Compartilhar é uma Via de Mão Dupla

Por George Knight

Fonte: Caminhando com Paulo através de Romanos

“Isto lhes pareceu bem, e de fato lhes são devedores. Porque, se os gentios têm sido participantes dos valores espirituais dos judeus, devem também servi-los com bens materiais.” Romanos 15:27.

Paulo reforça a ideia de que os crentes gentios ficavam “felizes” em ajudar seus parentes judeus no evangelho. Claro, o apóstolo, como demonstrado em sua correspondência aos coríntios, pressionou para coletar essas ofertas. Mas essa persuasão não quer dizer que os gentios não ficaram felizes quando finalmente cumpriram seu dever. Em vez disso, ilustra o fato, como diz W. H. Griffith Thomas, de que “comunhão significa mais do que alegria; implica esforço e, se necessário, abnegação”.

Os gentios tinham bons motivos para se sacrificarem pelos judeus. Afinal, eles aprenderam o evangelho com eles. Paulo afirmou anteriormente em Romanos que as promessas de Deus vieram por meio de Abraão e seus descendentes (4:13). Além disso, como Paulo repetidamente lembrou a seus leitores, as Escrituras prometem um Salvador, que emergiu da linhagem judaica. Israel era realmente a árvore na qual os gentios foram enxertados (11:7-24). Além disso, como mostra Atos, foram as comunidades judaico-cristãs que começaram a enviar missionários aos gentios, e geralmente era um grupo de crentes judeus que formava o núcleo de cada nova congregação que se assentava nos lugares onde Paulo trabalhava.

Os gentios receberam muito dos judeus. Na verdade, sem os judeus, eles não teriam ouvido a mensagem do evangelho. Com isso em mente, não é de se admirar que Paulo declarou sem preâmbulo que os gentios eram “devedores” dos judeus. Os judeus haviam compartilhado suas bênçãos espirituais com os gentios. Portanto, era justo que os gentios compartilhassem suas bênçãos com eles. Paulo diz que compartilhar entre os cristãos é uma via de mão dupla.

Para Paulo, a aceitação judaica das ofertas dos gentios carregava um significado ainda mais profundo. A igreja cristã mudou rapidamente nos poucos anos de sua existência. Tendo começado quase como um adjunto do judaísmo, seus membros rapidamente se tornaram em grande parte gentios, com Paulo como seu principal missionário. Receber um presente monetário dos gentios das mãos de Paulo significaria a aceitação da nova situação entre eles. Com um assunto tão importante em mente, Paulo pede as orações dos romanos em seu favor enquanto viaja para a Judeia (Romanos 15:30). Acima de tudo, ele esperava que sua missão ali resultasse em paz e unidade.

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