Não Duvide Jamais do Amor de Deus

Senhor, como amei escutar essas palavras do pastor David Wilkerson! Como é real cada palavra que ele disse.  Se você tem a intenção de não assistir o vídeo sugiro que desista. Há uma grande verdade anunciada nele. Verdade que você precisa ouvir com os ouvidos da mente.


Como cristã eu não deveria…  você não deveria, mas é uma grande verdade. Muitos cristãos não acreditam no amor de Deus, pelo menos não tanto quanto afirmam. Se aceitamos Seu amor, por que o medimos a partir de nós e não Dele mesmo, que é o sujeito desse amor? Olhamos nossos pecados, os maiores são sempre a referência de medição, e dizemos: Ele não me perdoará… foi feio, foi grave, o que fiz! Esquecemos muito facilmente o que escrito está: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, […]” (Romanos 5:20) 
O primeiro passo então é reconhecermos que o amor de Deus não provém de nossa bondade, nossa moral, nossa espiritualidade, mas DEle mesmo! Seu amor repousa em Sua própria essência. É, portanto, incondicional e imortal como Ele É. Deus absoluto, Onipotente e Onipresente. 
A verdade do amor incondicional de Deus se expressa com mais firmeza exatamente quando a queda é mais profunda. Paradoxalmente, é quando nos percebemos indignos que aflora em nós o discernimento desse amor tão constrangedor. 
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos;” (2 Coríntios 5:14) 
A cruz de Cristo nos trouxe paz. Uma cruz que não se resume num madeiro, mas num trono renunciado, na renunciada companhia do Pai e de Seus servos celestiais. Uma cruz que se chama bofetadas, humilhações, cusparada, rejeição, escárnio, açoites e traição. 
Quando pensamos nas tentações de Cristo nos vêem à mente as três tentações tão conhecidas por todos nós: as tentações no deserto. Mas, estão as tentações de Cristo resumidas apenas àquelas do deserto? Não penso assim. 
Gostaria de compartilhar alguns textos relacionados ao tema e algumas reflexões pessoais. Lendo o livro O Desejado de Todas as Nações, escrito por Ellen White deparei-me com o capítulo “A Tentação”. Diz a autora: 
“E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lucas 4:1) As palavras de Marcos são ainda mais significativas. Diz ele: “E logo o Espírito O impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras” (Marcos 1:12 e 13). “E naqueles dias não comeu coisa alguma” (Lucas 4:2).
Quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, foi levado pelo Espírito de Deus. Não convidou a tentação. Foi para o deserto para estar sozinho, a fim de considerar Sua missão e obra. Por jejum e oração Se devia fortalecer para a sangrenta vereda que Lhe cumpria trilhar. Mas Satanás sabia que Jesus fora para o deserto, e julgou ser essa a melhor ocasião de se Lhe aproximar.
Momentosos eram, para o mundo, os resultados em jogo no conflito entre o Príncipe da Luz e o líder do reino das trevas. Depois de tentar o homem a pecar, Satanás reclamou a Terra como sua, e intitulou-se príncipe deste mundo. Havendo levado os pais de nossa raça à semelhança com sua própria natureza, julgou estabelecer aqui seu império. Declarou que os homens o haviam escolhido como seu soberano. Através de seu domínio sobre os homens, adquiriu império sobre o mundo. Cristo viera para desmentir a pretensão de Satanás. Como Filho do homem, o Salvador permaneceria leal a Deus. Assim se provaria que Satanás não havia adquirido inteiro domínio sobre a raça humana, e que sua pretensão ao mundo era falsa. Todos quantos desejassem libertação de seu poder seriam postos em liberdade. O domínio perdido por Adão em conseqüência do pecado seria restaurado.
Desde a declaração feita à serpente no Éden: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a sua semente e a tua semente” (Gênesis 3:15), Satanás ficara sabendo que não manteria absoluto controle do mundo. Manifestava-se nos homens a operação de um poder que contrabalançaria seu domínio. Fundamente interessado, observava ele os sacrifícios oferecidos por Adão e seus filhos. Discernia nessas cerimônias um símbolo de comunhão entre a Terra e o Céu. Aplicou-se a interceptar essa comunhão. Desfigurou a Deus, e deu falsa interpretação aos ritos que apontavam ao Salvador. Os homens foram levados a temer a Deus como um Ser que Se deleitasse na destruição deles. Os sacrifícios que deveriam haver revelado Seu amor, eram oferecidos apenas para Lhe acalmar a ira. Satanás despertava as más paixões dos homens, a fim de firmar sobre eles o poder. Quando foi dada a Palavra escrita de Deus, Satanás estudou as profecias concernentes ao advento do Salvador. De geração a geração operou no intuito de cegar o povo para essas profecias, de modo a rejeitarem a Cristo em Sua vinda.
Por ocasião do nascimento de Jesus, Satanás compreendeu que viera Alguém, divinamente comissionado, para lhe disputar o domínio. Tremeu, ante a mensagem dos anjos que atestava a autoridade do recém-nascido Rei. Satanás bem sabia a posição ocupada por Cristo no Céu, como o Amado do Pai. Que o Filho de Deus viesse à Terra como homem, encheu-o de assombro e apreensão. Não podia penetrar o mistério desse grande sacrifício. Sua alma egoísta não compreendia tal amor pela iludida raça.
A glória e a paz do Céu, e a alegria da comunhão com Deus, não eram senão fracamente percebidas pelos homens; mas bem as conhecia Lúcifer, o querubim cobridor. Desde que perdera o Céu, estava decidido a vingar-se levando outros a partilhar de sua queda. Isso faria ele induzindo-os a desvalorizar as coisas celestiais, e a pôr o coração nas terrestres. 
Não sem obstáculos, devia o Comandante celestial conquistar a humanidade para Seu reino. Desde criancinha, em Belém foi continuamente assaltado pelo maligno. A imagem de Deus era manifesta em Cristo, e, nos conselhos de Satanás, se decidiu que fosse vencido. Não viera ainda ao mundo algum ser humano que escapasse ao poder do enganador. Foram-Lhe soltas no encalço as forças da confederação do mal, empenhando-se contra Ele, no intuito de, se possível, vencê-Lo. 
Quando do batismo de Cristo, Satanás achava-se entre os espectadores. Viu a glória do Pai cobrir o Filho. Ouviu a voz de Jeová testificando da divindade de Jesus. Desde o pecado de Adão, estivera a raça humana cortada da direta comunhão com Deus; a comunicação entre o Céu e a Terra fizera-se por meio de Cristo; mas agora, que Jesus viera “em semelhança da carne do pecado” (Romanos 8:3), o próprio Pai falou. Dantes, comunicara-Se com a humanidade por intermédio de Cristo; fazia-o agora em Cristo. Satanás esperara que, devido ao aborrecimento de Deus pelo pecado, se daria eterna separação entre o Céu e a Terra. Era, no entanto, agora manifesto que a ligação entre Deus e o homem fora restaurada. 
Satanás viu que, ou venceria, ou seria vencido. Os resultados do conflito envolviam demasiado para ser ele confiado aos anjos confederados. Ele próprio devia dirigir em pessoa o conflito. Todas as forças da apostasia se puseram a postos contra o Filho de Deus. Cristo Se tornou o alvo de todas as armas do inferno. 
Muitos há que não consideram esse conflito entre Cristo e Satanás como tendo relação especial com sua própria vida; pouco interesse tem para eles. Mas, essa luta repete-se nos domínios de cada coração. Ninguém abandona jamais as fileiras do mal para o serviço de Deus, sem enfrentar os assaltos de SatanásAs sedutoras sugestões a que Cristo resistiu, foram as mesmas que tão difícil achamos vencer. A pressão que exerciam sobre Ele era tanto maior, quanto Seu caráter era superior ao nosso. Com o terrível peso dos pecados do mundo sobre Si, Cristo suportou a prova quanto ao apetite, o amor do mundo e da ostentação, que induz à presunção. Foram essas as tentações que derrotaram Adão e Eva, e tão prontamente nos vencem a nós. 
Satanás apontara o pecado de Adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não podia ser obedecida. Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falha de Adão. Quando este fora vencido pelo tentador, entretanto, não tinha sobre si nenhum dos efeitos do pecado. Encontrava-se na pujança da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor da mente e do corpo. Achava-se circundado das glórias do Éden, e em comunicação diária com seres celestiais. Não assim quanto a Jesus, quando penetrou no deserto para medir-Se com Satanás. Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação. 
Pretendem muitos que era impossível Cristo ser vencido pela tentação. Neste caso, não teria sido colocado na posição de Adão; não poderia haver obtido a vitória que aquele deixara de ganhar. Se tivéssemos, em certo sentido, um mais probante conflito do que teve Cristo, então Ele não estaria habilitado para nos socorrer. Mas nosso Salvador Se revestiu da humanidade com todas as contingências da mesmaTomou a natureza do homem com a possibilidade de ceder à tentação. Não temos que suportar coisa nenhuma que Ele não tenha sofrido. Para Cristo, como para o santo par no Éden, foi o apetite o terreno da primeira grande tentaçãoExatamente onde começara a ruína, deveria começar a obra de nossa redençãoComo, pela condescendência com o apetite, caíra Adão, assim, pela negação do mesmo, devia Cristo vencer. “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:2-4)
Do tempo de Adão ao de Cristo, a condescendência própria havia aumentado o poder dos apetites e paixões, tendo eles domínio quase ilimitado. Os homens se haviam aviltado e ficado doentes, sendo-lhes, de si mesmos, impossível vencer. Cristo venceu em favor do homem, pela resistência à severíssima prova. Exercitou, por amor de nós, um autodomínio mais forte que a fome e a morte. E nessa vitória estavam envolvidos outros resultados que entram em todos os nossos conflitos com o poder das trevas.
Quando Jesus chegou ao deserto, estava rodeado da glória do Pai. Absorto em comunhão com Deus, foi erguido acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e Ele foi deixado a lutar com a tentação. Ela O apertava a todo instante. Sua natureza humana recuava do conflito que O aguardava. Durante quarenta dias, jejuou e orou. Fraco e emagrecido pela fome, macilento e extenuado pela angústia mental, “o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens” (Isaías 52:14). Era então a oportunidade de Satanás. Julgou poder agora vencer a Cristo.
Eis que foi ter com o Salvador, como em resposta a Suas orações, disfarçado num anjo do Céu. Pretendia ter uma missão de Deus, declarar que o jejum de Cristo chegara ao termo. Como Deus enviara um anjo para deter a mão de Abraão de oferecer Isaque, assim, satisfeito com a prontidão de Cristo para entrar na sangrenta vereda, o Pai mandara um anjo para O libertar; era essa a mensagem trazida a Jesus. O Salvador desfalecia de fome, ambicionava o alimento, quando Satanás O assaltou de repente. Apontando para as pedras que juncavam o deserto, e tinham a aparência de pães, disse o tentador: “Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães” (Mateus 4:3).
Conquanto aparecesse como um anjo de luz, essas primeiras palavras traíam-lhe o caráter. “Se Tu és o Filho de Deus”. Aí está a insinuação de desconfiança. Desse Jesus ouvidos à sugestão de Satanás e seria isso uma aceitação da dúvida. O tentador planeja vencer a Cristo pelo mesmo processo tão bem-sucedido quanto à raça humana ao princípio. Com que astúcia se aproximara Satanás de Eva no Éden! “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” (Gênesis 3:1). Até aí eram verdadeiras as palavras do tentador; na maneira de as proferir, porém, havia disfarçado desprezo pelas palavras de Deus. Havia encoberta negação, uma dúvida da veracidade divina. Satanás procurara infundir no espírito de Eva a ideia de que Deus não faria aquilo que dissera; que a retenção de tão belo fruto era uma contradição de Seu amor e compaixão para com o homem. Da mesma maneira procura agora o tentador inspirar a Cristo seus próprios sentimentos. “Se Tu és o Filho de Deus.” 
As palavras traduzem a mordacidade de seu espírito. Há no tom de sua voz uma expressão de completa incredulidade. Trataria Deus assim a Seu Filho? Deixá-Lo-ia no deserto com as feras, sem alimento, sem companheiros, sem conforto? Insinua que Deus nunca intentaria que Seu Filho Se achasse em tal condição. “Se Tu és o Filho de Deus”, mostra Teu poder, mitigando a fome que Te oprime. Manda que esta pedra se torne em pão.
As palavras do Céu: “Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mateus 3:17), soavam ainda aos ouvidos de Satanás. Mas ele estava decidido a fazer Cristo descrer desse testemunho. A Palavra de Deus era a segurança de Cristo quanto à divindade de Sua missão. Viera viver como homem entre os homens, e era a palavra que declarava Sua ligação com o Céu. Era o desígnio de Satanás fazê-Lo duvidar dessa palavra. Se a confiança de Cristo em Deus fosse abalada, Satanás sabia que lhe caberia a vitória no conflito. Poderia derrotar Jesus. Esperava que, sob o império do acabrunhamento e de extrema fome, Cristo perdesse a fé em Seu Pai, e operasse um milagre em Seu benefício. Houvesse Ele feito isso, e ter-se-ia frustrado o plano da salvação.
[…] Um ser divino devia ser capaz de comprovar sua pretensão mediante um milagre; “se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães” (Mateus 4:3) […].
Não foi sem luta que Jesus pôde escutar em silêncio o arquienganador. O Filho de Deus, no entanto, não devia provar Sua divindade a Satanás, ou explicar-lhe a causa de Sua humilhação. Atendendo às exigências do rebelde, não se conseguiria coisa alguma para o bem do homem ou a glória de Deus. Houvesse Cristo concordado com as sugestões do inimigo, e Satanás teria dito ainda: “Mostra-me um sinal, para que eu creia que és o Filho de Deus”. A prova teria sido inútil para quebrar o poder da rebelião no coração dele. E Cristo não devia exercer poder divino em Seu próprio benefício. Viera para sofrer a prova como nos cumpre a nós fazer, deixando-nos um exemplo de fé e submissão. Nem aí, nem em qualquer ocasião, em Sua vida terrestre, operou ele um milagre em Seu favor. Suas maravilhosas obras foram todas para o bem dos outros. Se bem que Cristo reconhecesse Satanás desde o princípio, não foi incitado a entrar com ele em discussão. Fortalecido com a lembrança da voz do Céu, descansou no amor de Seu Pai. Não parlamentaria com a tentação.
Jesus enfrentou Satanás com as palavras da Escritura. “Está escrito” (Mateus 4:4), disse Ele. Em toda tentação, Sua arma de guerra era a Palavra de Deus. Satanás exigia de Jesus um milagre, como prova de Sua divindade. Mas alguma coisa maior que todos os milagres – uma firme confiança num “assim diz o Senhor”, era o irrefutável testemunho. Enquanto Cristo Se mantivesse nessa atitude, o tentador nenhuma vantagem poderia obter
Era nas ocasiões de maior fraqueza que assaltavam a Cristo as mais cruéis tentações. Assim pensava Satanás prevalecer. Por esse método obtivera a vitória sobre os homens. Quando a resistência desfalecia, a força de vontade se debilitava e a fé deixava de repousar em Deus, então eram vencidos os que se haviam há muito e valorosamente mantido ao lado direitoMoisés achava-se fatigado pelos quarenta anos da peregrinação de Israel, quando, por um momento, sua fé deixou de se apoiar no infinito poder. Fracassou exatamente no limiar da terra prometida. O mesmo quanto a Elias, que se mantivera diante do rei Acabe; que enfrentara toda a nação de Israel, com os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal a sua frente. Depois daquele terrível dia sobre o Carmelo, em que os falsos profetas haviam sido mortos, e o povo declarara sua fidelidade a Deus, Elias fugiu para salvar a vida diante das ameaças da idólatra Jezabel. Assim se tem Satanás aproveitado da fraqueza da humanidade. E continuará a operar deste modo. Sempre que uma pessoa se encontra rodeada de nuvens, perplexa pelas circunstâncias, ou aflita pela pobreza e a infelicidade, Satanás se acha a postos para tentar e aborrecer. Ataca nossos pontos fracos de caráter. Procura abalar nossa confiança em Deus, que permite existirem tais condições. Somos tentados a desconfiar de Deus, pôr em dúvida Seu amor. Freqüentemente o tentador vem a nós como foi a Cristo, apresentando nossas fraquezas e enfermidades. Espera desanimar-nos a alma, e romper nossa ligação com Deus. Então está seguro de sua presa. Se o enfrentássemos como Jesus fez, haveríamos de escapar a muita derrota. Parlamentando com o inimigo, damos-lhe vantagem. 
Quando Cristo disse ao tentador: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”, repetiu as palavras que, mais de mil e quatrocentos anos atrás, Ele dissera a Israel: “O Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, … e te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem” (Deuteronômio 8:2 e 3). No deserto, quando falharam todos os meios de subsistência, Deus enviou a Seu povo maná do Céu; e foi-lhe dada suficiente e constante provisão. Essa providência visava a ensinar-lhes que, enquanto confiassem em Deus, e andassem em Seus caminhos, Ele os não abandonaria. O Salvador pôs agora em prática a lição que dera a Israel. Pela Palavra de Deus, fora prestado socorro às hostes hebraicas, e pela palavra seria ele concedido a Jesus. Ele aguardava o tempo designado por Deus, para O socorrer. Achava-Se no deserto em obediência a Deus, e não obteria alimento por seguir as sugestões de Satanás. Em presença do expectante Universo, testificou Ele ser menor desgraça sofrer seja o que for, do que afastar-se de qualquer modo da vontade de Deus
“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4). Muitas vezes o seguidor de Cristo é colocado em situação em que não lhe é possível servir a Deus e continuar seus empreendimentos mundanos. Talvez pareça que a obediência a qualquer claro reclamo da parte de Deus o privará dos meios de subsistência. Satanás quer fazê-lo crer que deve sacrificar as convicções de sua consciência. Mas a única coisa no mundo em que podemos repousar é a Palavra de Deus. 
“Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6:33). Mesmo nesta vida não nos é proveitoso apartar-nos da vontade de nosso Pai no Céu. Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões de Satanás para obter alimento ou salvar a vida. Nossa única preocupação será: Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso, obedeceremos ao primeiro, e confiaremos na segunda. 
Na última grande batalha do conflito com Satanás, os que são leais a Deus hão de ser privados de todo apoio terreno. Por se recusarem a violar-Lhe a lei em obediência a poderes terrestres, ser-lhes-á proibido comprar ou vender. Será afinal decretada a morte deles (Apocalipse 13:11-17).  
Ao obediente, porém, é dada a promessa: “Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas são certas” (Isaías 33:16). Por essa promessa viverão os filhos de Deus. Quando a Terra estiver assolada pela fome, serão alimentados. “Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão.” (Salmo 37:19). Daquele tempo de angústia prediz o profeta Habacuque, e suas palavras exprimem a fé da igreja: “Portanto ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17 e 18). 
De todas as lições a serem aprendidas da primeira grande tentação de nosso Senhor, nenhuma é mais importante do que a que diz respeito ao controle dos apetites e paixões. Em todos os séculos, as tentações mais atraentes à natureza física têm sido mais bem-sucedidas em corromper e degradar a humanidade. Satanás opera por meio da intemperança para destruir as faculdades mentais e morais concedidas por Deus ao homem como inapreciável dom. Assim se torna impossível ao homem apreciar as coisas de valor eterno. Através de condescendências sensuais, busca ele apagar na alma todo traço de semelhança com Deus.
As irrefreadas satisfações da inclinação natural e a conseqüente enfermidade e degradação que existiam ao tempo do primeiro advento de Cristo, dominarão de novo, com intensidade agravada, antes de Sua segunda vinda. Cristo declara que as condições do mundo serão como nos dias anteriores ao dilúvio, e como em Sodoma e Gomorra. Todas as imaginações dos pensamentos do coração serão más continuamente. Vivemos mesmo ao limiar daquele terrível tempo, e a nós convém a lição do jejum do Salvador. Unicamente pela inexprimível angústia suportada por Cristo podemos avaliar o mal da irrefreada satisfação própria. Seu exemplo nos declara que nossa única esperança de vida eterna, é manter os apetites e paixões sob sujeição à vontade de Deus.
Em nossa própria força, é-nos impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás trar-nos-á tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor nos preparou o caminho para a vitória. Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. Não quer que fiquemos intimidados nem desfalecidos pelos assaltos da serpente. “Tende bom ânimo”, diz Ele, “Eu venci o mundo”. (João 16:33). O que está lutando contra o poder do apetite olhe ao Salvador, no deserto da tentação. Veja-O em Sua angústia na cruz, ao exclamar: “Tenho sede”! (João 19:28). Ele resistiu a tudo quanto nos é possível suportar. Sua vitória é nossa.
Jesus repousava na sabedoria e força de Seu Pai celeste. Declara: “O Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo,… e sei que não serei confundido…. Eis que o Senhor Jeová Me ajuda.” Mostrando Seu próprio exemplo, diz-nos: “Quem há entre vós que tema ao Senhor,… quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o Seu Deus.” (Isaías 50:7-10).  
“Vem o príncipe do mundo”, disse Jesus; “ele nada tem em Mim”. (João 14:30). Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter. 
E a maneira por que isso se realiza, Cristo no-la mostrou. Por que meio venceu no conflito contra Satanás? – Pela Palavra de Deus. Unicamente pela Palavra pôde resistir à tentação. “Está escrito”, dizia. E são-nos dadas “grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da Natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo” (II Pedro 1:4). Toda promessa da Palavra de Deus nos pertence. “De tudo que sai da boca de Deus” havemos de viver. Quando assaltados pela tentação, não olheis às circunstâncias, ou à fraqueza do próprio eu, mas ao poder da Palavra. Pertence-vos toda a sua força. “Escondi a Tua Palavra no meu coração”, diz o Salmista, “para eu não pecar contra Ti.” (Salmo 119:11). “Pela Palavra dos Teus lábios me guardei das veredas do destruidor.” (Salmo 17:4). (Ellen White- O Desejado de Todas as Nações, A Tentação) 
Neste sábado, quando estava saindo da igreja fui abordada por um jovem que há alguns meses vem frequentando a igreja da qual sou membro. Ele disse: “Eu queria muito falar com você, por que não temos a classe de estudos bíblicos esta tarde?” 
Ele trazia um largo sorriso no rosto e um olhar que inspirava sede. Coordeno, juntamente com o pastor e alguns irmãos, este grupo de estudos bíblicos à tarde em sábados alternados. Rafael faz parte dos que frequentam com assiduidade e realmente naquele sábado não haveria. Perguntei-lhe, então, o que ele queria discutir e ele comentou perguntando: “Ruth, o amor de Deus por nós é muito lindo. Como pode um amor tão grande assim por nós… somos tão indignos!” 
Eu olhei para ele com ternura, admirando o momento do seu primeiro amor e disse: “Não tente entender, apenas aceite. Vou lhe contar uma novidade, o amor de Deus será um tema de reflexão para cada um de nós por toda a eternidade.” E ele espantou-se e disse: “Então eu tenho apenas que aceitar?” E eu disse: “Sim, simplesmente isto. Aceitar.”  
Não faz muito tempo Rafael questionava acreditar na existência de um “Ser Supremo”. Agora que acredita em Sua existência e por experimentar Seu amor maravilhoso e sublime acha que não merece ser amado. Somos assim porque não sabemos ainda amar como Ele ama.
Fico muito feliz por você Rafael, a quem dedico esse texto. Que em sua caminhada cristã ao enfrentar os terríveis momentos de fraqueza e tentação, você possa meditar e lembrar da vitória de Cristo e do Seu imenso amor. Foi tudo por você, meu amigo, foi por mim também. Foi por todos nós.
Penso que esse é o segredo da nossa vitória, perceber quão grande é o amor de Deus e simplesmente aceitá-lo. Não duvidar do Seu amor e não permitir um outro senhor em nossas vidas.
Ruth Alencar
Adicionar aos favoritos o Link permanente.

8 respostas para Não Duvide Jamais do Amor de Deus

  1. Volney Ribeiro diz:

    Ruth, esse sermão a gente deveria decorar. Estou profundamente impressionado. Há tempos, não refletia tão profundamente sobre o amor de Deus.

    Muito abençoado!

  2. Volney Ribeiro diz:

    Profundamente impressionado também com o texto verbal que segue o vídeo.

    Essa mensagem é extremamente oportuna….

  3. Anônimo diz:

    Louvado seja o SENHOR!!!fica na paz valorosa.abraços!

  4. Rafael disse por e-mail:

    "Nossa, irmã, estou emocionado com o seu texto! Muito obrigado pela menção ao meu nome e parabéns pela propriedade com que escreve.

    Tenho muito que agradecer a Deus por colocar pessoas tão abençoadas na minha vida como você e o pastor Josimar. Louvado seja Deus!

    Curioso eu ter lido e me emocionado logo nesse início de sábado. Depois me perguntem por quê.
    […] não dá pra explicar […]"

    Rafael, vc vive um momento especial na sua vida. Convide Jesus para fazer parte de tudo isto e deixe o controle em Suas maravilhosas mãos.

    Estarei em orações por vcs.

  5. Pedro diz:

    .
    .
    O que mais retardou a minha conversão foi o fato de não acreditar que eu tinha jeito.
    Trinta longos anos sem conseguir entender que é pela graça! Eu não conhecia este amor.

    – Perdido por um, perdido por cem! Este
    era o meu entendimento.

    Valeu, Ruth.

  6. Ruth Alencar Nov 12, 2011 12:21 PM

    Volney,

    eu já perdi a conta de quantas vzs tenho assistido esse vídeo. Eu o encontrei num momento em que me sentia profundamente triste e pedi a Deus para que Ele converssasse comigo… eu precisava ouvi-LO … e Ele me ouviu.

    Fico feliz por vc ter gostado. Guardemos pois essas palavras em nosso coração de forma que em momentos de tribulação possamos nos alimentar espiritualmente. Estamos vivendo numa época em que precisamos urgentemente aprender a confiar incondicionalmente no Senhor.

    Que Deus abençoe vc e a Sarinha.

  7. Ruth Alencar Nov 12, 2011 12:23 PM

    Obrigada, pastor, fico muito feliz com sua participação. Que o Senhor lhe abençoe também.

    grande abraço.

  8. Ruth Alencar Nov 14, 2011 12:23 PM

    Amém, Pedro… amém.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *