblia, que é o livro por excelência para falar de Deus, esse personagem de Dawkins faz parte dos seus próprios delírios. O Deus dos cristãos é de paz apesar de ser identificado como o Senhor dos exércitos. É DEle que emana o maior de todos os amores. É verdade que a Bíblia encerra uma narrativa com histórias de derramamentos de sangue, mas eu gostaria de lhe dizer que o próprio Deus foi “vítima” dessa história de amor com aroma de espinhos. 

Com este salmo Davi nos mostra que Deus é o Bom Pastor, que ama tanto Suas ovelhinhas que por elas é capaz de dar a própria vida e que por isso, está sempre próximo e atento às suas necessidades. Certamente teríamos um debate muito interessante entre Davi e Dawkins!

“Existe uma historieta – não sei qual a sua origem — de um rapaz e um senhor idoso que se encontravam numa plataforma, diante de um grande auditório. Estava-se realizando um programa especial. Numa parte dele, os dois tinham de dizer o Salmo 23 de cor. O jovem, que conhecia as técnicas da oratória e do drama, falou o salmo com a eloquência de um grande orador. […] Quando ele terminou, a plateia aplaudiu entusiasticamente, pedindo bis, para ter o prazer de apreciar novamente sua maravilhosa interpretação. Depois foi a vez do outro. Apoiando-se pesadamente sobre sua bengala, o velhinho encaminhou-se para a frente da plataforma, e com voz fraca e trêmula, repetiu as mesmas palavras: “O Senhor é o meu pastor…”

Quando ele se assentou, os ouvintes permaneceram em profundo silêncio. Todos pareciam estar em atitude de oração. O jovem se levantou, e disse o seguinte: “Amigos, quero dar uma explicação. vocês bisaram a minha declamação do salmo, mas ficaram em silêncio depois que meu amigo terminou. Por que? Vou lhes dizer: eu conheço bem o salmo, mas ele conhece o Pastor.”

Talvez esta imagem do pastor com o seu rebanho não tenha grande significado para os habitantes das grandes cidades. Entretanto, nunca o povo da terra se pareceu tanto com um bando de ovelhas assustadas, como atualmente. Os governos das nações estão receosos uns dos outros. As pessoas tem receio do governo, de outras pessoas e de si mesmas. […] ” Este salmo “ensina que, acima de todas as lutas e temores, acima das fomes e fraquezas da humanidade, há um Pastor.

E um Pastor que conhece suas ovelhas uma por uma, um Pastor que é amplamente capaz de atender a todas as suas necessidades; que guia e protege, e que, ao fim da jornada, lhes abrirá a porta do aprisco, daquela casa “não feita por mãos”. 

Quando se achava no Pólo sul, o Almirante Byrd descobriu, de repente, que apesar da quietude ao redor, ele não estava sozinho. Esta sensação fez com que a fé brotasse em seu coração, e, embora estivesse “no lugar mais frio da terra”, ele sentiu o calor de uma presença reconfortante. 

O Salmo 23 nos dá este mesmo senso de segurança. É por isso que ele permanece vivo no coração de todas as gentes, qualquer que seja o credo ou raça.” (Charles Allen)  

Dia: O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará.

2º Dia: Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso;

3º Dia: Refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

4º Dia: Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.

5º Dia: Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.

6º Dia: Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.

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